O deputado estadual Lazinho da Fetagro (PT) usou a tribuna na sessão extraordinária desta segunda-feira (24) para manifestar preocupação com a situação das estradas em Rondônia. Ele também falou sobre as recentes divulgações feitas pelo site The Intercept, com acusações contra o ministro Sérgio Moro.

“Todas as estradas estão deterioradas na nossa região de Jaru. E não entendo, não aceito essa medida de tapar buracos com terra. Já estamos há 40 dias de verão e precisamos dar celeridade nas ações, sob pena de não chegar o inverno e a situação se agravar ainda mais”, destacou.

Em seguida, Lazinho discorreu sobre a lei estadual que instituiu o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). “A lei aprovada nesta Casa, foi implantada somente aqui na capital. Só será estendida para o interior, se houver recursos federais. Como há uma falta de orçamento, os municípios do interior estão de fora. Antes, eram investidos R$ 12 milhões no programa, mas agora o modelo mudou e os produtores do interior podem ser prejudicados”, observou.

Em aparte, o deputado Chiquinho da Emater (PSB) disse que o PAA fortalece as agroindústrias, mas depende de o Governo Federal alocar mais recursos. “Agora ficou com os municípios e estou preocupado com a execução do projeto”.

Ao retomar a palavra, Lazinho declarou que “infelizmente, não vemos perspectivas de melhora e isso nos preocupa. É preciso uma ação em conjunto, para garantir a continuidade desse programa, atendendo amplamente aos produtores”.

Lava Jato

Lazinho da Fetagro passou a falar sobre as recentes revelações do The Intercept, que mostrou conversas do então juiz Sérgio Moro e do procurador federal, Deltan Dallagnol, que conduziram a operação Lava Jato, que ele destacou ter suas virtudes, no combate à corrupção, mas que acabou sendo usada para manobras políticas, engendradas em forma de condenação judicial.

“Ao meu ver, o Sergio Moro sempre foi falso e irresponsável, que não tratou a coisa pública da forma como deveria tratar. Agora, está a cada dia mais claro que houve um julgamento político. E o agora ministro, que como juiz combinou sentença com a acusação, combinou quem deveria ser acusado ou não, vai ao Senado e não se retrata perante à Nação”, desabafou.

Segundo ele, “graças às manobras ilícitas do juiz Moro, Lula foi preso por um apartamento que agora a justiça autorizou a OAS a vendê-lo. Condenado por um sítio, que agora a justiça autorizou o dono legal a vendê-lo. Ou seja, foi um cenário montado, uma armação, uma trama para retirar o Lula da disputa eleitoral. E, como prêmio, o juiz do processo duvidoso ganhou um cargo de ministro. Isso nos faz crer que nem sempre se faz justiça nesse país, infelizmente”.

Ele disse que se repetem as histórias envolvendo os ex-presidentes Juscelino Kubistchek e Getúlio Vargas, acusados de crimes que não cometeram, para serem alijados da política.

Em aparte, Adelino Follador (DEM), autor de moção de aplauso a Sérgio Moro, aprovado pela Assembleia Legislativa, disse que o agora ministro fez muito pelo país. “Se a gente colocasse de novo esse aplauso aqui nesta Casa, seria aprovado de novo. Estou feliz e satisfeito com o trabalho de Sérgio Moro, que é muito corajoso”, observou.

Ao retomar a palavra, Lazinho declarou que “ele é muito corajoso mesmo, tramou, forjou provas, fez manobras ilegais, tudo para tirar o Lula da disputa. Muita coragem em fazer atos ilegais e ainda posar de santo. Mas as máscaras caem”.

Também em aparte, Eyder Brasil (PSL), elogiou a coragem de Lazinho da Fetagro, em defender um condenado da justiça e fazer parte de um partido, cuja cúpula foi presa, por corrupção. “A justiça está sendo feita: políticos e empresários condenados, recursos repatriados e outras boas ações, fruto da operação Lava Jato”.

Em resposta, Lazinho declarou que “entendo sua fala, deputado Eyder. Mas, em nenhum momento defendi partido aqui. Já o seu partido, mal começou e está cheio de laranjas. O PT cometeu erros sim. E tenho consciência disso. Mas, nesse caso em questão, temos que ver que o juiz Moro é uma farsa e a história irá revelar a verdade, não sei quando, mais a verdade sempre prevalece”.

Pesar

Lazinho da Fetagro ainda manifestou pesar pela morte do arcebispo emérito de Porto Velho, Dom Moacir Grechi. “Um líder religioso, espiritual, mas envolvido em causas sociais e com compromisso com a sociedade. Meus sentimentos a todos os católicos de Rondônia, ainda consternados com a perda de Dom Moacir”.

Ele registrou ainda a passagem do Dia do Evangélico, comemorado no último dia 18, e do padroeiro de Jaru, São João Batista, comemorado nesta segunda-feira (24).

sicoob

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