Foto: ilustrativa

Ao contrário das primeiras informações desta quinta-feira, a ação da Polícia Federal, da chamada Operação Ductil, que busca provas de possíveis superfaturamento em compras de equipamentos durante a pandemia, não teve nenhuma ação realizada em Rondônia. Toda a operação foi realizada em outras capitais, como Manaus e São Paulo, sem qualquer ato envolvendo diretamente a presença dos federais na secretaria estadual de saúde, a Sesau.

O que está acontecendo, segundo o secretário Fernando Máximo, é uma confusão envolvendo custos de alguns produtos, que antes da pandemia tinham um preço e durante ela, saltaram, em alguns casos, em até 30 vezes. Um dos casos investigados, com suspeita de superfaturamento, é facilmente explicável, segundo ele. Antes da pandemia, um tipo de máscara comprada pela Sesau custava menos de 2 reais e 70 centavos, Durante e no auge da pandemia, o mesmo produto foi conseguido pela Sesau, numa concorrência em que participaram onze empresas, pelo valor mínimo de 15 reais e 30 centavos.

A Operação Ductil se baseiam, portanto, num preço médio determinado pelo Tribunal de Contas da União, para o preço de um produto cotado antes do terror do Coronavírus. Durante, havia a mesma máscara vendida por até 30 reais. Como comprar um produto por um preço que não existe no mercado? O secretário citou, como argumento, o caso do preço da Ivermectina. Antes da pandemia, custava 3 reais. No auge dela, passou a custar até 30 reais e hoje voltou para um preço bem baixo, em torno de 5 reais.

Fernando Máximo relatou outro caso semelhante, só que com final diferente. O Estado precisava, no auge da pandemia, de pelo menos 78 mil luvas por dia, para abastecer todos os hospitais onde os infectados eram tratados. O consumo, obviamente, se multiplicou muito, durante o pico da doença. Uma semana antes de todos os hospitais ficarem desabastecidos, numa reunião com a participação de promotores de órgãos de controle, não era aceita a compra das luvas pelo novo preço do mercado, multiplicado pelo mercado, embora a cotação da CGU continuasse com o mesmo valor a cada 15 dias, muito menor do que o custo real. Foram feitas cotações em pelo menos 20 empresas.

O valor autorizado pela CGU era de 59 reais, enquanto o menor preço conseguido, em licitação com várias empresas, foi de 110 reais. Foi o conselheiro do Tribunal de Contas, Benedito Alves, quem apelou para o que chamou de “bom senso”, depois que Fernando Máximo avisou que se não pudesse abastecer os hospitais, iria deixar o cargo, já que sem as luvas não haveria como eles continuarem atendendo os pacientes. No final, houve a autorização, E a compra, com o preço real, foi autorizada, evitando uma crise sem precedentes no sistema de saúde pública do Estado. As investigações da PF continuam, inclusive envolvendo empresas, que teriam feito um acordo entre elas, mas apresentarem preços iguais nas concorrências, mas, sobre isso, alega Máximo, não há como a Sesau controlar. O assunto, é claro, ainda vai longe!

 

Impunes, bandidos continuam matando, como o fizeram em Vilhena

Até a noite da quinta-feira, faltavam ainda informações sobre um novo massacre na Fazenda Vilhena, onde o casal de proprietários e mais três empregados teriam sido assassinados, em mais um ataque a uma propriedade rural no  Estado. O mesmo local, inclusive, já foi palco de extrema violência, com ataques, feridos e mortos há poucos anos atrás, O casal agora morto já havia sido vítima de sequestro dos bandidos, disfarçados de sem terra.

A tragédia ocorrida no interior de Vilhena, numa fazenda produtiva, sintetiza a violência no campo que está afetando Rondônia há longo tempo e que permitiu ao governo federal atender pedido do governador Marcos Rocha, para enviar para cá a Força Nacional de Segurança, que, aliás, até agora pouco resultado prático trouxe.

Como na grande maioria dos casos os bandidos ficam impunes (como os que assassinaram dois PMs na zona rural de Porto Velho, há mais de um ano), a criminalidade se expande, escondendo-se atrás da impunidade. No caso da Fazenda Vilhena, que acabou com a morte do proprietário, Heládio Seen e de sua mulher, Sônia Biavatti, além de três funcionários, a tragédia foi anunciada. Os vários ataques, a destruição ocorrida várias vezes, as mortes de seis anos atrás, tudo apontava para o desfecho do que ocorreu agora.

O mundo rural de Rondônia se tornou uma terra sem lei. E ainda há entidades e instituições que discursam a favor dos “pobres sem terra”. Neste país sem rumo, a bandidagem ainda tem este tipo de apoio. É mais uma tragédia dentro da tragédia.

 

Massacre de Roosevelt caminha para um triste aniversário, em abril do ano que vem

Vários crimes brutais já foram registrados na zona rural e em áreas indígenas, em Rondônia. Muitos deles, mesmo depois de intensas investigações e de criminosos denunciados, ainda não foram julgados. O maior crime já registrado na nossa história, aliás, continua ignorado, já que sequer houve, até hoje, qualquer condenação dos envolvidos, mesmo que o inquérito da Polícia Federal tenha apontado pelo menos duas dezenas de criminosos, envolvidos diretamente na chacina.

No ano que vem, ela, a chacina, que muita gente continua fazendo de conta que existiu, vai completar nada menos do que, vai chegar aos seus 17 anos de impunidade. No dia 7 de abril de 2004, 29 brasileiros que garimpavam ilegalmente na Reserva Roosevelt, entre Pimenta Bueno e Espigão do Oeste, foram trucidados a golpes de tacape, de facão e a tiros de espingarda, por um grupo de índios. Uma ampla e detalhada investigação da Polícia Federal, à época, detalhou todo o massacre e apontou dezenas de suspeitos de envolvimento nos crimes. No final, ­­ao menos até agora, ninguém foi condenado por estes crimes brutais.

Daqui a alguns meses, se chegará ao triste aniversário de 18 anos. E tudo sob o lamentável manto da impunidade. É uma vergonha para Rondônia. É uma vergonha para o Brasil!

 

Combustíveis: Bolsonaro quer privatização e empresário fala em novas matrizes energéticas

A privatização da Petrobras, que está sendo analisada por seu governo, segundo o presidente Bolsonaro, resolveria o problema dos abusivos aumentos de preço dos combustíveis e do gás de cozinha, por exemplo? E quem, neste Planeta, teria algo em torno de 300 bilhões de reais para comprar uma das maiores empresas petrolíferas do mundo? Perguntas não faltam, para esta hipótese aventada pelo Presidente.

O empresário Eduardo Valente, porta-voz dos proprietários de postos de combustíveis rondonienses, acrescenta ainda mais algumas questões sobre se valeria mesmo a pena a privatização. “Hoje o problema de preços dos combustíveis é mundial. E os investidores vão pensar duas vezes antes de entrar na questão do petróleo,  até porque a questão da mudança da matriz energética está aí, batendo na porta, É uma questão de tempo.

Todos os players desse setor, como a Volkswagen e a Shell, apenas para citar duas – sublinha Valente – “estão investindo pesado em outras matrizes”. Ele acrescenta ainda que “há outras que estão investindo pesado no etanol, para ser usado na transformação de hidrogênio, que moverá os carros. Temos ainda os elétricos. E essa situação toda só vai se aplainar dentro de uns cinco anos, com a chegada de novas tecnologias”. O empresário finaliza, vaticinando: “a tendência é acabar com a gasolina e outros derivados de petróleo, a curto e médio prazos”.

 

Ilegais brasileiros com roupas de grife e as caríssimas bolsas Gucci?

Vai dar muito o que falar. “As escolhas políticas de Joe Biden estão pelo mundo. Nós tivemos 40 mil brasileiros, só no posto de fronteira de Yuma, indo para Connecticut, usando roupas de marcas e bolsas da Gucci. Isso não é mais imigração econômica. As pessoas veem que os Estados Unidos estão abertos e tiram vantagem de nós, e não vai demorar muito para que um terrorista se misture a essa multidão”.

A declaração colocada entre aspas, é do senador americano Lindsey Graham, do partido Republicano, que faz oposição ao presidente, que é Democrata. Embora não tenha dado mais detalhes, o senador critica a política de Biden e, no embalo, colocou os nossos imigrantes ilegais no mesmo pacote. Pode até ter havido um ou outro brasileiro com uma condição financeira um pouco melhor, entre os ilegais. Mas 40 mil com roupas de marca e as caríssimas bolsas Gucci, daí já é demais! A grande maioria dos imigrantes que sai do país é da classe média para baixo, alguns gastando até o último tostão com passagens aéreas, estadia no México e pagamento aos coyotes, que atravessam os ilegais. Para se ter ideia, compra-se uma bolsa Gucci no Brasil a partir de 150 reais, As mais sofisticadas podem superar os 5 mil reais.

 

Confúcio sente a temperatura eleitoral, antes de anunciar que é candidato

Pode até que não aconteça, mas para bom entendedor, meia palavra basta. O senador licenciado e ex-governador Confúcio Moura, depois de alguns poucos dias de descanso, está na estrada. Isso mesmo. Confúcio começou a percorrer várias cidades rondonienses, buscando aqueles longos papos, do que ele gosta muito, com correligionários, amigos, apoiadores e, claro, eleitores. Está sentido a “febre”, em várias regiões do Estado, antes de decidir se anuncia ou não sua postulação a um terceiro mandato como Governador.

Embora faça questão de manter o mistério, Confúcio deixa no ar a possibilidade concreta de que quer mesmo ser candidato. Há, dentro do seu partido, o MDB, grande esperança de que, em meados do início do ano que vem, quando estiver prestes a retornar ao seu mandato, Confúcio abra o coração e confirme publicamente o que, dentro do seu partido, já é praticamente uma certeza.

Os emedebistas estariam até pensando numa chapa puro sangue, com o ex-governador na cabeça e o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho, como seu vice.

 

Rodoviária e espaço alternativo: quando estas pendências serão resolvidas?

Duas obras importantes em Porto Velho, que dependem diretamente de uma parceria realmente concreta entre o governo do Estado e a Prefeitura, continuam com pendências que, ao que parece, levarão ainda muitos meses para terem algum avanço. A principal delas é a Rodoviária. Mesmo com muitas promessas feitas recentemente, praticamente nada andou. Na semana passada, o Governo estadual chegou a anunciar uma solenidade para a passagem da Rodoviária para o município, mas ela foi cancelada.

Há 10 milhões de reais de emendas da deputada Mariana Carvalho para a obra, mas até agora nada indica que ela vai andar tão cedo. E ainda seria importante a Prefeitura rediscutir, com a comunidade, sua decisão de manter a Rodoviária, mesmo quando ela for renovada, no mesmo local atual, no centro da cidade e numa área obviamente muito discutível para que ela continue ali. O segundo ponto é o Espaço Alternativo, que já funciona há longo tempo mas que, até agora, não foi repassado para o município. Lá é terra em que ninguém sabe quem manda, quem deve cuidar, quem fiscaliza os abusos e por aí vai. Não está na hora de resolver essas pendengas?

 

Perguntinha

Você acha que uma eventual privatização da Petrobras, pode diminuir o preço da gasolina, do óleo diesel e do gás ou não acredita que essa é a solução para o consumidor brasileiro?

sicoob

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