@@@ MP DE OLHO

O Ministério Público de Rondônia (MP) instaurou inquérito para investigar eventual omissão da prefeitura de Vilhena com relação ao setor de urbanismo e meio ambiente. Conforme a portaria 019/2018, que tem como titular o promotor de justiça Pablo Viscardi, a finalidade é garantir a execução de obras de infraestrutura e abertura de vias de circulação no setor “D”, ordenando os espaços habitáveis e assegurando condições mínimas d segurança, funcionalidade e estética das vias públicas. A abertura do inquérito aconteceu em 16 de agosto.

@@@ VICE-PREFEITA E A NORA

Internautas questionaram um suposto caso de nepotismo e o Extra de Rondônia foi saber a verdade dos fatos: a vice-prefeita de Vilhena, Maria José da Farmácia (PSDB) tem uma nora, identificada como Silvia, nomeada na Câmara de Vereadores. Mais especificamente, ela está lotada no gabinete do vereador Wilson Deflon Tabalipa, desde 13 de agosto. As informações constam no Diário Oficial Eletrônico do Município (DOV) nº 2545, publicado na terça-feira, 21 de agosto, e divergem das informações prestadas pela assessoria da prefeitura (IMAGEM ABAIXO). No seu perfil no Facebook, Silvia garante estar casada .

@@@ NÃO HÁ NEPOTISMO, DIZ ASSESSORIA

Ouvida pelo Extra de Rondônia, a assessoria da prefeitura de Vilhena explicou, dizendo que “a administração está preocupada em seguir as regras da Lei do Nepotismo aprovada pela Câmara recentemente”. Diz que o caso não representa nepotismo cruzado e que são insinuações infundadas. Lembrou o caso de 2014, quando a nora estava lotada no gabinete da então vereadora Maria José, mas o MP e TCE entenderam que não havia nepotismo. Diferente que a portaria de nomeação abaixo, a assessoria diz que “Silvia foi nomeada em janeiro, portanto vários meses antes de Maria José possuir cargo eletivo, a situação não configura nepotismo, já que a atual vice estava fora da vida pública” e que sua nomeação “tem ligação apenas com seus bons trabalhos desenvolvidos e disposição em trabalhar de forma eficiente”.

@@@ LEI RÍGIDA? 

O site abordou o assunto para análise e reflexão da sociedade. Quem realmente decidirá se há nepotismo ou não no caso acima é a Câmara de Vereadores e o MP, através da curadoria da probidade administrativa. Pelo que a prefeitura afirma, este é mais um caso em que não há nepotismo, embora recentemente “Japonês” tenha sancionado projeto desta natureza que coloca rigidez na questão.

@@@ IRMÃO DE VEREADOR

Além do exemplo acima entre a vice-prefeita e a nora, o Extra de Rondônia também abordou o caso de Délcio de Oliveira, irmão do presidente da Câmara de Vilhena, Adilson de Oliveira (PSDB), nomeado em 30 de julho pelo prefeito Eduardo “Japonês” (PV) como Assessor Executivo. O prefeito, em nota, disse também que Délcio foi nomeado “devido às condições técnicas do servidor em desempenhar um bom trabalho na Prefeitura”. Bom menino. Relembre AQUI

@@@ IRMÃOS NA PREFEITURA E CÂMARA

Mas o caso mais impressionante é dos irmãos Maycon Douglas Vasques da Rocha (chefe de gabinete do vereador Samir Ali) e Kerlys Maria Vasques Jacob, lotada na coordenadoria de serviços administrativos na secretaria municipal de saúde (Semus), na prefeitura. Também a Câmara não vê ilegalidade na nomeação dos irmãos. Relembre AQUI. Refletindo sobre estes casos, perguntamos às autoridades da prefeitura e Câmara: em que casos realmente existem nepotismo?

@@@ NOVO SECRETÁRIO

O anúncio da nomeação de Afonso Emerick Dutra, como novo secretário de saúde de Vilhena, motivou uma série de críticas ao prefeito Eduardo “Japonês” (PV). Duas, especificamente: a primeira é de que Emerick seria “ficha suja”, com condenações na justiça, e a outra de que seria “importado” de Santa Luzia. Alguns jornalistas e formadores de opinião da cidade bombardearam o mandatário por subestimar os profissionais da “terrinha”.

@@@ EM PRATOS LIMPOS

Articulador e bom de diálogo, Emerick visito a redação do Extra de Rondônia para esclarecer os dois principais questionamentos durante entrevista. Garante que não responde a nenhum processo judicial e disse que é de Vilhena por ter residência fixa e família. Leia a entrevista AQUI

@@@ QUINTO SECRETÁRIO

Emerick é o quinto secretário, por enquanto, do período 2017/2020. Marco Vasques ficou 1 ano e 4 meses na gestão Rosani Donadon (MDB). O médico André Monteiro ficou um mês na pasta (03 de maio a 6 de junho) e a servidora Maria de Fátima de Jesus ficou 24 dias (6 a 30 de junho) na gestão do tampão Adilson de Oliveira (PSDB). Já na gestão de “Japonês” o médico Luiz  Hassegawa ficou 48 dias (01 de julho a 18 de agosto).

@@@ NÃO CONVENCEU

Como dito acima, o médico Luiz Carlos Hassegawa renunciou ao cargo de secretário de saúde após 48 dias de permanência. Em carta de uma lauda destinada ao prefeito, justificou sua decisão. Entre inúmeros comentários, ele disse que “aceitei com certo receio de não responder às expectativas. Há deficiências a serem tratadas”. Nestas palavras pode-se dizer que o médico comprovou sua incompetência no cargo e que não sabia dos problemas da saúde pública? Todo mundo e até Raimundo pensavam que o prefeito sabia (assim como ele garantiu) que o homem iria dar conta do recado. As justificativas não convenceram. Leia a carta AQUI

@@@ TÉCNICO NO CARGO

Pelo andar da carruagem, e ao analisar os casos de André Monteiro e Luiz Hassegawa, percebe-se que o cargo de secretário não é mesmo para ser ocupado por um médico. Torcemos para que Emerick, que é profissional da área de Farmácia, consiga reorganizar a saúde pública e que dê continuidade ao planejamento, não apenas por 48 dias.

@@@ OBRAS DESBLOQUEADAS

Liberação de obras e recursos para a Educação em Vilhena foram conseguidas em evento nacional realizado em Recife, no Pernambuco, onde o secretário de Educação de Vilhena,  Clésio Costa, se reuniu com o ministro da Educação e diretores do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). O evento mobilizou mais de 1,5 mil dirigentes, técnicos de secretarias e educadores de todo o país. Atualmente secretaria de Educação tem cinco obras bloqueadas, três por conta de embargo feito pelo Tribunal de Contas da União e outras duas por conta de manutenção do Sistema. Através do contato e conversa com o diretor do FNDE, foi sinalizada a liberação dessas obras, que juntas estão avaliadas em R$ 3 milhões. As duas que não estão paralisadas pelo TCU, têm liberação prevista já para as próximas semanas.

 

Texto: Extra de Rondônia

Foto: Ilustrativa

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