Uma denúncia recebida nesta quarta-feira por um dos integrantes da diretoria eleita da Associação do Servidores Municipais de Vilhena colocou em xeque a versão do presidente derrotado Luís Lacerda, que insiste em não repassar o comando da entidade alegando fraude nas eleições realizada meses atrás.

De acordo com o informante, o motivo da relutância para a transmissão de comando seria o acúmulo de dívidas da entidade, tanto com fornecedores quanto com agiotas da cidade. Ouvido pelo Extra de Rondônia, Lacerda admitiu os problemas financeiros, porém reafirmou que as eleições foram manipuladas.

A denúncia contra Lacerda foi feita através do aplicativo WhatsApp, com o autor pedindo sigilo do nome, mas assumindo fazer parte da diretoria eleita em oposição ao atual presidente. A fonte alegou que Luís teria cometido desvio de dinheiro – “da mesma forma que outro presidente do passado fez”; e que estaria recebendo os repasses descontados dos servidores em folha de pagamento, sem quitar as dívidas com os fornecedores.

Na acusação ele enumerou que a ASMUV deve ao Pato Branco, distribuidora de gás, postos de combustíveis e até mesmo agiotas da cidade. No caso dos últimos, o presidente estaria descontando cheques da entidade pagando juros de 8%, e teria uma grande dívida acumulada. A mensagem encerrou questionando a legitimidade de se realizar transações deste gênero, afirmando que a agiotagem é um ato ilegal, e exigindo transparência de Lacerda e a realização de uma auditoria nas contas da associação.

Procurado pelo Extra de Rondônia nesta manhã, o presidente acabou admitindo que a ASMUV tem dívidas acumuladas, tanto de gestões anteriores quanto de sua própria administração. Ele afirma que a situação decorre do estado em que estavam as finanças da entidade na época em que tomou posse, com diversos problemas graves. “Naquela época haviam 34 ações de cobrança judicial que colocavam em risco a nossa sede social, e hoje há apenas quatro delas pendentes”.

Lacerda disse que vem fazendo “mágica” para conseguir manter a associação funcionando, com crédito na praça, e mantendo seu patrimônio. Isso porque, segundo ele, a administração municipal “virou as costas” para a ASMUV, atrasando repasses e criando mais problemas. “Tenho feito o possível para equilibrar as contas, paguei mais de oitocentos mil em dívidas antigas e na medida do possível tenho pago os compromissos de minha gestão. Inclusive, recorrendo a agiotas quando necessário”, admitiu. Ele não quis dizer qual seria o montante atual das dívidas da associação, e falou que manteve a situação em segredo para que o comércio local não fechasse as portas aos associados.

Apesar de confirmar quase todas as acusações – apenas rechaçou suposto desvio de dinheiro; Lacerda garante que não é esse o motivo de estar relutando em entregar o comando da ASMUV a diretoria que venceu as eleições. “Houve fraude no pleito, com pessoas não habilitadas votando e eleitores aptos votando em duplicidade. Protocolamos o caso na Justiça, junto com as provas das fraudes, pedindo anulação do pleito, e estamos aguardando a decisão antes de tomar qualquer atitude”, encerrou.

Fonte: Extra de Rondônia

Foto: Extra de Rondônia

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