TCE instaurou procedimentos para apurar as condutas do governador Confúcio Moura
TCE instaurou procedimentos para apurar as condutas do governador Confúcio Moura

Com o desenrolar e o desdobramento das investigações, agora no âmbito federal, o governador Confúcio Moura e o seu amigo pessoal Vicente Cambuquira (Vicente Rodrigues Moura), na época coordenador geral da Coordenadoria de Apoio a Governadoria, terão que responder por um escândalo.

Trata-se do envolvimento com o espetacular e milionário contrato de aluguel de imóvel em um condomínio de luxo, no qual  a Organização Criminosa (Orcrim), liderada pelos narcotraficantes (acusação da Polícia) Beto Baba e Fernando da Gata, se reunia para discutir planos  de ação, principalmente envolvendo políticos. O apartamento é de propriedade de Francimeire de Sousa Araújo (mulher de Beto Baba).

Documentos mantidos em sigilo de Justiça, comprovam o estreito e íntimo relacionamento do governador Confúcio Moura, o ex-ministro Roberto Mangabeira Unger (Governo Lula), com a organização criminosa, comandada pelo narcotraficante Beto Baba e Fernando da Gata.

Em recente depoimento prestado à autoridade policial, Beto Baba, preso pela Polícia Civil, sob a acusação de financiar campanhas políticas com dinheiro do narcotráfico, confessou ter participado ativamente na campanha eleitoral do então candidato a governador Confúcio Moura, inclusive com empréstimos, apoio para infraestrutura e liberação de carros de som.

Consta das investigações ainda na arquivada Operação “Beta” (que o Governo esconde da opinião pública), que o apartamento alugado para ser ocupado esporadicamente pelo ex-ministro Mangabeira Unger (assessor estratégico do governador Confúcio Moura), é de propriedade da mulher de Beto Baba.

Para complicar ainda mais a situação do governador, uma mulher que ocupava posição de comando da Orcrim, estava nomeada no cargo de assessora especial da Secretaria Estadual de Administração e fora designada por Confúcio Moura, para acompanhar o ex-ministro e atual assessor estratégico em suas andanças (passeios) pelo país.

A agenda do ex-ministro e assessor do governador era controlada (conforme ampla gravação, através de grampo telefônico), diretamente do apartamento que servia de Quartel General (QG), da Orcrim, desbaratada no decorrer da Operação “Apocalipse”.

A Polícia Civil não checou, e enrolou o governador, pois apesar de ter anunciado o fim do contrato de aluguel do imóvel, na verdade, havia sido feito um termo aditivo.

A Orcrim se reunia em um imóvel bancado pelo Governo do Estado de Rondônia. A Coordenadoria Geral de Apoio a Governadoria, sob o comando do amigo pessoal do governador, desembolsava mensalmente a bagatela de R$ 6.500,00

Consta do relatório da Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania, através do Departamento de Estratégia e Inteligência a qual comanda as atividades do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), provadas contundentes do envolvimento do governador Confúcio Moura, do ex-ministro Mangabeira, assessores de alto escalão do Governo, e membros da Orcrin.

Além da investigação federal, o Tribunal de Contas do Estado instaurou procedimentos para apurar as condutas do governador Confúcio Moura, juntamente com o coordenador da Coordenaria Geral de Apoio a Governadoria, Vicente Rodrigues Moura, e com conveniência da então procuradora geral do Estado, Maria Rejane Sampaio dos Santos.

Esta semana, o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, deputado Hermínio Coelho ao se reportar sobre o assunto, disse que além do escândalo, por se utilizar um imóvel do Governo para reuniões secretas da Orcrim, foi cometido uma fraude a Lei de Licitações, pois o governador, ao arrepio do ordenamento jurídico, burlou os procedimentos administrativos, e resolveu contratar diretamente a pretexto de dispensa de licitação, um luxuoso apartamento de propriedade do mega traficante Beto Baba.

O apartamento de luxo está localizado no Condomínio  Leonardo da Vinci, situado na Avenida Amazonas, proximidade do Restaurante Miyoshi, em Porto Velho.

Destaca o deputado que o apartamento foi alugado com valor superfaturado, conforme consta em decisão do Tribunal de Contas do Estado, que já determinou Tomada de Contas Especial e a imediata suspensão de pagamento –  (DOeTCE-RO nº 466 ano III de 9 de julho de 2013).

O relacionamento íntimo e intenso de autoridades governamentais com a Organização Criminosa era tão intensa, que a assessora especial Lânia das Doares Silva (chegou a ser presa), viajava constantemente com o ex-ministro (conforme gravações policiais), inclusive com amplo conhecimento do criminoso Beto Baba e do governador Confúcio Moura. A agente do crime chegou a acompanhar o ex-ministro a uma entrevista a TV Cultura, em São Paulo, no programa “Roda Viva”.

 

Após investigações, o ex-ministro Roberto Mangabeira Unger (que vinha poucas vezes a Porto Velho),  considerado “Guru” do governador Confúcio Moura, sumiu de Rondônia
Após investigações, o ex-ministro Roberto Mangabeira Unger (que vinha poucas vezes a Porto Velho), considerado “Guru” do governador Confúcio Moura, sumiu de Rondônia

Texto: Paulo Ayres

Fotos: Divulgação

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