OPERAÇAO STIGMA*O Extra de Rondônia lançou enquete para que os internautas determinem qual foi o fato mais importante em Vilhena neste 2.015, mas na avaliação desta coluna nada acabou sendo mais relevante do que a encrenca que o prefeito Zé Rover se meteu com ações da Polícia Federal e Ministério Público Federal, as quais resultaram numa enorme devassa na administração vilhenense.

*O caso estourou em 10 de julho quando a PF cumpriu mandados de busca e apreensão na empresa de assessórios para veículos Tend Tudo (FOTO), desencadeando a partir de então uma série de diligências que misturaram o noticiário político da cidade com a editoria policial.

*De lá para cá vários componentes da administração Rover foram presos. O primeiro a ser detido foi o ex-assessor do Gabinete do Prefeito Nicolau Junior. Dias depois a PF prendeu numa só tacada o principal homem de confiança do Chefe do Executivo, Gustavo Valmórbida e o ex-Chefe de Gabinete Bruno Pietrobon. Também foi levado para a prisão o advogado Carlos Eduardo Pietrobon, sem função na prefeitura mas pessoa que exercia forte influencia sobre Rover.

*A peça a cair em seguida foi o ex-secretário de Saúde do Município, Vivaldo Carneiro. Houve ainda a prisão do ex-secretário de Comunicações do Município, Luiz Serafim, envolvido em irregularidade não relacionada a investigação principal, mas levantada durante as diligências.

*Apesar dos esforços dos defensores destas acusados todos continuam presos e a perspectiva é que passem este final de ano na mesma condição.

*Outros pesos-pesados da gestão vilhenense foram convocados para dar explicações à Federal. Entre eles o ex-secretário de Fazenda, Benedito Junior; o ex-secretário de Educação, José Carlos Arrigo; e o próprio prefeito Zé Rover. Empresários da cidade também foram ouvidos.

*Entre os vários desdobramentos das investigações um deles causou bastante controvérsia. Foi a CPI instaurada pela Câmara de Vereadores para apurar outra situação levantada nas ações da PF relacionadas a construção do Hospital Infantil e Maternidade de Vilhena. No relatório final da Comissão, aprovado pelo Plenário, o prefeito Rover acabou sendo inocentado.

*A devassa policial originou rumores e boatos mais diversos, muitos ainda não confirmados. No entanto existem indícios que outras ações ilegais podem ter sido praticadas pelo staff do prefeito em muitas áreas da administração.

*Por enquanto há dois processos em andamento no Poder Judiciário. Um deles corre na Justiça Federal e trata justamente do fato inicial da operação: o pagamento de propina, superfaturamento e confecção de processos de pagamento por serviços não realizados ou produtos não fornecidos pela empresa Tend Tudo.

*O outro procedimento tramita na Justiça Estadual e tem como assunto suposto desvio de verbas de publicidade oficial que teria sido cometido pelo ex-secretário de Comunicações.

*Toda a celeuma também teve reflexos na sucessão municipal. A começar pelo fato do pré-candidato preferido por Rover para dar continuidade a gestão de seu grupo político no Município, Gustavo Valmórbida, ser um dos mais enrolados na confusão toda.

*Além disso, a questão desnorteou a aliança que governa Vilhena há sete anos, dificultando bastante a perspectiva de permanência no poder. Tanto que atualmente não há nenhum nome de envergadura cotado para enfrentar o desafio das urnas nas eleições do próximo ano.

*E, apesar do arrefecimento da repercussão do episódio o promotor público federal Eduardo Lobo de Azevedo declarou à imprensa pouco antes do recesso do MPF que uma nova fase da Stigma será desencadeada no início de 2.016, sugerindo inclusive a possibilidade de mais prisões.

*Por essas e outras é que na análise da Cego, Surdo e Mudo nenhum outro assunto foi tão relevantes este ano do que a Operação Stigma, que certamente já garantiu espaço na História recente de Vilhena

Fonte: Extra de Rondônia

Foto: Extra de Rondônia

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