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Patriotismo / Foto: Ilustrativa

A consagrada canção dos artistas Caetano Veloso, João Gilberto e Gilberto Gil, “Aquarela do Brasil”, expõe as riquezas naturais e culturais do Brasil e sugere mudanças para derrubar a desigualdade “Tira a mãe preta do cerrado[…] Quero ver essa dona caminhando. Pelos salões arrastando, o seu vestido rendado”, deixando claro o amor pela pátria.

Este amor consiste no patriotismo, sentimento que exalta as belezas do país e busca pela melhoria dos problemas sociais através do bem comum. Atualmente no Brasil, o patriotismo já não é mais visto frequentemente, apesar da importância dele. Infelizmente, isso ocorre por conta do pensamento individualista e da intensificação do movimento nacionalista.

O pensamento de individualidade acima do coletivo ocorre no Brasil como decorrência da cultura capitalista, em que todos buscam se destacar. Segundo a teoria da modernidade liquida do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, as relações econômicas ficaram acima das sociais, resultando na perda da importância do senso de bem comum.

Diante disso, nota-se que a sociedade atual, em sua maioria, não tem buscado de forma conjunta melhorias para o Brasil e, ocasionalmente, ainda desvaloriza a cultura nacional, afetando de forma direta diversos setores brasileiros, como artistas e microempresas. Desse modo, o desenvolvimento social da pátria é prejudicado, sendo necessário minimizar a cultura individualista para recuperar o patriotismo.

Ademais, o sentimento patriota tem sido substituído pelo movimento nacionalista, caracterizado pelo extremismo e até autoritarismo. A Ditadura Militar de 1964, por exemplo, foi promovida através de uma ideologia nacionalista, resultando em censura a mídia, perseguição a opositores e slogans como “Brasil, ame-o ou deixe-o”.

Portanto, o nacionalismo como movimento político atua de modo a defender princípios de forma exagerada, não representando o pensamento de uma sociedade como um todo, mas sim de apenas uma parcela, com quem se importa acima de tudo. Desse modo, o nacionalismo oprime a ideia patriota, sendo a segunda inclusiva, pois age em favor de um bem comum, melhor opção para um país com sociedade representada e unificada.

Em suma, torna-se necessárias mudanças para recuperar o patriotismo no Brasil. Logo, cabe ao Ministério da Cidadania, em parceria com o Ministério da Educação, despertar logo no início da formação de crianças e adolescentes o interesse pela pátria e sua cultura, através de campanhas, palestras e colocando a disciplina de ensinos regionais e culturais na base curricular obrigatória do ensino fundamental, fazendo com que os cidadãos cresçam com senso de bem comum e sabendo diferenciar o patriotismo do nacionalismo, objetivando assim formar mais patriotas. Desse modo, teremos uma sociedade mais unida e disposta a lutar por um Brasil melhor.

Gabriela Baggio Alves dos Reis, aluna do 3º ano do Ifro campus Colorado do Oeste

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