Coluna escrita por Sérgio Pires/Foto: Extra de Rondônia

Uma grande empresa do estado acabou de fechar seu balanço. Ali estavam expostos seus números, como decorrência de um ano de intensa atividade.

Então me imaginei conversando com o presidente, interpretando juntos o balanço, discutindo e avaliando a performance empresarial de 2019, em comparação com os dois anos anteriores…

Qual a melhor forma de fazer isso? Como interpretar corretamente o balanço patrimonial e a demonstração de resultados do exercício? O que é essencial e  secundário nessa análise? Quais os principais índices econômicos financeiros a calcular? Enfim, 2019 foi ou não um bom ano, diante da conjuntura econômica, da ação da concorrência, da taxa de inflação e da estratégia operacional da administração?

Entendo que uma avaliação correta, baseada em critérios técnicos geralmente reconhecidos e aceitos, compreenderia o seguinte:

1.-A primeira coisa a fazer é mensurar o crescimento de suas “vendas”, em 2019, comparativamente ao ano anterior (2018); 2.-A segunda coisa a fazer é comparar o crescimento das vendas com o crescimento dos “ativos”. Em principio, esses dois percentuais devem ser semelhantes. Se os ativos cresceram menos do que as vendas, é provável que isso se deva à distribuição de resultados no exercício ou a eventual venda de ativos; 3.-A seguir deveria ser comparado o crescimento das vendas com o crescimento do “lucro” do exercício. Se o lucro cresceu menos do que as vendas, isso não é bom e precisa ser investigado. Pode ocorrer que o gestor não foi capaz de elevar as margens quanto gostaria. Conter custos e despesas operacionais é uma tarefa bem difícil; 4.-Continuando, você deveria comparar o crescimento anual das vendas com o crescimento do “patrimônio líquido”. Esses percentuais deveriam ser bem próximos. Se o patrimônio líquido não acompanhou o crescimento das vendas e se você não distribuiu lucros, então significa que você não foi capaz de evitar a erosão do seu patrimônio. Tal fato deve ser pesquisado e esclarecido.

Medidas complementares, na análise do desempenho organizacional, seriam: I-Compare o crescimento das vendas e dos principais ativos com a taxa de “inflação”, para saber se houve ou não crescimento real; II-É imprescindível calcular o índice de endividamento e da liquidez corrente, para evitar que vendas maiores impliquem no comprometimento da “saúde financeira” da empresa; III-Assegure-se que o “retorno do investimento” é compatível com os praticados no mercado; IV-Não aceite passivamente a redução do giro dos estoques; V-Acompanhe com atenção a evolução do índice de inadimplência.

A insuficiência de espaço nos impede de estender-nos. Gostaria de incentivar a todos os nossos empresários, de qualquer porte e ramo, a efetuar uma análise destas. Conclusões importantes e oportunas irão aflorar. Não existe ninguém melhor do que você para examinar esses dados, avaliar com critério seu desempenho operacional, identificar oportunidades de correções e ajustes na política comercial e prioridades empresariais. Eu creio nisso !

sicoob

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