Renato Gaúcho/Foto: Reprodução

Renato Gaúcho desdenhava os treinadores estudiosos, teóricos. Mas depois das demissões no Grêmio e no Flamengo, decidiu ir se aprimorar em curso para treinadores na CBF. Nada de praia

“Quem precisa aprender, estuda, vai pra Europa… Quem não precisa vai pra praia. Eu falo isso, e muitos criticaram.”

“Disseram: estão trazendo um treinador que estava jogando futevôlei… Eu pergunto, e agora? E ai? Futebol é como andar de bicicleta.”

“Quem sabe, sabe. Quem não sabe, vai estudar.”

Nada como um dia após o outro, e derrotas sofridas, para abalar as convicções mais firmes.

Ao conquistar a Copa do Brasil, com o Grêmio, na madrugada de oito de dezembro de 2016, ele resolveu ironizar os ‘técnicos estudiosos, teóricos.’

Só que cinco anos e quinze dias depois, ele está inscrito e, de acordo com a CBF, confirmado como um dos alunos no curso de Licença Pro, promovido pela CBF Academy. O curso permite que os treinadores possam trabalhar no exterior.

E tem a chancela da Fifa.

Renato Gaúcho vem de duas demissões pesadas, que o abalaram, em 2021.

A primeira, com o Grêmio, eliminado na pré-Libertadores.

A segunda, com o Flamengo, o seu sonhado ‘elenco de R$ 200 milhões’, com o qual Renato Gaúcho havia prometido que, se tivesse nas mãos, ‘ganharia tudo’. Não conquistou um título sequer.

A derrota que custou a demissão foi na final da Libertadores para o Palmeiras.

Renato Gaúcho saiu muito criticado por setoristas do clube carioca.

Principalmente por seus métodos de treinamento, que seriam repetitivos, ultrapassados.

No gramado, o time não mostrou variações táticas.

A ponto de ser facilmente anulado pelo Athletico na semifinal da Copa do Brasil.

E pelo Palmeiras na decisão da Libertadores.

Depois da demissão, o Atlético Mineiro, que o desejava há anos, resolveu priorizar Jorge Jesus, apesar da difícil missão de convencê-lo a voltar ao Brasil.

Mas Jesus não se mostra tão animado.

Renato ainda conta com o apoio do principal mecenas do clube campeão do Brasil: Rubens Menin.

Mesmo rebaixado, o Grêmio, clube no qual é o maior ídolo, resolveu manter Vagner Mancini.

Agora, Renato Gaúcho resolve se render à teoria.

Aos estudos.

Em 2019 já havia tirado a ‘licença A’, da CBF.

Agora, tem a companhia de Cuca e de Lisca Doido.

Em pleno verão carioca, nada de praia para Renato.

Apenas estudo tático.

Sinal dos tempos.

E das derrotas…

sicoob

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