Foto: Ilustração

Fazem duas semanas que o Extra de Rondônia tenta apurar junto a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) denúncia anônima que chegou à redação dando conta que uma servidora do órgão público estaria cometendo crime contra uma adolescente indígena que vive em estado vegetativo na Casa do Índio (CASAI), em Vilhena.

A reportagem do site não conseguiu acesso ao local na tentativa de entender a história, e na Coordenadoria local do órgão dois servidores tiveram acesso ao material da denúncia, mas pouco se interessaram pelo caso. A reportagem tentou então contato com Brasília através dos e-mails de contato, porem só recebeu uma mensagem eletrônica padrão como resposta. A suposta vítima da fraude já foi assunto de matéria polêmica, no ano passado.

Segundo a denúncia, uma servidora da FUNAI, que exerceria o cargo de Coordenadora, estaria fazendo uso pessoal de cartão de benefício BPC/INSS da menor indígena acamada Ednéia Wassusu, internada há mais de quatro anos Na Casa do Índio, em Vilhena, acompanhada de sua mãe, Nadir Wassusu, que tem pouco conhecimento de português e não sabe usar o cartão eletrônico. O denunciante chega a citar o nome da servidora que supostamente estaria cometendo o crime, informação que o site prefere não divulgar neste momento.

Ainda conforme a denúncia, o caso já teria sido motivação para abertura de Processo Administrativo Disciplinar para apurar as irregularidades no exercício da função, o qual teria sido publicado no Boletim de Serviço n. 124, de 22 de Julho deste ano, através do número 218/CORREG. O caso estaria em andamento, sendo que a mãe da adolescente teria inclusive sido ouvida pela comissão eleita há poucos dias. Finalizando, o denunciante declarava que a jovem índia já foi assunto de denúncias por maus-tratos no ano passado.

Dado ao nível de detalhamento da denúncia, tudo indica que algo fora do comum está de fato acontecendo. A garota índia realmente existe, e ano passado chegou a ser assunto de reportagem aqui no Extra de Rondônia, quando larvas de mosca foram encontrada na boca da criança, o que rendeu uma denúncia de maus-tratos, leia (AQUI).

Na época, o coordenador local da FUNAI chegou a ser entrevistado sobre o assunto, confirmando que a garota estava sob os cuidados da Casa do Índio. No entanto, agora os servidores do órgão federal com quem a reportagem conversou, na portaria da CASAI e na Coordenadoria de Vilhena, sequer confirmam saber da existência da jovem.

O máximo que o site conseguiu por aqui foi a confirmação do nome da servidora acusada, sendo dito que ela está lotada em Comodoro (MT), além da orientação de procurar a sede nacional da FUNAI através da internet. Também foi dito, de forma irônica, de a denúncia provavelmente foi feita por algum índio, “pois eles adoram fazer denúncias de todos os jeitos”.

Isso foi feito, e na página eletrônica foi confirmada a existência do Processo Administrativo citado na denúncia, no mesmo boletim que foi relatado, porém não fica claro se realmente se trata deste assunto específico, dado ser procedimento de continuidade de um processo em andamento.

Não há no site meios de se conseguir informações mais detalhadas. Foi encaminhada mensagem à Assessoria de Comunicação da FUNAI relatando o caso, porém não houve retorno. No link da Ouvidoria a resposta veio sob a forma de mensagem padrão, sugerindo que se fizesse o registro da denúncia para providências, coisa que não era a intenção da reportagem.

O caso continua encoberto e talvez com sua divulgação, mesmo de forma unilateral, alguém do órgão público se manifeste acerca do assunto.

 

 

 

sicoob

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