Coluna escrita por Humberto Lago/Foto: Extra de Rondônia

Um consultor empresarial norte americano afirmou, num de seus livros, o seguinte: O prazo da garantia de um produto só é bom, quando ele é fixado pelo próprio cliente.

Três ou cinco anos podem parecer muito bom para o fabricante, porém tal prazo pode ser entendido como insuficiente pelo cliente. E o cliente sempre está com a razão!

Transcorria o ano de 1901 e numa estação de bombeiros da cidade de Livermore, (Califórnia USA) eles precisavam de uma lâmpada acesa 24 horas por dia a fim de agilizar o atendimento da corporação à comunidade. Tal pedido foi transmitido ao cientista Adolphe Chaillet, para que criasse uma lâmpada elétrica com essas características. Ela foi criada, acesa e continua acesa, ininterruptamente, até o dia de hoje. Repito: essa lâmpada elétrica foi acesa em 1901 e permanece acesa há 118 anos! Tal fato está registrado no livro dos Records. A BBC fez uma reportagem especial sobre o assunto, há pouco tempo atrás, para ressaltar o grande e inusitado feito.

Sempre que me lembro desta história verídica, o assunto “qualidade” volta à minha mente. Como foi possível criar um produto tão bom e colocá-lo em operação incessante por um período tão longo? Qual é a razão de tamanho sucesso? Será que os componentes empregados eram especiais? Por que as lâmpadas de hoje duram apenas dois ou três anos?

Já pensou se esse conceito de longevidade se generalizasse por todos os ramos da indústria? Você pode imaginar a grandiosa transformação que teríamos?

Precisamos elevar nossos padrões e referenciais, para patamares superiores, mesmo que alguns competidores insistam em produzir produtos de baixa qualidade, estimulando assim sua reposição contínua.

Os clientes merecem produtos melhores; eles estão dispostos a pagar mais por produtos com maior vida útil. Entendo que a extensão da durabilidade dos produtos deve vir naturalmente para os consumidores e não por imposição institucional. Estender a garantia dos produtos, mediante a contratação de um seguro, pode até ser uma medida legal, mas será justa e ética?

Convido nossos industriais e empresários a repensar nossa filosofia de trabalho, nosso conceito de qualidade, nossa visão do que vem a ser uma garantia ideal dos produtos e serviços que produzimos e oferecemos.

Não podemos nos apequenar, nem sermos imediatistas. Novos horizontes são descortinados, no mundo moderno, pela evolução da ciência e pelos avanços incessantes da tecnologia. O planeta está faminto de novas visões, de transformações, de produtos revolucionários. Que a nossa geração tenha uma contribuição efetiva a oferecer à sociedade, na atual conjuntura. Não pelo interesse econômico, mas sim pelo respeito aos consumidores!

sicoob

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