29122015-113047-diego-pena-carro-batidoLenilda de Almeida Kilpper, de 24 anos, acusada de matar o marido Diego de Oliveira Pena, na madrugada de sábado se apresentou à Polícia acompanhada de um advogado em Ouro Preto do Oeste. O homicídio ocorreu no Bairro Jardim Aeroporto, à Rua Celso Carminatti, e após o crime Lenilda saiu da levando um filho de 6 anos do casal.
No depoimento, Lenilda disse que as agressões eram constantes, e na madrugada de sábado ela reagiu durante mais uma briga entre eles, e diante da ameaça do marido de matá-la acabou pegando a faca que estava sobre a mesa e golpeou Diego, que a segurava pelo pescoço, e contra a parede da casa. A faca de mesa foi entregue pela acusada.
Segundo Lenilda, na noite de Natal, ela foi dormir por volta de 22h30min, e que a discussão teve inicio quando o seu marido entrou no quarto a meia noite e disse que iria a uma lanchonete comprar “sedinha”, e depois ia pegar mais cocaína. Naquele momento, teria iniciado uma discussão e ambos saíram do quarto. Quando Diego entrou no carro a mulher teria entrado e tentado impedi-lo de sair.

De acordo com Lenilda, seu marido começou a agredi-la e dizia sempre “eu vou te matar desgraça”. Quando ela estava dominada e sendo sufocada no pescoço, esticou a mão, alcançou a faquinha de mesa e desferiu um golpe contra Diego, que ao perceber o sangue jorrando a largou, disse que quando voltasse iria matá-la e entrou na picape para ir ao Hospital Municipal.

Lenilda disse que não tinha a intenção de matar o marido. Sustentou que agiu por medo, e depois de ter agredido Diego com a faca foi para a casa de sua mãe que dormiu com a criança do casal na vizinha. Ela disse que só ficou sabendo da morte no sábado pela manhã. No depoimento, a acusada deu uma relação de nomes de parentes, da vizinha e de pessoas que conheciam o temperamento do marido, e das surras que ela levou ao longo de 6 anos de relacionamento, não tendo denunciado devido as ameaças de morte que sofria.

Após o depoimento prestado, a acusada fez exame de corpo de delito que constatou hematomas e lesões pelo corpo. O delegado Júlio Cezar Souza Ferreira informou que o Inquérito Policial (nº 384) já está instaurado, vai juntar os exames, ouvir as testemunhas e diante dos fatos não vê motivos para pedir a prisão de Lenilda. “A história dela é verossímil. A própria natureza e a sede (local) da lesão condizem com a versão apresentada pela acusada, que se apresentou espontaneamente e está colaborando com a investigação”, declarou o delegado.

No entendimento da autoridade policial, se a acusada tivesse agido premeditadamente, teria aplicado o golpe na altura do peito ou na barriga, e a dedução é a de que o golpe foi dado durante uma briga.

Autor e foto: Edmilson Rodrigues

 

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