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Apenas 5.400 vacinas. Isso mesmo. Rondônia, com toda a crise que vive na pandemia, com tantos novos casos, com tantas mortes (só nesta quarta, foram 42 vidas perdidas), com UTIs superlotadas, vivendo perto de um colapso total na saúde, recebeu apenas 5.400 doses, num universo de 3 milhões e 200, em fase de distribuição no país inteiro. São 4 mil doses da Oxford e 1.400 da Coronavac.

Para se ter ideia como estamos sendo tratados, nesta situação, pelo Ministério da Saúde, o vizinho Acre, que tem metade da nossa população, vai receber 22 mil doses, 13 mil e pouca da Oxford e o restante da Coronavac.  O Amazonas, por exemplo, que tem o dobro da população do nosso Estado, vai receber nada menos do que 120 mil doses. Na região norte, só receberemos um lote maior do que o Amapá (menos da metade da nossa população) e Roraima (menos de 500 mil habitantes).

Qual o critério para que tenhamos esse tratamento? A verdade é que estamos silentes demais ante essa posição do governo federal, que toma uma decisão como essa e não se ouve uma gritaria geral, tanto nos lados do governo do Estado quanto da nossa bancada federal. Espera-se que haja protestos veementes não só nessas áreas, como também na Assembleia Legislativa, em função da dramática situação que estamos vivendo.

Apenas como exemplo, Rondônia é o segundo Estado do país em mortes, proporcionalmente à sua população adulta. Na hora da distribuição de um lote de vacinas (pequeno, para a enorme necessidade do país), teríamos obrigatoriamente que receber, nesse momento, pelo menos o triplo do que a nós está sendo destinado pelo Ministério da Saúde.

Está na hora de uma sacudida geral nesse esquema de distribuição de vacinas. Temos oito deputados federais e três senadores que têm que se mexer. Não basta tratar de recursos para o Estado e os municípios. Não basta tratar de questões político-partidárias. Todos precisam se unir, agora, nessa enorme crise. E pressionar o governo federal para que tenhamos um tratamento à altura das nossas necessidades.

O governador Marcos Rocha, que passou a quarta-feira em Brasília, foi tratar vários assuntos, mas, certamente, deveria mudar todo o foco para a questão prioritária da pandemia, o combate a ela e a liberação de vacinas, mas não em quantidade tão pequena como essa, anunciada nesse novo lote. Nossos Prefeitos precisam entrar nessa guerra. Ela é de todos. Não dá para ficar esperando, de braços cruzados, que continuemos recebendo migalhas.

As 5.400 vacinas serão utilizadas em dose única, ou seja, com a perspectiva de que em breve chegue um próximo lote que complemente a imunização, com a segunda dose. Mesmo assim, é um lote muito pequeno. Não é algo contra o que devemos todos nos insurgir?

GARIMPO: LEI NÃO, MAS IDEOLOGIA E CONTRABANDO PODEM!

O caso da liberação do garimpo no rio Madeira, através de lei estadual, continua sendo um tema muito polêmico. Essa questão, aliás, tem muitas forças contrárias, principalmente dos que acham que nossas riquezas não podem ser retiradas de forma controlada pelo Estado, como um ente arrecadador, mas não protestam e nem fazem passeatas contra a exploração ilegal, que leva tudo o que é nosso, mas só nos deixa a destruição ambiental. Temos ainda, em nosso Estado, ouro suficiente para se tornar uma enorme fonte de arrecadação, que serviria para melhorar a vida de todos os rondonienses.

Já está havendo um movimento, contra a lei, como ocorreu em Roraima, quando um partido político quase em extinção, a Rede de Sustentabilidade, liderado pela rainha das ONGs internacionais, Marina Silva, conseguiu aval do ministro Alexandre de Moraes (olha ele aí!!!), para revogar lei assinada pelo governador Antônio Denarium.

A diferença, lá, é que houve autorização do uso do mercúrio, enquanto nossa legislação exige um controle ambiental rigoroso, antes da autorização para exploração do garimpo em toda a Rondônia. O problema é que a questão tem também grande cunho ideológico, porque a esquerda quer tudo intocada. Os brasileiros que vêm suas riquezas sendo levadas, pelo contrabando e pela ilegalidade, que vão se queixar ao bispo. Ou ao PSTF, o grande partido político que hoje domina o país.

UM PASSADO DE RIQUEZA, VIOLÊNCIA E MERCÚRIO EM DEMASIA

Nas redes sociais, se encontram informações do passado recente, quando Porto Velho vivia a situação de um novo Eldorado do país, com o ouro abundante do rio Madeira. Claro que na época não houve qualquer cuidado com o meio ambiente. Não havia controle, a violência dominava, corpos boiando pelo rio eram comuns, todos os dias. Quando se encontrava um local com mais ouro, ali se criava uma aglomeração de balsas e algumas dragas e o local passava a ser chamado de “fofoca”. Muitas fortunas foram feitas do dia para a noite; muitas fortunas foram perdidas em pouco tempo.

Havia uma verdadeira batalha diária pelo ouro, incontrolável e atraindo não só quem sonhava com a riqueza, mas também muitos criminosos. A lei não valia na maioria dos garimpos. Além disso, o uso do mercúrio não tinha qualquer cuidado. Toneladas do metal foram jogadas, in natura, dentro do Madeira, mas também em todos os rios do Estado e região, onde se encontrava ouro. Claro que isso foi terrível. A partir do fim do garimpo, a atividade foi tornada criminosa, deixando-a apenas na ilegalidade. Está na hora dessa situação ser modificada, com a exploração sendo feita dentro de rígidos métodos ambientais, mas beneficiando toda a sociedade, já que a riqueza é de todos.

SILÊNCIO NO PARLAMENTO EM HOMENAGEM ÀS VÍTIMAS DO VÍRUS

Um minuto de silêncio. Foi o que marcou a abertura oficial do ano legislativo em Rondônia, na última terça-feira. A homenagem silenciosa foi de todos os parlamentares, do governador Marcos Rocha e todas as autoridades convidados para o evento (a maioria participando de forma remota), por todas as vítimas do coronavírus. A sessão teve o comando presencial do primeiro vice, o deputado Jean Oliveira. O presidente Alex Redano participou de forma virtual, já que foi testado positivo para a Covid 19 e está em quarentena, em sua residência, em Ariquemes.

A mensagem do Governador do Estado foi de saudação e de parceria com o Parlamento rondoniense. Rocha desejou melhoras não só ao deputado Redano, como também ao néo parlamentar Alan Queiróz, ambos acometidos da doença e em recuperação. Marcos Rocha deu boas-vindas aos deputados e desejou um ano produtivo, com a visão, como sempre, voltada para os interesses maiores da população. Ainda em seu discurso, o Governador destacou o trabalho em conjunto de todos os Poderes, “que têm resultado em importantes conquistas para o desenvolvimento de Rondônia”.

Fez ainda um breve balanço dos investimentos feitos por sua administração, nas áreas de saúde, educação, social, infraestrutura e segurança pública, com destaque para os trabalhos de combate à pandemia do Covid-19. Participaram ainda o presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia, desembargador Paulo Kiyochi Mori; o presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Paulo Curi Neto, entre outras autoridades.

OBRA TERÁ GALERIA DE MAIS DE 1 QUILÔMETRO E MEIO

Entusiasmado, o prefeito Hildon Chaves ocupa as redes sociais para comemorar o andamento do que ele chama de “a maior obra de infraestrutura” da Capital, ao menos nos últimos 20 anos. Nela, uma galeria enorme, de pelo menos um quilômetro e meio de extensão, que vai ser fundamental para que se acabe, de vez, com as terríveis alagações no bairro da Lagoa, uma região sempre tomada pelas enchentes, no inverno amazônico.

A galeria faz parte do pacote de obras destinadas ao bairro e terá ainda 10 quilômetros de ruas asfaltadas e 8 quilômetros e meio de drenagem já em construção. A enorme galeria, subterrânea de esgoto, que está sendo construída na rua Dourado, bairro Lagoa, zona Leste da cidade. A construção percorrerá toda a extensão que vai da Rio Madeira até as proximidades da rua Piratininga. A obra utiliza recursos do governo federal e da Prefeitura de Porto Velho.

NOVA CHANCE PARA ASSISTIR ENTREVISTA DA DRA. RAÍSSA

Vários amigos leitores que acompanham esse blog tentaram acessar, nesta quarta, o link do programa Papo de Redação, que foi ao ar no sábado, quando a médica Raíssa Soares, secretária de saúde de Porto Seguro, na Bahia, entraram num programa anterior, embora com o mesmo tema: o tratamento precoce contra o coronavírus. Por um problema já sanado e para que não se frustre o desejo de muita gente em ter acesso a esse programa, que teve recorde de audiência em todo o Estado, pela qualidade da entrevistada e pela sua defesa a favor de tratamentos especiais antes, durante e depois que a doença se pronuncie, estamos repetindo o convite para quem quiser assistir. O link correto é https:// para assistir a entrevista inédita de uma profissional, que, hoje, tornou-se um nome respeitado em todo o país, pela forma como que tem definido ações que diminuam o sofrimento dos doentes.

 MAIS UMA SAÍDA COVARDE DA CÂMARA, COM MEDO DO STF

Depois da vergonha de ter aceito passivamente a intervenção do STF em prerrogativa que a Constituição garante apenas ao Parlamento, no caso da prisão do deputado Daniel Silveira e, depois dado o atestado de medo ao confirmar a excrescência jurídica inventada pelo Supremo, agora a Câmara Federal quer tomar medidas que representam muito bem o ditado popular: a emenda vai ficar pior que o soneto. A votação de uma PEC que impede a prisão de um deputado, colocando o eventual prisioneiro sob a custódia da Comissão de Constituição e Justiça e de Ética, até que a própria Câmara decida sobre se permite ou não a detenção.

Ora, é um atestado de covardia e de desrespeito à legislação criada no próprio Parlamento, via Constituição de 1988. Ao invés de mais um contorcionismo jurídico, bastava o Poder Legislativo exigir o cumprimento literal da Constituição, porque ela já impede essa prisão arbitrária, seja qual for o pretenso crime de opinião cometido por um dos seus membros. Só que para fazer isso, a Câmara teria que reconhecer que agiu com temor no caso Daniel Silveira. O deputado deve ser punido, sem dúvida. Mas pela Câmara. A estratégia agora tomada é mais uma vergonha do nosso lamentável Parlamento perante a Nação.

PERGUNTINHA

Nesse ritmo de chegada de vacinas, quando você imagina que será vacinado, caso não faça parte dos grupos de risco, que têm prioridade e quando muitos deles ainda sequer começaram a ser atendidos?

sicoob

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