Lando diz que saiu do MDB porque “não posso ficar num partido cheio de corruptos”

Rosângela, Amir Lando e Melki Donadon

Na manhã deste sábado, 29, o ex-ministro da Previdência Social e ex-senador, Amir Lando (PSB), visitou a redação do Extra de Rondônia.

Ele esteve acompanhado da deputada Rosângela Donadon (PDT), candidata à reeleição, e do ex-prefeito de Vilhena, Melki Donadon (PDT), que disputa uma vaga à Câmara Federal.

Em Vilhena, Lando, que é 1º suplente do candidato ao senado Carlos Magno, cumpre uma série de compromissos, que se estenderá por todos os municípios do Cone Sul de Rondônia.

HISTÓRIA

Em 1982, Lando foi eleito deputado estadual e depois suplente do senador Olavo Pires. Assumiu a vaga de senador em 1990, quando o titular Olavo Pires faleceu. Em 1992, foi escolhido relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o escândalo de corrupção envolvendo o então presidente Fernando Collor de Mello e seu tesoureiro da campanha eleitoral, Paulo César Farias, também conhecido como “PC Farias”. Esta CPI ficou conhecida como “CPI do PC”, e resultou no pedido de impeachment do presidente Collor.

Lando foi apresentado como ministro em janeiro de 2011 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

TROCA DE PARTIDO

Filiado antigo do MDB, Lando disse ao Extra de Rondônia que tem uma justificativa plausível para deixar a legenda e ir às fileiras do PSDB. Além da falta de espaço e “ambiente” tal como ele diz, alegou uma situação que vai contra seus valores éticos. “Eu não posso ficar num partido político que está cheio de corruptos. Eu sempre tive um discurso sadio, voltado para bem comum, homem público para as causas públicas”, revelou.

O ex-ministro disse que, forçado por amigos, pretendia disputar uma vaga a deputado federal, mas, achou viável disputar a suplência de Carlos Magno para ter condições de trabalhar em questões fundiárias em vários estados da região norte.

TRABALHO COMO EX-MINISTRO

Lando lembrou que, na época que era titular da Previdência Social, apresentou 25 medidas para diminuir o déficit do órgão, que teve elogios pelo ex-presidente Lula a vários ministros na época.  “É difícil mexer com Providência Social. Essa reforma de hoje só está tirando o direito do pobre trabalhador. Alguém precisa desvendar essa caixa preta, trazer à luz essa roubalheira que está havendo e uma saída boa para este problema é criar o Banco da Providência. Essa é uma proposta para o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) na sua campanha a Presidência da República”, garantiu.

 SUPLENTE DE CARLOS MAGNO

Lando salienta que decidiu ser suplente de Magno porque é um político que tem uma visão correta, que conhece os problemas de Rondônia e, com sua experiência, estará à disposição para auxiliá-lo, levando ideias, propostas e demandas que o Estado de Rondônia precisa.

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

Sobre este assunto, o ex-ministro disse que Rondônia tem uma área extensa de terras que vão até a fronteira com Bolívia. Porém, a União tomou posse desses patrimônios através de um parecer da consultoria geral da República, e está movendo ações para que a União devolva essas terras para o Estado. “Nós temos que defender o que é nosso, dar ao Estado  o que é do Estado para  resolver a regularização fundiária”, acrescentou.

TRANSPOSIÇÃO DOS SERVIDORES

Amir Lando finalizou dizendo que a Lei da Transposição é uma vitória para todos aqueles servidores do Estado que passaram  a ter seus direitos de serem transpostos para os quadros da União. “Lutei na bancada para a aprovação dessa emenda. Agora, lamento essa demora  do Ministério de Planejamento, por ainda esses servidores não terem suas folhas incluídas na União”, observou.

 

Texto: Extra de Rondônia

Fotos: Extra de Rondônia

COMUNICADO:

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