Coluna escrita por Sérgio Pires/Foto: Ilustração

O ex-governador Daniel Pereira berrou, na mídia, desde o começo, que havia algo muito errado com a Operação Pau Oco, uma ação da polícia civil de Rondônia, contra organização criminosa que existiria na Sedam e que o incluiu como um dos suspeitos.

Quando teve sua casa revistada e seu celular apreendido, num evento em que reclamou também que os policiais foram agressivos e mal educados, em sua casa, o ex governador disse, no dia seguinte, em entrevista ao programa Papo de Redação na TV (SICTV/Record, sábados, 12h30 às 14 horas), que jamais cometeu qualquer ato ilegal e que em pouco tempo isso seria provado.

Não deu outra! Explodiu ontem, tal qual a Little Boy, o apelido da primeira  bomba atômica americana jogada contra o Japão, na Segunda Guerra, uma gravação que teria sido feita por um dos delegados da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), que lideraram a operação, contando detalhes de graves erros que teriam ocorrido nas investigações. O áudio, que chegou com exclusividade ao programa dos Dinossauros, na Parecis FM, nesta terça, é por si só explosivo.

Conta, ao comentar o assunto num grupo de policiais, que houve imensos erros e  distorções, que podem até ser interpretados como dolo, como deixou claro que, ao invés de correr ao Ministério Público e Judiciário, para  corrigir a série de absurdos, estava rezando para que ninguém descobrisse o que tinha realmente acontecido. No áudio, divulgado na íntegra dos seus mais de 4 minutos, na Parecis e depois em dezenas de grupos das redes sociais, o policial ainda diz que se tudo for descoberto, pode ser o fim da Draco, um dos órgãos mais respeitados dentro da polícia rondoniense. Não houve perícia ainda que confirme a autenticidade da gravação.

No contexto do áudio, o personagem chega a dizer que se for ouvido um determinado áudio, que ele não explica qual, ficará claro que o juiz do caso foi induzido ao erro para acreditar que havia, dentro da Sedam e, imagine-se, com conhecimento do então Governador, uma organização criminosa agindo e que teria sido desmantelada na operação. “No dia em que esse áudio for juntado nos autos…tudo vai ser anulado”. Mais adiante, ele diz que “obviamente o Daniel vai botar pra cima, vai entrar com uma ação contra o Estado, pelos danos causados a ele.

Vai esculhambar a gente na mídia, até acabar com nossa credibilidade. Pode acabar, pode  esquecer o Draco”. O que surpreende, para quem ouve todo o vídeo é que, em todo o comentário, não há qualquer menção a um mea culpa, a uma questão em  que um policial que erra tenta corrigir o mal que causou. Apenas um comentário mais crítico, mas genérico. “Um erro nosso é igual a erro médico. Ele é muito grave. Nós não podemos errar. Não se admite erro aqui. Quando acontece um erro, nós corremos o risco de anular toda a Pau Oco e sairmos desmoralizados”. No final, o comentário é de que a culpa deve ser assumida por todos. “Não interessa quem errou. Se tiver que responder, vai responder todo o mundo junto”. E agora?

A REAÇÃO DE DANIEL PEREIRA

A coluna fez apenas duas perguntas a Daniel Pereira, sobre o caso. O que ele sentiu quando ouviu a gravação e quais as medidas que pretende tomar, daqui para a frente. Ele escolheu as palavras. “Não quero misturar as coisas. Não são as instituições, mas foram os delegados Júlio César, o Roberto Santos e o Fred Mercury e outras pessoas que eles induziram ao erro, incluindo-se neste contexto o Ministério Público e o Poder Judiciário, que foram também enganados”.  Daniel disse que,  comprovando-se a autenticidade da gravação, “eles têm que vir a público e contar o que realmente fizeram”.

Depois de dizer que estava com o sentimento de qualquer cidadão  vítima de uma grande injustiça, o ex governador vai mais longe: “é necessário que se investigue todas as ações destes policiais. E cobra: “há que se saber quantas fraudes eles cometeram ao longo do processo”. Daniel amplia a teoria da dúvida: “agora, foi só esse caso que aconteceu? Ou foram dez? Ou foram 20?”. Ele protesta também pelo fato do policial que fez a gravação “não ter procurado corrigir o erro, mas agiu apenas na tentativa de esconder o erro. Se fosse honesto na sua profissão, se quisesse realmente fazer Justiça, teria comunicado o erro ao MP e ao Desembargador. Não o fez e ainda ficou torcendo para que nada fosse descoberto.” Tem mais coisas, que serão publicadas em breve.

MAIS NOMES PARA JI-PARANÁ

Ah, como as coisas andam mudando na política! Pelos lados de Ji-Paraná, então, as nuvens trocam de lugar quase todos os dias. Por enquanto, o presidente da Assembleia, Laerte Gomes, continua sendo o principal nome na disputa pela Prefeitura, no ano que vem. Mas pode haver mudança de planos e Laerte acabar buscando outros caminhos. Ainda não há definição terminal. José Bianco, apontado como nome extremamente viável, foi procurado pelo grupo formado por tucanos, PR, PSD, PL e outras siglas, como uma boa alternativa.

Seria, se ele não tivesse desistido das disputas nas urnas. Agora, para confrontar o prefeito Marcito Pinto, que vai à reeleição, começam a surgir novas opções. Uma delas, considerada muito forte, é a do ex vereador Isau Fonseca, do MDB. Outra, é de uma figura recém chegada na política: o há pouco tempo eleito deputado estadual, Cabo Johny. Que não nos esqueçamos ainda de uma via importante: dona Lilian Pires, esposa do ex prefeito Jesualdo Pires. Mas no decorrer dos meses, outras pré candidaturas vão aparecer…

RIMA: SEGURANÇA INTERNACIONAL

Orgulho para Rondônia, a empresa aérea Rima (Rio Madeira Aerotáxi), recebeu essa semana,  certificado internacional de segurança de voo. O Certificado ISSA  (IATA Stardart Safety Assessment) é um aval da qualidade da segurança no transporte aéreo de passageiros e de cargas, praticada pela empresa. O selo é uma certificação internacional de que a empresa segue o mesmo padrão de segurança das maiores companhias aéreas do mundo.

O presidente da Rima, Gilberto Scheffer, recebeu o documento das mãos do presidente da Associação Latino Americana e do Caribe de Transporte Aéreo. O aeronauta rondoniense comemorou a conquista, que a partir de agora proporciona à Rima fechar acordos com grandes empresas internacionais que possuem o mesmo comprometimento com a segurança. O empresário, um dos maiores conhecedores de cada canto da Amazônia, com voos por todo o norte, nos 18 anos da empresa, afirmou ainda que a Rima atua em toda a região amazônica. E concluiu; “o rondoniense pode viajar tranquilo conosco. Temos muita qualidade e muita segurança!”

FOGAÇA AINDA TENTA VOLTAR!

O jornalista Everaldo Fogaça dono do site O Observador, que está no ar há muitos anos, não consegue voltar para casa. Ele foi a Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, visitar sua filha. Está por lá há exatos 23 dias, incluindo esta quarta-feira. Há pelo menos duas semanas tenta retornar a Porto Velho  e não consegue. Os protestos contra a terceira reeleição de Evo Morales, que paralisou grande parte do país, prejudicaram o deslocamento de Fogaça e de milhares de outros brasileiros, que querem deixar o país e ainda não sabem como.

Ele já perdeu voos por não conseguir chegar a tempo ao aeroporto, em função dos bloqueios nas ruas e teve outros voos cancelados, também por culpa da confusa situação boliviana. Fogaça diz que a batalha política na Bolívia pode se resumir a um confronto entre ricos e pobres. Os ricos querem Carlos Mesa, do centro direita, no poder. Os pobres, segundo ele, adoram Evo Morales e estão ao lado do Presidente, que quer começar seu quarto mandato. A causa de todo o confronto é a suspeita de que a eleição foi fraudada. Fogaça continua tentando deixar a Bolívia!

FRONTEIRA AINDA ESTAVA ABERTA

Há uma instabilidade política muito forte na fronteira Brasil/Bolívia. O prefeito Cícero  Noronha, de Guajará, tem recebido informações contínuas sobre a situação, preocupado, é claro, com tudo o que está ocorrendo e que pode afetar sua cidade. A fronteira estava aberta ainda, nesta terça, mas ela pode fechar a qualquer momento, exatamente porque os confrontos em Guayaramerim, do outro lado do rio, podem se ampliar. A região do Beni, com cidades como a própria Guayara, como Riberalta (onde a clima é ainda mais tenso), são áreas de grande risco, porque são muito complexas, todas sempre contrárias a Evo Morales. As autoridades de Guajará estão atentas ao problema. O prefeito Cícero tem recebido vários informes, monitorando a situação e torcendo para que a violência não chegue perto da sua comunidade. Até o final do dia, nesta terça, a fronteira ainda estava aberta. Não se sabe como será nesta quarta.

ALÔ ENERGISA! MENOS GUERRA, MAIS DIÁLOGO

Hoje tem mais uma reunião da CPI da Energisa. Vão ser ouvidos  ouvir representantes do Governo, do Ministério Público e de comandantes de entidades, como a Federação das Indústrias e Fecomércio. Enquanto isso, as reclamações contra a empresa continuam. Agora, surge mais uma, inédita. Consumidor do bairro Industrial teve sua luz cortada, ao atrasar uma conta. O pagamento foi logo realizado. O  cliente pediu a religação. Qual não foi sua surpresa, ao ser informado que a religação só seria feita se ele pagasse também uma segunda conta, que nada tem a ver com o motivo do corte, até porque o  cliente ainda tem tempo para quitá-la.

No seu site, a Energisa informa  que se a fatura que motivou a suspensão foi paga, a empresa ligará a energia de novo. O sistema de comunicação entre a empresa sucessora da Ceron e seus clientes,  está com um sério ruído. Quando ocorre esse tipo de erro, o correto seria resolver o caso imediatamente, atendendo ao consumidor, até para que a Energisa não fique sob críticas, por motivos que, com um pouco de atenção ao cliente, poderia resolver facilmente. Ao que parece há alguém na distribuidora de energia que prefere a guerra ao diálogo.

VENEZUELA: CINCO MILHÕES DE REFUGIADOS

A maior diáspora desde a Segunda Guerra Mundial, o “maravilhoso”  governo popular de Nícolas Maduro vai bater o recorde mundial de refugiados e migrantes em todo o mundo, já no ano que vem. Vai superar inclusive o número de refugiados sírios, se se espalham por vários países depois de mais de oito anos de uma sangrenta guerra civil.  Atualmente, 16 países estão acolhendo os refugiados e migrantes venezuelanos, que já bateram nos números oficiais de 4 milhões e 600 mil.  Entre os latino-americanos que mais recebem estão a Colômbia, com 1 milhão e 400 mil;  o Peru, com 860 mil; Chile, 371 mil e Equador, com 330 mil.

No Brasil, apesar de continuarem chegando todos os dias, o total de venezuelanos é bem menor do que os que chegam aos nossos vizinhos. O número de refugiados por aqui é de 212 mil. Até o início deste ano, haviam mais de 6 milhões de sírios espalhados pelo mundo. Esse número vem diminuindo, enquanto cresce o de venezuelanos que abandonam seu país. Além da violência das milícias, a fome é grande inimiga do povo da Venezuela.

PERGUNTINHA

Você sabia que já está faltando gás, água, comida e muitos outros produtos, em várias cidades bolivianas, por causa da violência e dos confrontos dos prós e dos contra Evo Morales?

 

 

 

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