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Em audiência publica da Comissão da Covid-19 (CTCovid-19), nesta segunda-feira (21), com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e equipe para debater o Plano Nacional de Imunização (PNI), o cumprimento de prazos, bem como as medidas de combate à pandemia, o senador Confúcio Moura (MDB-RO) voltou a falar sobre as contaminações e mortes de gestantes e lactantes pelo coronavírus e questionou a suspensão da vacinação desse grupo.

Confúcio Moura (MDB – RO) disse que recentemente houve um debate na CTCovid-19 com ginecologistas e obstetras sobre a vacinação de grávidas e puérperas, indistintamente. Segundo ele, há muitas indagações à Comissão sobre a vacinação ampla desse público, devido à alta mortalidade de grávidas no Brasil.

Marcelo Queiroga enfatizou que a questão das gestantes é um tema sensível porque envolve a mãe e o feto, e tem sido alvo da atenção do Ministério da Saúde. Ele lembrou que a ocorrência de um “evento adverso” levou à suspensão do uso da vacina AstraZeneca em gestantes, retardando a imunização desse subgrupo, mas que a melhora na distribuição do imunizante da Pfizer vai permitir vacinar mais rapidamente as grávidas.

O ministro explicou que hoje as gestantes com comorbidades estão sendo imunizadas com a Pfizer e a Coronavac. “Infelizmente, houve um evento raro relacionado muito provavelmente à vacina, que fez com que o Programa Nacional de Imunizações fizesse um redirecionamento para retirar essa vacina da AstraZeneca e manter a vacina Pfizer e a vacina CoronaVac para gestantes e restringir o emprego da vacinação apenas às gestantes de alto risco”, disse.

O Secretário de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Raphael Câmara, explicou que essa nova variante tem uma ação muito mais grave em gestantes, inclusive, diminuindo a idade gestacional em que ela ataca. Com isso, houve vários pedidos de especialistas de sociedades de especialidade, e a câmara técnica se reuniu e optou por incorporar ao Plano Nacional de Vacinação (PNI) gestantes sem comorbidades.

Mortes 

Confúcio Moura lembrou que o país já superou meio milhão de mortes pela Covid-19, e se continuar nesse ritmo de 2 mil mortes por dia, segundo ele, até o mês de setembro o brasil terá mais 182 mil mortes. “Esse é um número extravagante. Então, não sei se a gente conseguiria antecipar algumas vacinas para evitar essas mortes ou criar alguma outra estratégia – talvez o uso da máscara, assim, para valer mesmo –, para poder diminuir internações e os óbitos”, relatou.

De acordo com o ministro da saúde, o senador Confúcio fez um prognóstico a respeito de possíveis óbitos que ainda possam acontecer em função de síndromes respiratórias agudas graves e que, em parceria com as sociedades científicas, o Ministério já submeteu à Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) o protocolo clínico, a diretriz terapêutica para tratamento hospitalar da Covid-19, que é onde acontece a maioria das mortes.

Queiroga afirmou que o protocolo clínico foi elaborado, colocado em consulta pública e em breve o protocolo será deliberado pela Conitec. “Logo teremos já um protocolo assistencial padronizado pelo Ministério da Saúde. Esse protocolo será capilarizado pelo Brasil inteiro, onde os médicos estão assistindo esses pacientes em terapia intensiva”, explicou.

Balanço de Vacinas

Marcelo Queiroga falou que o Ministério da Saúde está ampliando a campanha de vacinação. Segundo ele, mais de 80 milhões de doses de vacinas já foram distribuídos em 90 dias, e para os próximos 90 dias, está previsto 120 milhões de imunizantes, e um contrato firmado com a Pfizer de mais 100 milhões de doses.

O ministro asseverou que foi possível recuperar um atraso nas entregas da iniciativa Covax Facility, que deviam ter sido já no primeiro trimestre do ano de 2021, e não foram. “Nós conseguimos, através da ação interministerial, da colaboração, sobretudo do Ministério das Relações Exteriores, do diálogo franco e aberto com organismos multilaterais como a Organização Mundial da Saúde, antecipar doses do Covax Facility, que certamente foram importantes para minimizar as consequências desse drama sanitário de impacto internacional”, pontuou.

Participaram também do debate, o secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Otávio Moreira; a secretária de Gestão do Trabalho, Mayra Isabel Pinheiro; o secretário especial de Saúde Indígena (Sesai), Rodrigo Santana; também representantes da Sesai, Plínio Marques Graciano e Camila Ferreira; do secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto; do Secretário de Vigilância em Saúde, Gerson Pereira.

sicoob

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