Coluna escrita por Sérgio Pires/Foto: Ilustração

Será uma viagem sem volta. Os escolhidos para fazerem parte da primeira missão humana à Marte vão, mas não voltam. A passagem é só de ida.

Há estudos científicos que apontam que, em torno de 70 dias, na média, há risco real de que eles comecem a morrer. Serão heróis, pioneiros da raça humana, mas lá morrerão e ficarão eternamente no Planeta Vermelho.

A missão, marcada a princípio para 2025, pode ser adiada, embora a data ainda esteja, oficialmente, sendo mantida. Dos mais de 200 mil candidatos de todo o mundo, que se propuseram a realizar o feito histórico, uma mulher rondoniense, professora, advogada, que está com 55 anos, é uma das 50 finalistas para participar da viagem interplanetária.

Uma fundação sem fins lucrativos, a Mars One, lidera o projeto e não usa dinheiro público; apenas aceita contribuições e investimentos privados. Os custos da viagem só de ida estavam cotados, há cinco anos, em 6 bilhões de dólares, hoje em torno de 25 bilhões de reais.  A porto velhense Sandra Maria Feliciano aguarda ansiosa, há cinco anos, que a relação do grupo finalista que vai mesmo realizar a viagem seja anunciada e seu nome nela incluído. Desde que foi colocada entre os 50 que poderão fazer parte do projeto inédito para a Humanidade, ela não teve mais informações sobre o assunto.

A missão Mrs One já enviou vários equipamentos para Marte. Com a tecnologia que temos hoje, é possível começar um sistema para estabelecer a vida humana, de forma permanente, no chamado Planeta Vermelho. O fim da  dúvida sobre se é possível que tenha havido algum tipo de vida no Planeta, começou  a mostrar um caminho, quando foram descobertas, por sondas enviadas durante vários anos, a presença de água em áreas de Marte.

Ela ainda existiria, em forma de gelo, nos seus polos. Há indícios também que ainda hoje possa haver água nos subterrâneos marcianos, ou seja, sem ser observada na superfície. Os estudos ainda são embrionários, mas há se sabe que há fluxos de água também nas encostas quentes de Marte, o que poderia significar que, a partir daí, se poderia ter algum tipo de vida por lá.

Como sequer foram escolhidos os casais finalistas para a viagem – serão três duplas, pelo inicialmente previsto – e há necessidade de um treinamento de pelo menos três anos, é muito provável que o projeto atrase bastante. Quando está mais próximo da Terra, a distância para Marte é de 70 milhões de quilômetros. A viagem sem volta durará entre seis a sete meses. Teremos uma rondoniense na turma que dará suas vidas por um passo quase inacreditável para a Humanidade?

NOSSOS ÍNDIOS VIVEM DE ESMOLAS DO ESTADO

Tem que se investigar a fundo as causas das mortes de pelo menos cinco crianças indígenas, no Amazonas. Os pequenos índios que pereceram, estavam com seus pais em canoas ancoradas à beira do rio Javari, onde são obrigados a ficarem vários dias esperando esmolas do governo, como o Bolsa Família e pagamentos previdenciários.

Todos vivendo quase amontoados, bebendo água do rio que pode estar contaminada e tendo que passar por tudo isso, para não morrerem de fome. Em toda a região, não fossem tutelados pelo Estado, se pudessem usufruir das riquezas de suas terras, se fossem incentivados a produzir, se tivessem atendimento digno à saúde, os indígenas brasileiros teriam vida muito melhor. Mas não.

São obrigados a viver sob a tutela do Estado, como se crianças fossem, esperando migalhas, contando com a sorte e ainda tendo que ouvir discursos de ambientalistas; de parte do Ministério Público Federal e de parte do Judiciário, que apoiam esse tipo de “proteção” aos indígenas. Em Rondônia, na terra dos índios Cinta Larga, onde há uma das maiores minas de diamantes ouros do mundo, só os contrabandistas enriquecem com o que levam daqui. Os índios, donos da terra, morrem à míngua. Com exceção de alguns caciques, é claro, que negociam com os invasores. Mas, segundo nossas autoridades, isso é apenas invenção…

DANIEL E EXPEDITO ANDAM CONVERSANDO…

Não foi apenas um almoço entre conhecidos de longos anos. Foi certamente mais que isso. Um encontro em Rolim de Moura, na quinta-feira passada, colocou na mesma mesa dois pesos pesados da política rondoniense. Ambos foram recebidos pelo anfitrião, o prefeito tucano da cidade, Luizão do Trento, que participou da conversa. Num lado da mesa, o ex governador e virtual candidato à Prefeitura de Porto Velho em outubro próximo, Daniel Pereira. Do outro, uma das figuras mais importantes do tucanato regional, o ex senador Expedito Júnior.

No cardápio, vários temas, incluindo projetos para 2022. Claro que o trio que só comeu política no variado cardápio, após a reunião disse que foi apenas um bom bate papo sobre Rondônia e sobre o futuro. Nada mais que isso. Mas que uma aproximação política entre lideranças tão importantes para o Estado, pode até indicar algo diferente, pode sim. Haveria chance de Daniel e Expedito estarem no mesmo lado, lá pelos idos de 2022? Na política, nada é impossível! O futuro dirá!

COMO O STF REAGIRIA?

Interessante o texto publicado no final de semana, pelo deputado estadual Adelino Follador, em seu Watts, repassando o que foi escrito por autor não identificado, colocando mais gasolina no fog, no caso do filme do grupo humorístico Porta dos Fundos, que criou um esquete, sugerindo que Jesus Cristo tenha tido uma relação homossexual.

O filme chegou a ser proibido em Juizado de primeira instância, mas foi liberado novamente por decisão do presidente do STF, o ministro Dias Tóffoli, alegando que a cultura não pode ser censurada e que esse princípio Constitucional não pode ser desrespeitado. Diz o texto: “Eu quero saber se for produzido um filme pela produtora Porta dos Fundos, mostrando o Presidente do STF como gay e os outros Ministros como viciados em cocaína, se vão aceitar como cultura ou se vão querer impedir que a Netflix exiba o filme! Que façam esse filme!!! Ou eles são mais do que Jesus Cristo?”. Bom para reflexão.

O APELIDO DAS ESCOLAS MILITARIZADAS

Ainda dentro do tema das escolas que serão militarizadas ou que já o são, no Estado, os números aproximados de alunos mostram que há cada vez mais procuras por vagas, nesse tipo de educandário. O maior deles, o Colégio Tiradentes da avenida Migrantes com Rio Madeira, em Porto Velho, tem atualmente em torno de 1.600 alunos. As duas de Ji-Paraná (Lauro Prediger e Júlio Guerra), têm juntas, mais de 2 mil vagas. Na Escola Tiradentes de  Vilhena, são 1.400 vagas. Em Jacy Paraná, em torno de 1.100 estudantes.

Em Ariquemes, até agora, são algo em torno de 700 vagas. E por aí vai. Nesse ano, Porto velho ganhará maios uma dessas escolas, assim como as cidades de Ouro Preto, Alta Floresta e Rolim de Moura, incluídos no programa nacional. Cada uma receberá algo em torno de 1 milhão de reais por ano, para sua manutenção, já que estarão dentro do Programa Nacional das Escolas Cívico Militares, o apelido oficial das escolas m militares.

TRANSPOSIÇÃO DOS BERONIANOS É VIÁVEL

A questão da transposição continua na ordem do dia. Pela lentidão. Pela injustiça cometido contra os rondonienses, porque em outras regiões onde os territórios federais foram transformados em Estados, os servidores foram transpostos há anos, para a União, enquanto aqui, parece que estamos sendo castigados, também nesse quesito. Na última sexta-feira, contudo, surgiu mais uma luz no fim do túnel.

A dra. Sandra Soster, advogada especializada no assunto e que faz parte de uma Comissão Voluntária que trata da transposição dos ex funcionários do Beron, deixou claro que há esperança de que os “beronianos” que foram contratados até 15 de março de 1987, tenham direito a serem transpostos. Numa longa entrevista ao programa Papo de Redação, com os Dinossauros Domingues Júnior, Jorge Peixoto, Beni Andrade e Sérgio Pires, a especialista diz que há sim possibilidade da inclusão desse pessoal, sem que seja necessário recursos judiciais.

“Pode ser uma decisão administrativa, porque o direito deles é claro”, afirmou. Se os casos forem parar na Justiça, contudo, não se tem ideia quando poderão ser julgados. Como trata apenas do tema relacionado com os servidores do extinto Beron, Sandra Soster não tem informações sobre as outras estatais, como a Caerd, por exemplo, embora o raciocínio legal possa ser o mesmo. O caso da transposição dos antigos “beronianos”, que até hoje sonham com o benefício, pode estar perto de chegar ao fim. Depende muito também, segundo a advogada, do apoio da bancada federal e do governo de Rondônia. Vamos ver então no que vai dar.

MAIS UM ATO DE BRUTAL COVARDIA

Que sentimento brutal, irracional, possessivo, leva um homem a matar duas mulheres inocentes e depois se matar? Que a brutalidade domina parte dos seres humanos, é obvio. Mas para chegar nesse estágio de loucura, o que se pode compreender, quando alguém prefere matar e morrer do que aceitar o fim de um relacionamento? O caso de terror, ocorrido na tarde da última sexta, em Porto Velho, deixou a cidade surpresa e assustada. A gente ouve falar em crimes brutais como esses, mas longe daqui. Mas, quando é perto da nossa casa, a dura realidade da violência nos assombra também.

O assassino tirou a própria vida e essa decisão doentia não afetaria mais ninguém. Mas ao matar friamente, brutalmente, sem direito à defesa, duas pobres mulheres, deixou a marca da extrema loucura e da covardia absurda, como resultado dos seus atos. O machismo predomina intensamente no Brasil, ainda e o fim do sentimento de posse do homem sobre o mulher, infelizmente, é apenas resultados de discursos entusiasmados de autoridades e feministas. Como sociedade, estamos piorando…

…E O BOM SENSO PREVALECEU

A sexta-feira começou tensa e terminou bem, para governo de Rondônia e servidores da saúde. Os funcionários da área ameaçavam parar suas atividades, num setor absolutamente vital para a população, alegando que seus pedidos de aumento não haviam sido sequer analisados pelo Governo e que não trabalhariam sem uma resposta objetiva. Os deputados estaduais, liderados pelo dr. Neidson, médico, que conhece profundamente o setor e com a participação de Jair Montes e outros parlamentares, com a presença também do deputado federal Mauro Nazif, começaram a mediar um acordo.

O bom senso do secretário Fernando Máximo; do secretário chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves e do Secretário da Fazenda, Luiz Fernando e sua equipe, conseguiu equilibrar os momentos de tensão, em que parecia que não haveria acordo. Os governistas deixaram claro que gostariam muito de atender todas as reivindicações do funcionalismo, mas se o fizessem, quebrariam o Estado. A conversa foi fluindo; o governo já concedeu benefícios (como aumento no auxílio alimentação) e prometeu priorizar o Plano de Cargos e Salários da categoria. Tudo se acalmou com muita conversa e equilíbrio das duas partes. O diálogo, certamente, será permanente.

PERGUNTINHA

O que você pensa sobre quais as medidas que devem ser tomadas, para que não se repita erro o gravíssimo erro de um só militar, que, sem ordem superior, disparou um míssil e derrubou um Boeing lotado com 176 pessoas, no Irã?

 

sicoob

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