Frangos na granja / Foto: Divulgação

O frango, opção mais barata na mesa do consumidor, e que vinha substituindo a carne vermelha por causa das consecutivas altas, vai ficar mais caro de novo.

Na primeira quinzena de junho, o preço médio do quilo subiu 11,8%. Agora, em julho, a última cotação chegou a 19,4%. Em reais, passou de R$ 8,57 o quilo para R$ 10,24 o quilo. A disparada nos preços da carne vermelha e outros derivados veio em junho.

A carne de boi, por exemplo, teve um aumento de 17,6%. Em seguida, veio a carne de porco com 15,1%. O aumento do frango foi de 11,8%. O valor do ovo de galinha também subiu: 7,6%. E para todo aumento existe uma justificativa. Desta vez, os empresários estão associando a alta do frango com a alta do preço da saca do milho.

A logística de grãos também sofreu reajuste — soja, farelo de milho, a ração de um modo geral. E, toda vez que tem um aumento em cadeia, dói no bolso no consumidor. A expectativa desse aumento do frango vai durar até junho de 2022.

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) já calculava um aumento nos preços do frango entre 10% e 15% já no fim de julho e início de agosto — o que acabou acontecendo.

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, entende e sofre junto com o trabalhador as consecutivas altas do mercado. Por outro lado, ele também pondera sobre as dificuldades do produtor.

“Só as embalagens subiram 90% e 84%. A de papelão 68%, diesel 34%, energia muito mais do que isso. São muitos custos que impactam. Setor foi resiliente, não parou na pandemia, nós investimos mais de R$ 1 bilhão para proteger nossos colaboradores e não faltar comida para as pessoas. As pessoas aumentaram o consumo do frango, viram carne bovina muito cara. Viram substituto no suíno, no frango e no ovo”,destacou ele.

Os produtores de frango estão segurando ao máximo para não aumentar ainda mais o preço para o consumidor, mas eles não têm forças para competir com o mercado do milho — principal fonte de alimento dos animais, como explica Ricardo Santin.

“Agora, essa carne suína, essa carne de frango, os ovos estão chegando nas prateleiras. De animais que foram libertados com um número mais caro. Temos que olhar essa nova realidade, o consumidor que o salário não aumentou e vê sua comida aumentar.”

Ainda segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal, hoje, o Estado do Paraná é o maior produtor de frango do país: tem cerca de 40% do mercado brasileiro — e foi o que mais sofreu nessa época da pandemia da Covid-19 para dar conta de entregar o produto na mesa do consumidor.

sicoob

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