Na manhã desta terça-feira, 27, servidores da educação de vários municípios interditaram a BR-364, próximo ao Rio Piracolino em Vilhena para reivindicarem atenção às propostas das metas de valorização da classe educacional.

De acordo com a diretora da regional Cone Sul Sintero, Osnier Gomes Pereira Machado, “este ato é uma das nossas últimas ações para pressionar o governo do Estado, para que ele possa apresentar propostas de aprovação do plano estadual de educação nas suas metas”.

As metas 17,18 e 19 das quais os servidores estão protestando consistem em:

– Valorizar os profissionais do magistério das redes públicas da educação básica, a fim de equiparar gradualmente, a partir da vigência deste plano, ao rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.

– Garantir, no prazo de dois anos, a elaboração e implantação de planos de carreira para os profissionais da Educação Básica de todos os sistemas de ensino e, para o Plano de Carreira dos Profissionais da Educação Básica pública, tomar como referência o Piso Salarial Nacional Profissional, definido em lei federal, nos termos inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

– Ampliar o investimento público em educação pública de forma a garantir investimento de no mínimo 35% com recursos do tesouro estadual para complementação do FUNDEB, com ampliação gradativa de 1% ao ano durante o período de vigência do PEE.

Osnier também ressalta que “o plano foi aprovado em assembleia há cerca de três anos. E mesmo com mais de 30 dias em greve, o governador não apresentou nenhuma proposta. Em uma das reuniões o secretário de educação mostrou algumas planilhas de custos com algumas possibilidades, mas que não atendem as nossas reivindicações”.

A educadora enfatiza que “nós não estamos em busca de aumento, queremos a execução da lei estadual do plano de educação, pois ele traz uma política salarial, onde constam as necessidades dos servidores. Cabe destacar que são as políticas salariais que apresentam data base de reajuste”.

A diretora pontua que “todos nós elegemos o Confúcio Moura, porque ele havia prometido valorizar mais a educação, inclusive quando assumiu o governo, assinou um termo de compromisso com nossa classe, mas o governador já vai para o seu oitavo ano de mandato e nada foi feito até agora”.

Em relação a liminar expedida sobre a greve, Osnier explica que “nosso Sindicato recorreu, e todos os servidores possuem o direito de prosseguir com a greve. A greve continuará, vamos até a última instância. Está correndo cerca de R$ 100 mil reais por dia letivo não trabalhado, mas possuímos um  jurídico dentro do Sindicato em Porto Velho e as medidas cabíveis já estão sendo tomadas”.

Osnier detalha que estão participando da paralisação da BR-364 servidores e alunos de vários municípios de Rondônia. Além das atividades em Vilhena, alguns servidores estão em Porto Velho para negociar com o governo e há uma mobilização em Candeias do Jamari.

Cerca de 300 pessoas estão reivindicando seus direitos em Vilhena. “Infelizmente não há um prazo para o término do movimento, começamos as 06h30 e só sairemos quando o governador se manifestar seja por telefone ou indo até um dos pontos onde estão concentrados os movimentos reivindicatórios”, enfatizou a diretora.

Porém, vale salientar que pessoas que não tem nada a ver com o movimento estão sendo prejudicadas pela paralisação. Até o fechamento desta matéria, o engarrafamento sentido Porto Velho já  estava chegando no trevo de Colorado e no sentido Cuiabá está próximo a entrada de Vilhena.

 

Outras medidas realizadas pelos servidores

 Visando serem vistos e atendidos pelos representantes estaduais, os servidores tem realizados diversas ações dentro do Estado. No último dia, 20, vários funcionários da educação se mobilizaram em Vilhena com faixas no semáforo da Avenida Major Amarante protestando contra o atual governo.

Na semana passada houve também a ocupação da Seduc de Porto Velho, todas foram medidas pacíficas que buscam respostas frente a necessidades que deveriam ser atendidas há cerca de três anos atrás.

Na tarde de segunda-feira, 26, os servidores também se reuniram na Praça Padre Ângelo Spadari para prestar contas a toda a comunidade escolar sobre suas motivações para manter-se em greve. Na ocasião foram convidados autoridades políticas, grêmios e movimentos estudantis do município para debaterem sobre suas demandas.

Durante a reunião os representantes apresentaram suas reivindicações e as possíveis soluções que o governo propôs, mas nada muito concreto. Além de organizarem uma retrospectiva da greve que teve inicio no dia, 21 de fevereiro.

Osnier Gomes Pereira Machado, diretora da regional Cone Sul Sintero

Reunião realizada na Praça Ângelo Spadari
Reunião realizada na última segunda-feira, 26

Texto: Extra de Rondônia

Fotos: Extra de Rondônia

 

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