escola julieta 1Considerada prioridade na gestão do Governador Confúcio Moura (PMDB), o setor educativo passa por sérios problemas em Rondônia. Na capital e no interior do Estado, escolas estão sem estrutura para conseguir levar a diante a programação escolar, seja por falta de professores ou mesmo por falta de funcionários.

Entretanto, os representantes de ensino nas regiões têm autonomia e até a responsabilidade de manter o controle e ajudar no que for necessário para propiciar ações que possibilitem melhorias no setor. Pelo menos, no município de Colorado do Oeste, não é isso que acontece.

Ana Rocha, diretora da escola Julieta Vilela Velozo, em mensagem enviada ao Extra de Rondônia, relatou o drama vivido na unidade escolar. Segundo ela,  várias salas de apoio estão fechadas por falta de professores. A diretora faz um apelo à Secretária Estadual de Educação, Fátima Gavioli, para que “olhe com carinho” a educação em Colorado do Oeste.

>>> CONFIRA, ABAIXO, A MENSAGEM NA ÍNTEGRA:

Na escola na qual sou gestora, estão fechadas varias salas de apoio em por falta de professores, entre elas são: biblioteca/sala de leitura que unificou de acordo com ordem da SEDUC/PV. Esta sala oferecia suporte para nossos alunos e professores a desenvolver pesquisas e incentivar a leitura de ambos. Quanto à sala do AEE, é um direto garantido por lei das crianças que possuem algum tipo de deficiência com laudo médico de especialista, ter este atendimento em horário conta turno.

Em relação à sala de música, o mais preocupante é que foi construída e equipada com recursos disponibilizados pelo Juizado da Infância e Juventude, juntamente com o Ministério Público desta comarca, e a escola não possui professor suficiente para atendê-la. Em pesquisa realizada por esta direção, só tem um professor contratado na rede, que possui estas habilidades, mas o espaço esta aí, é professor de área criticas e não foi autorizado pela CRE/Vilhena a ocupar este cargo, mesmo ele demostrando interesse conforme conversa via telefone que tivemos. No entanto, cheguei até verificar se no município tem professores disponíveis para substituir este professor. Pelas informações obtidas, se der uma olhadinha com carinho nos quadros de lotação das escolas, tem sim professor que poderia substituí-lo, mas falta vontade da CRE/Vilhena em resolver tal situação.

Mas como a funcionária que desempenha a função de lotação afirmar que não possui professor disponível para obstruí-lo, pesquisando a Lei que rege a contratação de professor emergencial, poderia sim contratar um professor emergencial para substituí-lo, se tivesse vontade de nossas autoridades de resolver este problema, e assim lotar este professor nesta sala. Ao contrario da sala de música que a legislação não permite contratar professores para desenvolver projetos como este.

Além da falta de professores que vem prejudicando a escola, ainda temos que lidar com a falta funcionários de apoio,  Técnico Administrativo e Técnico de Agente de Alimentação, onde a escola está com duas funcionárias com mais de 69 anos, na ativa. É triste ver pessoas que já contribuíram tanto com a educação com excesso de serviço.

Outro fato baste preocupante é o atraso no repasse do recurso do PROAFI. A escola hoje não tem nenhum recurso em conta corrente para manutenção da escola, devido ao atraso do repasse deste recurso, que era para ser depositado no ano de 2014. A explicação que temos neste momento é que o atraso do repasse foi devido informações erradas repassadas por algum setor da CRE ou SEDUC. Ainda não se sabe ao certo de quem é a culpa. Só posso garantir que da Direção desta escola não é, e sempre mantive em dias com todas as prestações de contas da escola. Informação que acabo de receber, via documento e-mail, é que a escola que não recebeu o recurso até a presente data, não vai mais receber, devido o estado ter fechado o orçamento de 2014. Mas, afinal, quem está sendo prejudicada é toda uma comunidade escolar.

No entanto, fica aqui um apelo para nossa Secretária de Estado da Educação, Fátima Gaviolli, que é educadora e conhece bem a realidade das escolas estaduais. Que olhe com carinho a cidade de Colorado e sensibilizar para nos ajudar a colocar em prática o projeto que tanto sonhamos e trabalhamos para conseguir este espaço, com  a finalidade de fazer nossos alunos, de classes tão humilde, se  interessarem mais pela educação, e  ficarem longe da criminalidade que assola nossa sociedade.

É uma pena que a escola, depois de ter recebido vários investimentos para estas salas, tanto do Governo Federal e Estadual. É triste ver o pó acumulando nos equipamentos, por não ter professor disponível na rede Estadual para cuidar destes ambientes e desenvolverem projetos como já vinha acontecendo em nossa escola e que trouxe grandes resultados nas avaliações internas e externas.

 Ana Rocha, diretora Escola Estadual Julieta Vilela Velozo

Texto: Extra de Rondônia

Mensagem: Ana Rocha

Foto: Divulgação

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