Casamento / Foto: Ilustrativa

Muita gente precisou cancelar festas que já haviam sido organizadas, seja por causa da recomendação de evitar aglomerações, pela falência de empresas organizadoras de eventos ou por problemas financeiros que ocorreram em decorrência da crise que se instalou desde que a Covid-19 foi diagnosticada no país.

Embora alguns negócios tenham sobrevivido e até mesmo se expandido, como é o caso de empresas relacionadas à tecnologia e vendas digitais (agencia SEO, desenvolvedores, web designs e outros nichos diretamente ligados à internet), a grande maioria realizou cortes, demissões e fez com que o assunto casamento precisasse voltar a ser analisado, até por quem já tinha tudo decidido.

Em São Paulo, as cerimônias de casamento poderão voltar a acontecer sem restrições a partir desta terça-feira (festas com pista de dança devem ser liberadas em novembro), e como em algumas cidades do Estado a vacinação está avançando rapidamente, muitos casais já estão remarcando as datas para a união, porém, essa não é a realidade da maioria.

Mais do que definir se farão uma festa em um grande salão ou um casamento na praia, muitos pares que já tinham planos traçados, precisaram passar a lidar com a realidade do home office e até mesmo, com o risco (ou o fato) de perderem seus empregos, o que mudou muita coisa, ou, tudo, e passaram a ter muito mais com o que se preocupar.

A decisão de casar não precisou ser revista só do ponto de vista da celebração do matrimônio, mas também nos assuntos relacionados à lua de mel, à compra de imóvel, mobiliário, a ir ou não morar fora do país ou em outra região, entre diversas outras coisas.

Isso sem falar no forte abalo que as restrições sociais, o medo do contágio e a perda de familiares e amigos causaram na psique de cada uma das pessoas, afetando, diretamente muitos relacionamentos.

Tudo precisou ser revisto com a pandemia e muitos casais optaram por não trocar a aliança de namoro fina por uma larga aliança de ouro na mão esquerda, pelo menos, por enquanto.

Entre o grupo dos que decidiram seguir em frente com a celebração, grande parte decidiu mudar os planos e realizar algo bem mais modesto, com número limitado de convidados e espaços abertos, como a praia, que ajudam na economia com locação e diminuem o risco de contaminação.

Empresas de celebração têm ajudado os noivos a encontrar formas de realizar o sonho, aceitando pagamento de forma bastante facilitada e montando pacotes que já incluem a hospedagem para a lua de mel, na mesma cidade da celebração.

Sites como o cartaofacildeaprovar.com também têm ajudado os noivos a encontrarem opções de bancos que facilitam a aprovação de crédito e possibilitam que alguns planos sejam realizados em 12 ou até 24x no cartão sem juros e é, dessa forma, que alguns casais estão tentando manter os planos de matrimônio distantes de qualquer adiamento.

Por outro lado, também existe uma parte do mercado de festas e organização de eventos que está aproveitando a demanda reprimida para aumentar os preços, não por serem vilões em busca de um lucro exorbitante, mas a fim de recuperar um pouco do que foi perdido durante a pandemia. Quitar dívidas, restabelecer parcerias, recuperar bens perdidos e também, conseguir contratar profissionais que estão sendo requisitados por todos os lados, já que há  freelancers e autônomos envolvidos no processo e eles também modificam seus preços de acordo com a lei da oferta e da procura.

Quem quer organizar um casamento agora, precisa ter tudo isso em mente e, principalmente, compreender que a crise instaurada em 2020 não será resolvida com a vacinação.

Os riscos de contágio diminuem. Os riscos de morte, também. Mas os problemas econômicos e sociais que surgiram durante a pandemia de Covid-19 levarão anos para deixar de refletir na vida e na saúde das pessoas.

Planejar uma celebração, uma união, uma festa ou qualquer mudança brusca na vida durante esse momento de reorganização deve ser uma atitude fortemente analisada, e ambos devem estar equilibrados e estruturados para viver esse momento de forma plena e consciente, para que o casamento, em si, não seja o objetivo final, e sim, uma celebração sobre a decisão convicta para  o futuro.

sicoob

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