Abilio-tomate-vilhena1A Associação de  Pequenos Produtores Rurais  Planalto dos Parecis (Aprocis), de Vilhena, há anos trabalha com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). As 40 famílias associadas fornecem frutas, verduras, hortaliças  e legumes para as entidades cadastradas na região e , em 2015, está previsto o repasse de R$ 380.502,08 pelo programa.

Conforme Eliane Back, extensionista da Emater/Vilhena, “a medida que os produtos forem entregues, os recursos serão depositados nas contas da Aprocis”.

Segundo ela, as entidades beneficiadas promovem assistência social  junto aos idosos e crianças. A Apae e as escolas públicas, especialmente as da periferia, complementam a merenda escolar com os produtos entregues pela Aprocis.

Na área dessa associação, o agricultor Abílio Godêncio  procura diversificar a plantação e, apesar de a família não ser grande, ele mantém o plantio de acordo com a capacidade de trabalho. Neste ano – 2015, já plantou e colheu muito tomate; também fez o plantio de milho, pepino e verduras para atender as entidades, destinando tais produtos ao PAA.

Abílio Godêncio também está cadastrado no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), outro programa do governo federal direcionado ao setor.

“Os produtos que sobram, vendo para os supermercados da cidade”, disse Godêncio.

Um dos problemas enfrentados pelo agricultor é levar a produção até ao consumidor final. Por isso, Abílio teve que investir na compra de um carro utilitário usado. Além do veículo, ele construiu algumas estufas para o cultivo do tomate, mas que acaba servindo para os outros cultivos. “Quando a gente termina com um plantio, já entra com outro imediatamente”, explicou.

Abílio Godêncio possui uma área de três alqueires que não está totalmente cultivada, mas onde o solo está pronto para o cultivo, não pode ficar sem plantar. Recentemente, ele e outros agricultores da associação receberam o calcário para corrigir o solo, sem quaisquer custos, pois o mineral foi entregue pela Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento e Regularização Fundiária (Seagri). “Se a gente fosse pagar, uma saca de 40 quilos custaria em média R$ 32,00. Graças a este apoio do governo, sobra um pouco mais pra investir em outra coisa”, destacou.

“Não nasci agricultor”, disse Abílio. Ele trabalhou oito anos sendo chapa – auxiliar dos caminhoneiros na descarga dos veículos -, e nos finais de semana sempre arrumava uma chácara ou um sítio para carpir ou trabalhar na semeadura. Na avaliação dele, os programas governamentais são importantes fontes de rendimentos porque “o agricultor pode plantar e a produção já tem um cliente certo”. Neste sentido, PAA e PNAE deixam o homem do campo mais tranquilo.

“A vida no campo não é fácil”, afirmou Abílio Godêncio, que tem incentivado os filhos a permanecerem na área rural. “Quando comecei na lavoura tinha uma família e uma bicicleta. Hoje, aqui tem sido o melhor lugar para viver”, ressaltou.

 

Autor: Alice Thpmaz

Fotos: Ésio Mendes

sicoob

COMUNICADO: Atenção caros internautas: recomenda-se critérios nas postagens de comentários abaixo, uma vez que seu autor poderá ser responsabilizado judicialmente caso denigra a imagem de terceiros. O aviso serve em especial aos que utilizam ferramentas de postagens ocultas ou falsas, pois podem ser facilmente identificadas pelo rastreamento do IP da máquina de origem, como já ocorreu.

A DIREÇÃO