Coluna escrita por Sérgio Pires/Foto: Ilustração

Bom dia, otários! Enquanto vocês andavam por aí defendendo os governos recentes, que roubavam seu país, estavam pagando também tanta bandalheira que, recém se levanta a ponta do tapete e já se sente o enorme fedor da podridão sob ele.

O PT e seus apaniguados, aliados de primeira e última horas, estavam transformando esse Brasil numa “Republiqueta da Cumpanheirada”, onde todos os que aplaudiam os criminosos e fechavam os olhos para seus malfeitos, ganhavam uma ponta do lucro. E você, junto com outros milhões de alienados, que não sabiam o que acontecia na sua Pátria, pagava toda essa conta. E eles roubando. A Petrobras. As estatais.

Os Correios. As grandes obras públicas. Transformaram nosso país na Casa da Mãe Joana, onde ser decente, honesto, sério, se transformou numa espécie de pecha para designar os que eram apenas idiotas. E eles, não todos, mas muitos, foram destruindo o que encontraram. Não iriam deixar pedra sobre pedra. Transformaram a boa ideia do Bolsa Escola numa estrutura desvirtuada, cheia de furos, com portas escancaradas para a sacanagem. Quando a Lava Jato começou a mostrar o que tinham feito contra o Brasil, apenas se transformava em concreto aquilo que, de dentro do poder, todos já sabiam: o esgoto que corria sob os pés de barros dos poderosos de plantão.

Agora, recém escolhido novo governo, é que começa uma nova etapa, uma espécie de desnazificação (claro que é apenas uma figura de linguagem, para se fazer uma analogia sobre a importância de se desaparelhar e despetizar o Estado), retirando dele todos os que mamaram nas tetas gordas dos cofres públicos, muito bem pagos com o nosso suor, o suor dos que sustentam a Nação com seu trabalho decente. E, a cada nova ponta do tapete levantada, mais podridão, sacanagem, roubalheira.

O presidente Bolsonaro anunciou, nesta semana, que vai acabar com cerca 700 comissões, comitês e conselhos que abriram milhares de cargos para a “cumpanheirada”, alguns com ricos salários, embora a média embaixo fosse de 2.700 reais e, em cima, de 27 mil reais. Entre essas aberrações, havia, por exemplo, um Conselho de Representantes dos Brasileiros no Exterior. Isso mesmo! Veja esse: Comissão Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados. Risível e inútil, certamente por cegueira generalizada dos seus membros, havia também um Conselho da Transparência Pública e Combate à Corrupção.

Não é ridículo? Em média, os principais desses conselhos poderiam ter até por 45 membros, todos ligados de uma forma ou outra ao Poder Executivo. Todos indicados entre os amiguinhos. Claro que entre todos, poderia haver um ou outro de utilidade ao país. Mas a grande maioria… Bolsonaro veio para isso mesmo. Para acabar com essa canalhice.  Adivinhe, então, quem eram os otários que pagaram tudo isso? Quem respondeu “nós todos””, acertou em cheio. Uma vergonha!

CHEGOU A HORA DA COBRANÇA

Eleito em novembro e empossado em janeiro, Marcos Rocha comemorou seus primeiros 100 dias de Governo, resumindo algumas realizações e apresentando  propostas do que pretende fazer daqui para a frente. E que comece a fazer logo, porque a fase doce do namoro com o rondoniense está chegando ao fim. Agora, vão começar as cobranças. Nesse primeiro período; o novo governo tomou pé da situação, reorganizou o que achava que tinha que mexer e se preparou para os próximos passos que dará.

Há compreensão generalizada que isso é comum quando um novo grupo, com novas metas e ideologias, com propostas diferentes dos que antes dominavam o Estado, porque há sim necessidade de que a enorme estrutura seja adaptada à nova realidade. Isso foi feito. A partir de agora, inicia a contagem regressiva para que a população comece a cobrar em relação a realizações concretas; às mudanças prometidas e, principalmente, às obras necessárias para melhorar a vida do rondoniense. Começa a fase do fazer e não mais do prometer. Passada a era do namoro, o rondoniense vai começar a cobrar de Marcos Rocha e seu governo, que precisam dizer a que vieram. Acabou a fase da campanha e do preparo da estruturação do governo. Agora é tempo de resultados. Que eles venham logo!

RODOVIAS DESTRUÍDAS

Uma das prioridades do governo tem que ser um pacotaço de obras de recuperação das rodovias estaduais, Algumas delas estão em estado de calamidade pública. A que liga a região de Ariquemes à Buritis está muito, mas muito pior do que as crateras lunares. A RO 460 pode servir como símbolo do que de pior há em Rondônia, em termos de estradas sob a responsabilidade do Estado.

O diretor geral do DER, coronel Erasmo Meireles, está concluindo um projeto para realização de serviços emergenciais nas que encontram-se em pior situação. Duas outras prioridades, segundo ele, serão a RO 010, que liga Rolim de Moura a Nova Brasilândia e a Estrada do Belmont, em Porto Velho.  Alguns trabalhos já estão sendo feitos, mas ainda sem que representem grandes avanços, até porque há ainda imensas dificuldades pela temporada de chuvas, que ainda não terminou e, ao mesmo tempo, porque a destruição das rodovias é tão imensa que se levará vários meses, até que os resultados do trabalho comecem a aparecer em todas as regiões.

O líder do governo na Assembleia, deputado Eyder Brasil, chegou a alfinetar o governo anterior, de Confúcio Moura, por causa das péssimas condições das rodovias. “O governo passado priorizou as estradas municipais, mas se esqueceu das estaduais”, disse ele, em entrevista que concedeu neste final de semana, no programa Direto ao Ponto, da Record News.

ELES ESTÃO À SOLTA!

Certamente não é coincidência o número assustador de ocorrências policiais, principalmente de assaltos, roubos, arrombamentos e furtos, registrados na região de Porto Velho, mas também em algumas cidades do interior, nos últimos dias. Só no entorno da Capital, acredita-se que há pelo menos uns 60 foragidos dos presídios, ainda escondidos, todos livres, leves e soltos, depois de saírem das cadeias como se elas fossem motéis de alta rotatividade.  Outros quase 30 se escafederam no interior. Números divulgados pela Sejus, nessa semana que termina, davam conta que apenas 14 haviam sido recapturados. Daí, a gente começa a ler o noticiário policial  e se estarrece.

A violência toma conta de várias áreas da cidade, com pessoas feridas em assaltos, onde os criminosos mostram toda a sua crueldade, como os que atacaram um motorista e, sem qualquer motivo, tentaram matá-lo com vários tiros, inclusive um na cabeça, mas ele, milagrosamente, acabou sobrevivendo. Nesse caso e em tantos outros, há fortes suspeitas de envolvimento dos foragidos. Não há informações corretas e objetivas à população, que continua sem saber dos riscos que corre, com tantos bandidos soltos pelas ruas.  Socorro, Polícia!

OS TUCANOS SONHAM ALTO

No Brasil é sempre assim. Recém termina uma eleição e os olhos estão voltados para a próxima, em dois anos. Será assim, enquanto o país não tiver o bom senso de fazer eleições gerais a cada cinco anos. Nesse ritmo, paramos e recomeçamos a cada pacote de meses. O país não tem tempo para funcionar, porque parece viver apenas em torno da próxima eleição. Esse é o grande programa de todos os partidos. E assim será, até que se mude a mentalidade da classe política brasileira, para que ela priorize os interesses maiores do país e não os das urnas.

Mas, vá lá! É assim e temos que viver essa realidade. Em Rondônia, é claro, as coisas não são diferentes. Os partidos políticos já pensam em nomes e coligações para as eleições municipais de 2020. O PSDB, por exemplo, tem uma meta desafiadora, mas viável: a de eleger os prefeitos das duas maiores cidades do Estado, onde estão os colégios eleitorais que podem definir, por exemplo, uma eleição ao Governo, em 2022. Isso mesmo. Pensa-se a médio e longo prazo também. Os tucanos, comandados por Expedito Júnior e Mariana Carvalho, querem reeleger Hildon Chaves na Capital e Laerte Gomes em Ji-Paraná.

O prefeito enfrenta problemas em alguns setores da sua administração, mas, no geral, tem condições, ainda, de chegar à época da disputa com cacife para buscar mais um mandato. Já Laerte Gomes, o atual presidente da Assembleia, é nome quentíssimo para comandar Ji-Paraná. As cartas já estão sendo colocadas sobre a mesa, mesmo muito tempo antes da disputa eleitoral.

LÉO, VINICIUS, EYDER, SOBRINHO…

O quadro em Porto Velho também se amplia, em termos de nomes. Além de Hildon, não há quem não cite o deputado federal mais votado na última eleição, Léo Moraes, como nome e foto certíssimos na urna, daqui a um ano e pouco. Léo, que tem se destacado nesse início de atividades no Congresso, se a eleição fosse hoje, seria, novamente, o principal adversário do Prefeito tucano, como o foi na disputa de 2015. A terceira via, mas não menos poderosa ante o eleitorado, é do jovem advogado Vinicius Miguel.

Ele concorreu ao Governo por um partido nanico, deu um show nos debates e nas propostas e, praticamente sozinho, acabou sendo o mais votado entre todos os postulantes, em Porto Velho. Afora esse trio, há, claro, ainda outros nomes com potencial. O PSL anda investindo no nome do seu líder na Assembleia Legislativa, o sargento do Exército Eyder Brasil. O PSB tentaria novamente trazer Mauro Nazif,  para a disputa? É muito difícil, porque Nazif é um bom deputado, mas fracassou como Prefeito. O PP poderia pensar em Aélcio da TV, eleito e reeleito deputado com excelente votação na Capital? E o PT, teria ainda alguma chance, nesse novo quadro político?  Se o tivesse, o único nome forte ainda do partido é o do duas vezes prefeito Roberto Sobrinho. Mas ele toparia? Enfim, a política começa a andar, por aqui, como ocorre em todo o país.

NOMES NÃO FALTAM EM JI-PARANÁ

Em Ji-Paraná, o quadro ainda não está claro, para a sucessão do prefeito Marcito Pinto. Como um dos nomes mais fortes na cidade, o do ex prefeito e ex deputado Jesualdo Pires está fora da corrida, já que ele foi duas vezes eleito e não pode disputar em 2020, fala-se que a ex primeira dama, Lilian Pires, poderá entrar na disputa. Por enquanto, Laerte Gomes é o nome mais forte. E terá um apoio dos mais importantes: o do senador Marcos Rogério, o mais votado em 2018 e que deve ser candidato ao Governo do Estado em 2022. O PDT de Acir Gurgacz, que ainda tem grande poder político na cidade, pode indicar a recém eleita deputada federal Silvia Cristina, para ser o nome do partido na corrida pela Prefeitura, no ano que vem.

Há outra alternativa também muito viável, dentro do partido, com Airton Gurgacz, que teve passagem destacada na Assembleia Legislativa, é do clã dos Gurgacz e tem grande prestígio em sua cidade. Não se pode esquecer o PSL, que hoje comanda o Governo do Estado. Em Ji-Paraná, cresce o nome do médico Silmar Camarini. Ele nunca havia participado de qualquer evento político e muito menos de uma eleição. Concorreu a deputado federal e fez quase 10 mil votos. Há quem diga que, se Rocha tiver sucesso no Governo, o seu candidato de Ji-Paraná pode se tornar nome quentíssimo para o ano que vem. Enfim, se o assunto é eleição, todo o dia é dia de falar dela.

PERGUNTINHA

Como o STF autorizou o ex Presidente  Lula, condenado e na prisão,  a dar entrevistas à imprensa, o mesmo tratamento será dado a Fernandinho Beira Mar, Marcola e outros chefões que estão cumprindo pena?

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