Estoque de gasolina acabou na maioria dos postos, e o gás de cozinha também não durará muito tempo. Até festas de casamento correm o risco de não acontecer

A notícia do possível desabastecimento de combustível devido a paralisação dos caminhoneiros no país levou centenas de vilhenenses aos postos nesta quarta-feira, o que acabou antecipando a falta de gasolina, álcool e óleo diesel em Vilhena. Muitos postos viram seus estoques zeraram já no início da tarde.

Posto que não tem fila em Vilhena é porque não tem combustível. Nossa reportagem visitou todas as revendas de combustíveis da cidade e constatou que o tempo médio de espera nas filas de alguns postos foi superior a 1 hora. Até mesmo os postos mais afastados do centro da cidade tinham filas enormes. Alguns limitaram a venda em 10 ou 20 litros por veículo. Em outros não havia limitação e os motoristas aproveitaram para encher galões para estocar combustível.

Outra preocupação é quanto ao gás de cozinha. Em um depósito localizado na Avenida Beno Luís Graebin, no Jardim das Oliveiras, a proprietária disse que o estoque dela durará no máximo até domingo. A questão do gás é mais preocupante, pois a maioria das pessoas não tem botija de reserva.

E a paralisação afeta até setores da economia quem nem passam pela nossa cabeça, como o setor de eventos. A dona de uma empresa de decoração disse que está com uma grande festa comprometida, pois não sabe se o caminhão de flores que vem de São Paulo chegará na cidade até o sábado, dia do evento.

Mas mesmo causando sérios problemas, o movimento continua ganhando adesão da sociedade e de entidades de classe. No final da tarde de hoje, a Aviagro (Associação Vilhenense dos Agropecuaristas), entidade que representa o setor e organiza a maior feira agropecuária do sul de Rondônia, emitiu nota de apoio ao movimento grevista dos caminhoneiros.

“Sabemos o quanto o Brasil depende dos caminhoneiros e o quanto eles e os proprietários de veículos padecem. Sofrem pela falta de infraestrutura das rodovias, pela falta de incentivos fiscais e pelo alto custo operacional do transporte de cargas puxado sobretudo pelo preço do combustível e derivados. Por isso nos sensibilizamos com o movimento e nos colocamos a disposição dos nossos irmãos aqui em Vilhena para podermos auxiliá-los no que for possível”, diz trecho da nota.

Texto: Assessoria

Fotos: Extra de Rondônia

 

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