Durante o decorrer da última semana, o Extra de Rondônia recebeu denúncias a respeito do estado calamitoso em que se encontra a unidade Socioeducativa do município de Cerejeiras.

Segundo os denunciantes, a unidade que já não contava com os serviços de Psicólogos e de Assistentes Sociais, agora se encontra sem Diretor e sem efetivo no setor administrativo, pois os últimos servidores empossados nos respectivos cargos pediram exoneração devido à falta de verbas e de respostas por parte do secretário de justiça Marcos Rocha.

Ainda segundo as denúncias, além da falta de efetivo indispensável para a elaboração das documentações exigidas pelo juiz da comarca, a unidade também não conta com materiais básicos que vão desde impressoras a sacos de lixo, que ultimamente estão sendo doados pelos próprios servidores e familiares dos internos, já que há meses a unidade não tem recebido a verba básica para seu funcionamento.

O veículo da unidade, onde deveriam ser feitas as locomoções dos menores para atendimentos hospitalares e audiências, não possui mais condições de uso por estar com diversos problemas mecânicos, sendo um destes, a falta de freios. Ultimamente os transportes dos internos estão sendo realizadas por Unidades de Resgate do Corpo de Bombeiros e até mesmo por veículos de uso específico do Conselho Tutelar.

Nos últimos meses surgiram boatos de que o prédio da unidade, que atende não somente à demanda do município como também de alguns municípios vizinhos, teria sido solicitado pela diretoria do presídio do município com o intuito de transformá-lo em Albergue para os presos do regime semiaberto, e que o pedido teria sido aceito pela responsável pela Secretaria de Estado de Justiça (SEJUS), o que acarretaria na transferência tanto dos internos como dos Socioeducadores para a cidade de Vilhena regionalizando o atendimento à criança e ao adolescente em conflito com a lei.

As informações dão conta de que os servidores não tem condições de tirarem seus plantões em outra cidade e muito menos de se mudarem deixando suas famílias, até por que, alguns apesar de terem feito o concurso específico para Cerejeiras, não moram na cidade e sim nos municípios de Cabixi e Pimenteiras, o que torna a dificuldade ainda maior. Porém, como todo este processo depende de decisões judiciais e de uma padronização do atendimento dentro das normas do Sistema Nacional de atendimento Socioeducativo (SINASE), o que não há no momento nem mesmo na cidade de Vilhena, tudo se mantem apenas em boatos.

Até o presente momento não houve pronunciamento por parte da SEJUS e nem da Coordenadoria do Sistema Socioeducativo do Estado com relação à indicação de um novo diretor e de um plano de ação que solucione os graves problemas que a unidade vem enfrentando, cabendo aos Socioeducadores dar o famoso jeitinho brasileiro para a unidade não entrar em colapso.

Texto: Redação

Foto: Extra de Rondônia

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