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Dois dias depois do que aconteceu no Brasil, tudo ficou como antes, na terra de Abrantes? Parece. Até porque a maioria da população, representada nas ruas por milhões de brasileiros, não decidiu nada.

O que continua valendo é a “democracia”, imposta de cima para baixo, a portas fechadas, de uma minoria que domina o poder no país, tanto no Congresso como no Supremo Tribunal Federal, unidos a também minorias que dominam instituições aparelhadas e os perdedores nas urnas, em 2018, que querem retomar o poder na marra. E, para piorar, o presidente Bolsonaro ainda colocou mais gasolina na fogueira, insinuando o uso de vias antidemocráticas, o que pode colocar seu governo sob grande risco.

A oposição ignora a força da mobilização de milhões de pessoas, mas seria injusto não dizer que o próprio Presidente está colocando a democracia pedida pelo povo e todo o nosso país, sob risco de uma cisão sem volta. Mas a verdade é que o script da história, decidida pela minoria, já estava escrito mesmo antes do 7 de setembro.

A crise que envolve o governo brasileiro, o Legislativo e o STF, ao invés de ser amenizada pela poderosa força das ruas, deixa claro que, os que nos dominam e não nos ouvem, não abrirão mão de suas metas. Ficou óbvio também que o nosso Presidente prefere a guerra à paz. Corremos o risco de voltarmos ao passado, com o poder nas mãos de gente que, realmente, fez o que fez contra nosso país. E, ainda pior, podemos caminhar em direção ao risco da venezualização do Brasil.

Não importa o quanto a Constituição seja ameaçada, não importa o quanto grande parte da população não aceite esse cabresto imposto por minorias e até por um único homem, como um dos ministros do Supremo, com tudo o que ele está praticando: apenas a voz da oposição ao atual governo está tendo valor. Para a grande mídia, que, totalmente parcial, mudou o conceito de verdadeiro jornalismo que tivemos durante décadas da nossa História e para a principal Corte do nosso Judiciário, apenas como dois exemplos, as mobilizações foram feitas apenas por fanáticos bolsonaristas, que não devem ser levados a sério.

Isso é um grave erro de avaliação, porque não só pode ignorar que esses brasileiros querem o melhor para nossa Pátria, tanto quanto, democraticamente, precisamos respeitar os que querem ir às ruas defender o contrário. O que ocorre, contudo, é o confronto que se avizinha. Pelos erros do Presidente Bolsonaro, como os que cometeu nas concentrações, falando às multidões, como o lava mãos do Congresso e o ativismo político do STF.

Os que saíram do conforto das suas casas, sonhando em ajudar o nosso país a mudar, lamentavelmente perderam seu tempo. O enredo final desta novela, já estava escrito há muito tempo. Nele, a ampla maioria do povo brasileiro já perdeu. Nosso futuro, portanto, é cada vez mais incerto. Pobre do nosso país!

NA CAPITAL E VÁRIAS OUTRAS CIDADES RONDONIENSES, O POVO TAMBÉM FOI ÀS RUAS

Rondônia teve seu domingo de festa pela liberdade, assim como o tiveram praticamente todos os Estados e as maiores e menores cidades do país. A maior concentração aconteceu na Capital, onde centenas de veículos (caminhões, camionetes, carros, tratores e grande número de motos), levaram milhares de pessoas da entrada na cidade, na BR 364, até o Espaço Alternativo. A manifestação foi tão grande que, enquanto os primeiros carros chegavam ao Espaço Alternativo, os últimos ainda estavam entrando na avenida Jorge Teixeira, na altura dos viadutos sobre a BR 364.

Palavras de ordem, discursos, pedidos de liberdade, protestos contra decisões do STF e apoio ao presidente Bolsonaro sintetizaram o encontro, que teve música e orações e prosseguiu tarde a dentro. Ariquemes, Ji-Paraná, Jaru, Rolim de Moura, Cacoal, Vilhena e pelo menos mais duas dezenas de comunidades do Estado também se mobilizaram, com muitas bandeiras do Brasil, palavras de ordem e exigência de liberdade. No resumo, foi dia de algumas das maiores mobilizações que já se viu nestas terras de Rondon.

GOVERNADOR, SENADOR E EMPRESÁRIO SE DESTACAM AO LADO DO PRESIDENTE

Três rondonienses estiveram com o presidente Jair Bolsonaro, durante as manifestações da terça-feira. O governador Marcos Rocha ficou no palanque com o Chefe da Nação, na gigantesca manifestação do 7 de Setembro. Ele postou um vídeo, exaltando o evento e bastante alegre com tudo o que estava assistindo na Esplanada dos Ministérios. Já o senador Marcos Rogério também esteve sempre perto de Bolsonaro, em vários momentos das manifestações, inclusive viajando ao lado do Presidente no helicóptero que sobrevoou a multidão na Capital Federal.

O terceiro personagem, visivelmente emocionado, considerando que o acontecimento foi um dos mais importantes da sua vida, foi o empresário do agronegócio de Ji-Paraná, Bruno Scheid, que também estava no helicóptero, ao lado de Bolsonaro. Lideranças da produção rural e pessoas de diversas cidades rondonienses igualmente se deslocaram para Brasília, para participarem do megaevento, que reuniu uma das maiores multidões já registradas naquela Capital, desde sua fundação, em 1960.

GRITO DOS EXCLUÍDOS, DOS CATÓLICOS E DA ESQUERDA, TEVE PEQUENA PARTICIPAÇÃO

Não se pode dizer que não houve também movimento de protesto contra o governo Bolsonaro, neste Dia da Pátria. Embora pequeno, como tem sido, aliás, as movimentações dos partidos de esquerda em todo o país, a mobilização do 7 de Setembro, liderada pela Igreja Católica e por partidos de esquerda, reuniu, em Porto Velho, com muita boa vontade, algo em torno de 200 pessoas. Várias faixas com o tradicional “Fora Bolsonaro!” e outras, com críticas ao alto custo de vida, resumiram a ação do “Grito dos Excluídos”, que aconteceu pela 27ª vez em nosso Estado. O encontro principal foi na frente do prédio do Governo do Estado.

As maiores mobilizações em anos passados, principalmente nos governos Lula e Dilma, chegaram a trazer milhares de pessoas à Capital, graças à participação dos sindicatos, que patrocinavam ônibus gratuito e alimentação para os grandes grupos que vinham do interior. Nos últimos três anos, o movimento “murchou”, mesmo com o apoio do arcebispo da Capital, Dom Roque Paloschi, que pediu a mobilização dos católicos para que participassem do evento. Ao menos dessa vez, além de membros de partidos de esquerda, poucas pessoas participaram. Contudo, uma grande manifestação de opositores ao governo brasileiro, acontecerá mesmo no próximo dia 12, neste próximo domingo, também aqui em Rondônia.

TAMBAQUI: 35 TONELADAS SERÃO VENDIDAS EM RONDÔNIA E TODAS AS CAPITAIS BRASILEIRAS 

Um dos melhores peixes de água doce do país, uma espécie de símbolo de Rondônia, vai estar em milhares de mesas no nosso Estado, mas também será degustado em 26 capitais brasileiras, afora Porto Velho, claro. A única cidade que não é capital e que receberá o festival, será Itajai, em Santa Catarina. O Festival do Tambaqui deste ano começa dia 19 próximo, em pelo menos 30 cidades em Rondônia e se espalha pelo país. O preço de uma banda do gostoso peixe, que custa, na maioria dos locais que o vendem em tempos normais entre 40 e 50 reais, poderá ser adquirida por 20 reais.

Tickets que darão direito ao tambaqui estão à venda na Emater, em várias cidades do interior e, na Capital, no pátio do Palácio Rio Madeira, sede do governo rondoniense. Apenas para  Porto Velho, serão destinadas nada menos do que quatro toneladas do peixe. Nas demais cidades onde o Festival vai acontecer, a média será de 500 bandas por cada uma delas. A expectativa é de que, durante o período do Festival, sejam comercializadas nada menos do que 35 mil toneladas do nosso peixe. O Festival do Tambaqui já foi realizado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, no início de agosto de 2019. O presidente Jair Bolsonaro foi um dos que provou a iguaria.

PARCERIA GOVERNO E ASSEMBLEIA É DESTACADA PELO PRESIDENTE ALEX REDANO

A aliança política entre o governador Marcos Rocha e o presidente da Assembleia, deputado Alex Redano, de Ariquemes, tem se fortalecido cada vez mais, nestes tempos de proximidade com a eleição do ano que vem. Redano tem acompanhado Rocha em praticamente todas as solenidades de lançamento de programas como Tchau Poeira! e vários outros, em que o Estado fortalece sua presença e leva pesados investimentos a vários municípios. Nesta semana, o presidente da ALE destacou os programas da administração estadual em Ji-Paraná, Jaru e Alvorada do Oeste, ocorridos na semana passada.

Redano destacou que os investimentos, apenas nas três cidades, representam 77 quilômetros de asfalto, com investimentos de mais de 30 milhões de reais. Outros 6 milhões serão acrescentados para iluminação de 143 quilômetros de ruas e avenidas e ainda construção de uma praça. “É o maior investimento que essas cidades recebem numa só vez”, comemorou o parlamentar. E destacou que isso é resultado de um trabalho conjunto entre Governo e Assembleia Legislativa, que aprovou um pacote de quase 1 bilhão de reais para atender a todas as cidades rondonienses.

COVID 19: APENAS 77 LEITOS NA REDE DE SAÚDE ESTAVAM OCUPADOS

A terça-feira marcou um número altamente positivo na guerra contra a Covid 19 no Estado. O Boletim 536, do Ministério da Saúde e Sesau, apontou que apenas 49 pessoas com o vírus ainda estavam internadas nos hospitais públicos e outras 28 na rede privada. Ou seja, desde pelo menos um ano, não tínhamos só 77 leitos ocupados em todo o sistema estadual de saúde. Chegamos a ter mais de 800 internados, no pique da doença e mais 157 aguardando leitos de UTI. Agora, certamente graças à vacinação (quase 1 milhão e 80 mil primeiras doses e outras 460 mil da segunda dose), os números de infectados e de pessoas que precisam de internações, despencaram.

Mesmo com a chegada de pelo menos sete casos da cepa indiana (um na Capital, seis no interior), não houve, ao menos até a quarta-feira, indícios de que mais pessoas foram atingidas pela nova cepa e que ela se torne perigosa entre nós. Mesmo assim, além de se correr atrás das vacinas para quem ainda não foi imunizado, o importante é manter os cuidados de se usar máscara, não aglomerar e usar álcool gel, sempre que possível. Afinal, já tivemos, até a quarta, nada menos do que 6.490 mortes e não podemos esquecer da truculência deste vírus assassino. Mas que as notícias ainda são muito positivas, ao menos nestes últimos 60 dias, sem dúvida o são.

CHEGAM MAIS DE 102 MIL DOSES DE VACINAS EM APENAS UM DIA, PARA NOSSO ESTADO

Ainda sobre vacinas: nesta quarta, chegaram mais 102.640 novas doses, enviadas pelo Ministério da Saúde. É o maior volume já recebido pelo governo rondoniense, num só dia, desde que começou o processo de imunização em nosso Estado. Com as que chegaram nesta última leva, já contabilizamos, segundo a Secretaria de Saúde do Estado, nada menos do que 1 milhão e 918 mil doses. Todo o volume que chegou, estará entregue aos municípios em menos de 48 horas, segundo confirmou o secretário de saúde, Fernando Máximo.

Nas últimas semanas, nosso Estado tem sido aquinhoado com milhares de doses dos imunizantes, depois de um início em que estivemos relegados a um segundo plano do Ministério da Saúde, que nos mandava parcos lotes dos imunizantes. A situação mudou radicalmente, desde a visita do ministro Marcelo Queiroga esteve por aqui e ouviu muitas queixas das nossas autoridades. Por fim, ainda não é oficial, mas poderão chegar pelo menos outras 60 mil doses ainda nos próximos dias.

HÁ UM ANO, MINISTRO MARCO AURÉLIO DENUNCIAVA USO POLÍTICO DO STF

O que está acontecendo hoje no país, em relação ao STF, foi mote de duras críticas do recém aposentado ministro Marco Aurélio de Mello, numa declaração polêmica, feita em 19 de agosto do ano passado, poucos meses dele se aposentar do cargo de ministro. Ele afirmou, há mais de um ano atrás, que “o Supremo Tribunal Federal está sendo usado por partidos de oposição, como uma maneira de fustigar o governo do presidente Jair Bolsonaro”.

E foi mais longe: “como eu já disse em sessão, no caso Abin, o STF está sendo utilizado pelos partidos de oposição para fustigar o governo e isso não é sadio. Não sei qual será o limite”, sublinhou. O que se vê é que as previsões de Marco Aurélio estavam corretas. Foi ele, aliás, que numa das sessões do STF contestou seu então colega Alexandre de Moraes, ironizando e o chamando de “xerife”, pela tentativa de impor suas vontades sobre o tribunal. Marco Aurélio se aposentou no final do primeiro semestre deste ano e até agora não foi substituído, já que o indicado pelo presidente Bolsonaro ainda não foi aprovado pelo Senado.

PERGUNTINHA

Você acha que o presidente Bolsonaro corre o risco de sofrer um processo de impeachment, por afirmar que não cumprirá mais decisões judiciais do ministro Alexandre de Moraes?

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