A primeira sessão ordinária da atual legislatura promete ser quente. Isso porque, ao contrário do que integrantes da Mesa Diretora do Parlamento haviam dito dias atrás ao Extra de Rondônia, a eleição dos integrantes do comando do Poder Legislativo local foi antecipada.

Para piorar o clima, a decisão de se realizar – sem nenhuma necessidade, diga-se – a escolha da nova Mesa Diretora foi tomada sem o conhecimento de quatro vereadores: Vera da Farmácia, Leninha do Povo, Carlos Suchi e Rogério Golfetto. Ronildo Macedo é o candidato do grupo que hoje controla a Câmara de Vereadores à presidência da Casa de Leis.

O chamado “Grupo dos Quatro” sentiu-se traído pelos demais colegas de legislatura, e é evidente que nenhum deles esconde a indignação com o que ocorreu. E isso faz todo sentido, uma vez que eles só tomaram conhecimento de que haveria eleição da nova Mesa Diretora, que responderá pelo comando do Parlamento no biênio 2.019/2.020 ao receberem o Expediente desta noite. Tudo foi planejado na surdina, e o anúncio não pode deixar de ser considerado rasteiro.

Depois de realizar a ação, os atuais integrantes da Mesa – Adilson de Oliveira, Rafael Maziero, França Silva, Célio Batista e Samir Ali –, além de Ronildo Macedo, desligaram seus celulares e não estão sendo encontrados pelos outros quatro para explicar o que fizeram.

Eles que taxaram Vera, Suchi, Golfetto e Leninha no início de janeiro como “foragidos”, na ocasião da primeira eleição da direção do Parlamento, ironicamente agora ocupam tal papel.

De acordo com o Regimento Interno, tal eleição só deveria ocorrer em junho. Portanto, não há necessidade alguma de que ela seja realizada neste momento, mesmo porque a legislatura está iniciando agora, portanto não dá para prever se o desempenho desta Mesa Diretora pode justificar a continuidade dela no comando. Ou seja, ainda não jogaram nada e já querem ser escalados para a próxima partida. Mais chato ainda porque dias atrás tal possibilidade foi rechaçada por quem agora participou do ardil.

O Grupo dos Quatro deve tomar medidas para evitar que a eleição não ocorra, e cogita-se a retirada do bloco do Plenário na hora da votação.

Há dúvida se isso vai alterar o quórum, impedindo que o pleito ocorra, mas de qualquer forma será uma maneira de registrar protesto diante da manobra furtiva e demonstrar indignação com a iniciativa dos outros colegas de Parlamento.

Já o público deve comparecer em peso na sessão de hoje, e terá a oportunidade de testemunhar que na política as caras podem até mudar, mas condutas questionáveis parecem se manter.

Fonte: Extra de Rondônia

Foto: Extra de Rondônia

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