A ação policial que culminou na morte de dois cães da raça Pit Bull tem gerado inúmeras discussões nas últimas horas, tanto na própria matéria publicada pelo site Extra de Rondônia, assim com nas redes sociais.
Os animais foram abatidos por policiais após colocarem em risco a integridade física de pedestres que passavam pelo centro da cidade nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira, 11. Os donos dos animais, até o momento, não foram localizados pelas autoridades.
O comandante do 3º Grupamento dos Bombeiros (GB) de Vilhena, Capitão Merycles Guedes, recebeu a reportagem do Extra de Rondônia e explanou seu ponto de vista a respeito da situação. Para ele, a ação dos policiais militares é justificável e legítima. “É muito fácil criticar a ação deles apenas sentado em frente ao computador. É preciso ter vivenciado a situação, e acredito que eles tenham agido da melhor forma”, pontuou Guedes.
Ainda de acordo com o capitão, já aconteceram outras situações semelhantes onde foi possível salvar os animais, porém, existem casos que é preciso privilegiar a vida humana.
Alguns internautas questionaram a possibilidade da utilização de tranquilizantes. Guedes afirmou que os bombeiros não realiza nenhuma ação invasiva, ou seja, é vedado aos agentes a utilização de vacinas, injeções ou outros medicamentos em humanos, assim como também não pode ser aplicado em animais. “O que realmente falta é um órgão responsável, que não é o Bombeiro, e sim um centro de zoonoses equipada adequadamente. E se tivéssemos possibilidade de pegar esse animal, para onde os levariam? Soltá-los-ia em outro lugar para gerar mais problemas?”, explicou o capitão.
O comandante afirmou, ainda, que a ordem de abate foi emitida por um sargento dos Bombeiros. “Se um animal com um corpo robusto e força como o Pit Bull possui ataca uma pessoa, ele apenas solta após matar a vítima ou ser morto por alguém. Um dos nossos melhores sargentos autorizou o sacrifício, antes que algo de pior acontecesse”, disse.
Capitão Merycles Guedes exaltou os trabalhos desempenhados pelo 3º GB e convida a população para conhecer e vivenciar o dia a dia dos profissionais. “Não podemos ser julgados quando uma ocorrência não sai da forma como queremos, e sim, é necessário analisarmos as situações para depois tirarmos as conclusões”, finalizou.
Texto: Extra de Rondônia
Fotos: Extra de Rondônia
