Adair José Belo estaria tentando vingar a morte de seu ex-patrão. Com isso, estaria se refugiando no município de Cerejeiras/RO, cidade que faz  fronteira com a Bolívia.

A guerra do narcotráfico na fronteira entre Brasil e Paraguai ganha novos contornos com remanescentes do grupo de Jorge Rafaat Toumani, executado em junho de 2016 com tiros de metralhadora antiaérea. Ele tentava expulsar o PCC (Primeiro Comando da Capital) da região e voltar a controlar o tráfico de armas e drogas.

O ex-policial militar Adair José Belo, 46 anos, estaria tramando para vingar a morte de seu ex-patrão. Belo, que já foi segurança de outro megatraficante, Irineu Domingos Soligo, o “Pingo”, trabalhava com Rafaat nos últimos anos.

Após a execução violenta de Jorge Rafaat, a tiros de metralhadora .50 no dia 15 de junho de 2016 quando transitava a bordo de um veículo Hummer blindado em Pedro Juan Caballero, por supostos pistoleiros do Primeiro Comando da Capital, a fronteira se tornou um campo de batalha, onde vários grupos tentam se instalar e dominar o submundo do crime organizado. É um negócio que supera a renda de diversas multinacionais, acima de 300 milhões de dólares por ano.

As ruas de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com a cidade de Ponta Porã, a 330 quilômetros de Campo Grande, se tornaram palco de batalhas onde os adversários se enfrentam com armas de grosso calibre e aumentam a conta de velórios.

O brasileiro Adair Jose Belo é natural do Paraná e foi soldado da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul. Em 1994, ele desertou do cargo, após executar, a mando de traficantes, um sargento da PMMS. Preso um ano depois, se tornou testemunha da Justiça para mapear o tráfico de drogas na região do Conesul. Anos depois, foi solto e voltou a trabalhar no narcotráfico.

Carreira no crime

Belo é foragido da justiça brasileira e para transitar pelos países estaria usando o nome do irmão Altair Jorge Belo, cuja mulher, a brasileira Josiane Vanessa Zilio, 32 anos, foi executada a tiros de fuzil no dia 31 de agosto de 2016. A mulher estava grávida e teria morrido por se envolver com traficantes rivais.

De acordo com autoridades no combate ao crime, “Belo” foi pistoleiro de Rafaat e coordenador do envio de cocaína vinda da Bolívia para o interior de São Paulo. Preso em 2012, em um sítio em Batayporã, fugiu do Centro de Triagem, em Campo Grande, pela porta da frente. Sua fuga gerou investigação e demissão de servidores da Agepen.

Ele tenta reunir outras quadrilhas da região na guerra contra o PCC, principalmente após o início das rebeliões de presos em vários locais do País, que tornou a quadrilha paulista o “inimigo a ser batido” pelas organizações criminosas locais.

Além de traficantes paraguaios, Belo recrutou apoio de quadrilhas de Santa Catarina, Mato Grosso e Bolívia. O paranaense é tido como um homem de extrema periculosidade e frieza, que após a execução de Rafaat, desapareceu do mapa sem deixar rastro mas que contaria com o apoio de algumas autoridades para transitar sem problemas pela região.

“O único jeito de expulsar o PCC é contar com apoio de outros megatraficantes do Paraguai. O PCC é aliado de Jarvis Chimenes Pavão, que também é figura controversa no mundo do crime”, avalia uma autoridade que atua na fronteira. “Todos sabiam que a figura de um chefão, como foi Fahd (Georges) e Rafaat mantém a paz na fronteira. Assim que Rafaat morreu, olhe como aumentou a violência em Pedro Juan”, comenta.

Fonte: Topmidianews

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