Porcos / Foto: Ilustrativa

O Governo de Rondônia, por meio da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado (Idaron), deu início na última segunda-feira 12, à primeira fase do monitoramento sorológico de peste suína clássica. O trabalho é realizado semestralmente, em julho e dezembro, como forma de garantir o status sanitário internacional, conquistado em 2016, de zona livre da peste suína.

No trabalho de sorologia, que será realizado em todas as regiões do estado, os fiscais agropecuários da Idaron recolherão aproximadamente 270 amostras de sangue, para envio a um laboratório credenciado pelo Mapa. O resultado dos exames é encaminhado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Organização Mundial para Saúde Animal (OIE). “Esse monitoramento é feito anualmente. Nunca foi registrado um foco da peste suína clássica em Rondônia”, destaca Fabiano Alexandre dos Santos, gerente de Defesa Sanitária Animal.

Além do monitoramento sorológico semestral, a Agência mantém o serviço de vigilância ativa nas propriedades em que há atividades ligadas a suinocultura. “O governo tem uma meta mensal que é cumprida rigorosamente pelos servidores da Idaron, em apenas seis meses, de janeiro a junho desse ano, já foram realizadas quase mil visitas aos criadores de suínos”.

PESTE SUÍNA CLÁSSICA

A peste suína clássica, também conhecida como cólera ou febre suína, é uma doença altamente contagiosa causada por vírus da família Flaviviridae, gênero Pestivirus, de genoma RNA. Afeta tanto os porcos domésticos quanto os selvagens.

Os sintomas são: hemorragia, que pode levar à morte; febre alta; falta de coordenação motora; orelhas e articulações azuladas; vômitos e diarreia; falta de apetite; esterilidade e abortos; leitões natimortos ou com crescimento retardado.

PREVENÇÃO

Pensando em ajudar o suinocultor, a Idaron reuniu sete dicas com cuidados sanitários básicos que podem ajudar a manter o vírus da peste suína clássica longe da propriedade rural. O material foi divulgado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Paraná, com informações da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).

1-Evite receber visita de pessoas que não façam parte do sistema produtivo, principalmente que tenham vindo de países e estados com focos das doenças;

2-Use sempre calçados e roupas limpas ao entrar na propriedade. Desinfete com frequência o ambiente de trabalho;

3-Utilize apenas água tratada para consumo dos suínos e nebulização;

4-Lave e desinfete veículos e equipamentos antes de entrar na propriedade;

5-Mantenha as granjas cercadas, isolando a entrada de animais domésticos ou selvagens;

6-Quando notar animais com sinais de doenças nervosas, respiratórias ou hemorrágicas ou em caso de morte repentina, informar o Serviço Veterinário Oficial (SVO);

7-Ao viajar para o exterior, evite visitar instalações produtoras e não traga produtos cárneos de risco.

SUINOCULTURA EM RO

O estado de Rondônia possui 310 propriedades cuja a atividade comercial inclui a criação de suínos. Outras 22.676 explorações pecuárias trabalham com suinocultura, mas com finalidade de subsistência. Todas essas iniciativas pecuárias são acompanhadas de perto pela Idaron.

FOMENTO

Para fomentar ainda mais o setor, a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater), vai qualificar 10 técnicos, que serão multiplicadores, para atuar no fomento da suinocultura no estado.

Sem ônus ao Governo do Estado, a parceria ofertará capacitação com os temas: melhoramento genético, nutrição, manejo, instalações, bem-estar animal, sanidade, uso e aproveitamento de dejetos e reprodução animal.

O objetivo da iniciativa é multiplicar os conhecimentos adquiridos aos micro, pequenos e médios avicultores e suinocultores de Rondônia. Para execução do projeto, será firmado termo de cooperação técnica entre a Seagri, o Senar, o Sebrae e a Emater.

sicoob

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