O auditor fiscal, Valdemiro Onofre Junior, foi preso acusado de esquema de corrupção
O auditor fiscal, Valdemiro Onofre Junior, foi preso acusado de esquema de corrupção

A Secretaria Estadual de Finanças (SEFIN) confirmou ao site de notícias G1 nessa semana, que investigava esquema de corrupção em Vilhena desde 2013. Um documento apresentado pelo portal confirma que a secretaria de finanças constatou irregularidades em junho, e logo em seguida contatou a Polícia Civil para iniciar as investigações que culminaram na prisão do auditor fiscal Valdemiro Onofre Junior.

Veja matéria completa abaixo:

A Secretaria de Finanças do Estado de Rondônia (SEFIN) já suspeitava de fraudes dentro do órgão desde 2013. Na última quinta-feira (23), um auditor fiscal foi preso na Operação Libertas, suspeito de cobrar propina de empresários para liberar o pagamento de tributos. Documentos obtidos com exclusividade pelo G1 revelam que a conduta do funcionário e de um contador de um escritório contábil particular vinha sendo investigada há dois anos.

Segundo os documentos, em junho 2013, a Coordenadoria da Receita Estadual constatou problemas nos registros do fisco contábil em Vilhena (RO), distante 700 quilômetros de Porto Velho, e em outros municípios da região do Cone Sul.

A primeira falha foi observada durante fiscalização da SEFIN em uma empresa de Cerejeiras (RO). Na ocasião, a secretaria verificou que as notas não tinham as transcrições destacadas dos débitos do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS).

Ao constatar a diminuição ou supressão dos valores de impostos nas notas, a Coordenadoria da Receita pediu, em julho de 2014, uma ação de fiscalização contra o contador do escritório contábil responsável pela escrita fiscal das empresas. A Delegacia Fazendária e a Polícia Civil constataram o esquema e descobriram o envolvimento do auditor fiscal da Sefin.

As investigações resultaram na Operação Libertas e, na última quinta, servidor da secretaria foi detido. O auditor fiscal está preso preventivamente na Casa de Detenção de Vilhena. O contador ainda não foi localizado e é considerado foragido da Justiça.

COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA

De acordo com a Polícia Civil, o contador fraudava o fisco-contábil e simulava irregularidades na contabilidade das empresas para gerar multas que iam de R$ 400 mil a R$ 1 milhão. Com a cobrança em mãos, o auditor e o contador procuravam os empresários e pediam por propina para liberar o pagamento da multa. Em um dos casos descobertos na Operação Libertas, um único empresário foi coagido a pagar R$ 40 mil.

A Polícia ainda não sabe precisar quanto foi desviado e nem quantas pessoas jurídicas foram vítimas do esquema fraudulento. O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de Rondônia (MP/RO).

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Texto: G1

Foto: Extra de Rondônia

Foto documento: G1

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