Foto: Ilustrativa

Os movimentos sociais são de grande importância para o desenvolvimento da democracia política e social, pois a partir deles são representadas as vontades e anseios da população em relação ao Estado.

Assim, é necessário refletir a respeito dos conflitos que são gerados a partir da luta desses movimentos e sobre a exclusão de determinadas classes por parte do Poder Público e da sociedade.

Em busca da concessão de terras em áreas que são garantidas pelo Governo como improdutivas foi criado o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que busca em forma de manifestação popular combater a desigualdade no campo. No entanto, a batalha por esses direitos em sua grande maioria é marcada por conflitos, em que o estado de Rondônia está em 2° lugar entre os estados que mais registram mortes acerca desses acontecimentos, segundo o site G1, 2018. Tais situações são decorrentes de ocupações organizadas por agricultores que lutam diariamente contra aqueles que são opositores à realização da Reforma Agrária.

Ademais, o Movimento Negro luta constantemente pela reinvindicação dos direitos básicos de seu povo, como o de viver e o acesso de alunos afrodescendentes aos  cursos mais concorridos, como medicina, direito, etc, em que ocupam apenas 39,9% dessas vagas nas universidades públicas em 2019, segundo o Jornal O Globo. É fato que os negros estão majoritariamente entre os cidadãos mais pobres do país, com isso fatores como a demanda de tempo e dinheiro para um devido “preparo” para os vestibulares são problemas recorrentes para esses estudantes de baixa renda, pois a concorrência é muito grande e requer um maior desempenho dos alunos, já que as notas de corte para ingressar nessas áreas do conhecimento são altíssimas. Sendo assim, são eles os mais afetados pela desigualdade racial e social.

Portanto, é imprescindível que ações sejam criadas contra as irregularidades presentes no cotidiano de muitos brasileiros. Assim, o Poder Legislativo deve criar leis a favor dos mesmos, que possam garantir o acesso à terra de forma prioritária aos povos e comunidades tradicionais, de modo a diminuir os confrontos fundiários. E ao Ministério da Educação em parceria com as instituições de ensino promover cursos preparatórios para os vestibulares aos seus discentes de ensino médio, com o intuito de aumentar a aprovação e número de pessoas negras nas profissões mais requisitadas.

Karla Jamilly Cassiano Rocha, aluna do 3º ano do Curso Técnico

em Agropecuária Integrado, IFRO-Campus Colorado do Oeste

*Texto criado no projeto Oficina de Textos – edição 2021.

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