@@ MEDICAMENTOS I

A vereadora Neidi Ikino (PV) apresentou projeto de lei que foi lido na  última sessão plenária de Vilhena, onde dispõe sobre a obrigatoriedade por parte das farmácias geridas pelo município, ou dentro da municipalidade, liberarem medicamentos prescritos por enfermeiros locais. Há uma decisão da Justiça Federal, que em 2017 suspendeu a portaria nº 2488/2011, editada pelo Ministério da Saúde, que permitiam aos enfermeiros receitar medicamentos e solicitar exames médicos aos pacientes.

@@ MEDICAMENTOS II

Ao Extra de Rondônia, a vereadora afirmou que como o artigo 11 da Lei Federal 7498/86, que direciona a profissão de enfermagem, permite por parte dos enfermeiros a prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde, seu projeto visa obrigar a que as farmácias mantidas pelo município liberem tais medicamentos. Neidi disse que em Vilhena os responsáveis pelas farmácias exigem receitas assinadas por médicos para a liberação dos medicamentos, mesmo quando se tratam de casos de pacientes protocolados, que o atendimento quase nunca difere um do outro, que é o caso das gestantes, dos diabéticos e dos hipertensos.

@@ MEDICAMENTOS III

A vereadora afirmou que sua intenção não é a liberação por parte dos profissionais de enfermagem em consultar e diagnosticar doenças e sim, tratar aquelas já protocoladas no Ministério da Saúde (MS), inclusive com prescrições de antibióticos. Quando questionada sobre a responsabilidade de uma prescrição errada, a vereadora afirmou que é impossível acontecer, pois os medicamentos que tratam infecções urinárias e anemias de gestantes, por exemplo, são  todos protocolados pelo MS, que ampara quem os receitou.

@@ SANTO DE CASA NÃO FAZ MILAGRE

As eleições deste ano estão mais uma vez caracterizadas pelo apoio de lideranças locais a candidatos de outras regiões do Estado. O respaldo dos políticos vilhenenses aos “paraquedistas” é tão arraigado, que entre os onze vereadores da cidade, apenas dois apoiam a candidatura do próprio colega de Parlamento, Ronildo Macedo, à Câmara Federal.

@@ FIÉIS

O exemplo de Wilson Tabalipa, Leninha do Povo e Rogério Golfetto não é seguido pelos outros oito vereadores, que preferem receber salário do contribuinte vilhenense, mas na hora decisiva optam por pedir voto para políticos de outras cidades. Sabe-se lá se tal conduta torta e incoerente se deve a interesses legítimos ou escusos, mas o fato é que são de âmbito exclusivamente pessoal, e jamais coletivo.

@@ PARAQUEDISTAS

É bom o eleitor vilhenense e do Cone Sul ficar bem antenado ao que vai acontecer no final deste domingo, quando saírem os resultados das urnas. Devido aos “paraquedistas”, dificilmente teremos conquistado representação na bancada federal, e é bem provável que o espaço dos sulistas na Assembleia Legislativa continue reduzido as atuais duas cadeiras – e olhem lá!

@@ MESMA MOEDA

Caso tal previsão se confirme leve isso em consideração daqui a dois anos, quando estarão em jogo os cargos municipais, e retribua o desinteresse dos atuais vereadores com nossas demandas na mesma moeda.

@@ INSISTÊNCIA COM CELULARES

Mesmo com o desgaste sofrido perante a sociedade vilhenense, os vereadores decidiram remarcar a licitação para adquirir 23 linhas telefônicas para seu próprio uso e dos servidores da Casa de Leis. A primeira licitação, que previa gastos de até R$ 180 mil, foi suspensa após o Extra de Rondônia levar o caso à tona. (Relembre AQUI ). Agora, os parlamentares tentam minimizar a situação e reduziram o valor estimado para mais de R$ 94 mil até o encerramento da legislatura.

@@ LICITAÇÃO

A licitação está marcada para às 10h (horário de Brasília) da quinta-feira, 11 de outubro. Alguém pode explicar a insistência dos vereadores para ter celulares pagos pelo contribuinte tendo em consideração cada um já tem o seu?

@@ ESFARRAPADA

O presidente da Casa de Leis, Adilson de Oliveira (PSDB) tentou dar a resposta à pergunta acima, mas o tiro saiu pela culatra. Ele defendeu o uso de celulares pelos vereadores e garantiu que “é para a população ter um canal público direito com os parlamentares”. Conta outra…

## DE CARA VIRADA

E parece que o prefeito Eduardo Japonês (PV) está mesmo de “cara virada” com a vice-prefeita Maria José da Farmácia. Ambos ainda não “engoliram” de um ter sido contra o outro no caso da alteração da Lei “Ficha Limpa” para beneficiar a nomeação do secretário de saúde, Afonso Emerick. Sem consultar, Japonês mandou o projeto de alteração à Câmara. Maria José teria ido reclamar e o mandatário não gostou do que ouviu. Desde então, ambos só se falam o necessário.

 

Texto: Extra de Rondônia

Foto: Ilustrativa

sicoob