Senador durante reunião / Foto: Divulgação

Fazem falta a Ariquemes cursos superiores nas áreas de extrativismo, pescado, produção agrícola e novas tecnologias para o desenvolvimento regional. Com essa finalidade o senador Confúcio Moura (MDB-RO) deu mais um passo com a classe empresarial e a Universidade Federal de Rondônia (Unir) para consolidar esse projeto.

Em duas reuniões esta semana, uma na cidade da qual foi prefeito (Ariquemes), outra em Porto Velho com a reitora Marcele Pereira, ele comprometeu-se a apoiar no Ministério da Educação (MEC) a abertura de cursos que atendam com mais eficácia à principal cidade da região do Vale do Jamari.

A pedido do parlamentar, a bancada de Rondônia deverá trabalhar em agosto próximo para mais um debate do assunto. Confúcio prevê recursos de R$ 20 milhões, segundo ele, suficientes para todas as obras necessárias e investimentos na revitalização do campus e capacitação dos laboratórios.

Nos dois encontros o senador ouviu relatos sobre a realidade do campus da Unir em Ariquemes, avaliou a viabilidade de novos cursos, sua relevância e adequação aos aspectos legais quanto à vocação regional.

Igualmente, empresários e reitores analisaram a estrutura existente, prédios inacabados, custos, benefícios, e a otimização do campus da Unir em Ariquemes.

NOVOS CURSOS 

Confúcio já havia se encontrado com a reitora Marcele Pereira e agora levou-lhe o resultado da reunião com lideranças na sede da Associação Comercial, onde os participantes alinharam a necessidade inadiável do curso de medicina e outras áreas carentes de profissionais.

“São cursos para duração média de 50 a 100 anos; formaríamos pelo menos cem engenheiros de mina, de produção, de materiais, e de energias alternativas”, observou.

A região começa a experimentar, por exemplo, o uso da energia fotovoltaica com chances de crescimento desse mercado ainda nesta década.

Confúcio lembrou que, apesar da agricultura forte, o mercado para agrônomos está saturado, porém, acredita que Ariquemes tem condições de se tornar um polo tecnológico. “O leque de cursos é enorme, e podemos escolher os essenciais; pesca é um deles, podendo acoplar-se ao curso de engenharia de alimentos que funciona em Presidente Médici”, assinalou.

A reitora Marcele Pereira recebeu o senador durante uma reunião com pró-reitores e diretores de planejamento da Unir. “Foi uma conversa muito produtiva, detalhamos propostas, a reitora ficou satisfeita, e logicamente irá submeter tudo isso ao conselho para uma decisão futura”, explicou o senador.

Confúcio comprometeu-se a liberar recursos financeiros para a construção das obras das futuras faculdades, pedindo, em contrapartida, a revitalização do campus de Ariquemes e de outros inoperantes devido à subutilização e à ociosidade. “Ela me disse: fechado”, alegrou-se o parlamentar.

Ele comprometeu-se ainda a acompanhar com frequência mensal o andamento dos projetos.

Do encontro com Marcele com o senador participaram: o vice-reitor Juliano Cedaro; o pró-reitor de administração Charles Dam; o pró reitor de planejamento George Queiroga; e a chefe de gabinete Elyzânia Torres. 

POLO MINERAL 

Segundo o vice-prefeito, Aner Gabriel Amaral da Rosa (Patriota), foi possível reivindicar ao senador a instalação de cursos totalmente voltados para a realidade local. “O Jamari tem uma riqueza muito grande a ser explorada, e o pescado faz parte, porque exportamos esse produto, e o nosso potencial agrícola em geral é muito grande”, ele assinalou.

No ano passado, o estanho rendeu negócios de exportação de US$ 13,4 milhões. Sua produção põe Rondônia na 1ª posição entre os produtores brasileiros do minério de estanho, com 11,4 mil toneladas bruta e pureza de 74,58%.

Em 2020, o minério proporcionou o faturamento de R$ 360,5 milhões, 15,84% a mais do que no ano anterior, quando alcançou R$ 311,2 milhões. O vice-prefeito lembrou que a maior reserva de minério de estanho (cassiterita) do mundo está no garimpo Bom Futuro. Rondônia é o primeiro produtor do País.

“Temos a expectativa de recebermos aqui a instalação de um grande polo tecnológico que demanda desde já cursos nas áreas extrativista, pescado e da produção agrícola”, assinalou Rosa.

Na segunda reunião, o presidente da Associação Comercial de Ariquemes, Fernando Vilas Boas, disse que a região poderá prosperar “pelo desenvolvimento tecnológico”. “Se vierem cursos novos, formaremos bons profissionais e o comércio se desenvolverá melhor; em outras regiões têm sido assim”, observou.

Segundo ele, Ariquemes tem potencial para ser polo universitário e tecnológico. “Somos gratos ao senador Confúcio Moura por puxar essa tecnologia para nossa cidade e desenvolver a cidade cada dia mais”.

A diversidade de exploração, conforme explicou o vice-prefeito, compromete, leva as lideranças locais a lutar por cursos universitários que atendam a essas demandas. “Sabemos ainda da necessidade de se implementar tecnologias em todos os segmentos, seja no campo, ou na indústria, aliando-as ao desenvolvimento e à qualidade.

Da Associação Comercial de Ariquemes participaram da reunião com o senador: o presidente, Fernando Vilas Boas; os veneráveis das lojas maçônicas Vigilante da Ordem, Dionísio Chiaratto; Saber e Fraternidade, Marcelo Tabosa e Vale do Jamari, Evandro.

sicoob

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