Furadeira oferecida pela empresa e atualmente em uso no centro cirúrgico no HR de Vilhena / Foto: Divulgação

Em nota enviada ao Extra de Rondônia na tarde desta sexta-feira, 22, a assessoria da secretaria municipal de Saúde (Semus) explicou a ação da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) no Hospital Regional (HR) com relação aos equipamentos usados em procedimentos cirúrgicos.

O Termo de Apreensão, Interdição ou desinterdição da Agevisa de nº 001942 informa que o fato aconteceu na quinta-feira, 14 de abril, às 15h31, no exercício de fiscalização sanitária, sendo apreendida uma “furadeira doméstica da marca Makita que estava no centro cirúrgico da unidade”. Na oportunidade, a reportagem do site tentou entrevistar gestores de Saúde, sem sucesso (leia mais AQUI).

Na nota, a Semus disse que o equipamento no HR que estava em uso não são “ferramentas usadas em construções”. A titular da pasta também aproveitou a oportunidade para expor alguns avanços na pasta.

Parte do relatório da fiscalização da Agevisa / Foto: Assessoria

>>> LEIA, ABAIXO, A NOTA NA ÍNTEGRA:

Diferente do que foi afirmado na matéria, as furadeiras do Hospital Regional de Vilhena (HRV) que estavam em uso não são “ferramentas usadas em construções”. O fato é evidenciado pelo próprio relatório da Agevisa, que confirma que os equipamentos estavam em processo de esterilização em autoclave, que é executado em altas temperaturas, o que causaria o derretimento e inutilização de furadeiras comuns ou domésticas.

As furadeiras do HRV são adaptadas para procedimentos cirúrgicos, garantindo segurança na temperatura, higiene e esterilização, revestidas internamente com silicone que suporta alta temperatura, fios flexíveis com capacidade para autoclave, engate de tomada especial, fio de três metros, potência de até 1.000 RPM e outras características exigidas para cirurgias.

A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que, conforme termo de referência serviços firmado com a Prefeitura, é responsabilidade da empresa que fornece as placas ortopédicas para cirurgias, oferecer também aos cirurgiões os perfuradores ósseos adequados. Em face das recomendações da Agevisa, a empresa foi contatada e já disponibilizou novas furadeiras para que as cirurgias ortopédicas continuem normalmente, sem prejuízo aos pacientes.

Mesmo assim, em ação adicional a isso, quando da publicação da notícia, já estava em processo de compra pela Prefeitura de Vilhena lote com furadeiras pneumáticas cirúrgicas novas para o Hospital Regional de Vilhena, que ficarão à disposição do HRV para eventual necessidade emergencial enquanto as que já estão em uso precisarem de manutenção ou apresentarem defeito, bem como para possível interrupção futura nos serviços da empresa contratada.

Importante destacar que a Prefeitura de Vilhena realiza somente procedimentos e cirurgias de baixa e média complexidade, enquanto é necessário encaminhar os pacientes que necessitem de intervenções ortopédicas em articulações ou de alta complexidade para os centros de referência em saúde estadual mais próximos, Cacoal ou Porto Velho. Os encaminhamentos nestes casos ocorrem devido às especializações dos médicos cirurgiões e contratos de atuação em alta complexidade que devem existir para as cirurgias acontecerem, e não por falta de materiais ou equipamentos. Mesmo assim, diversos procedimentos que poderiam ser encaminhados acabam sendo feitos na cidade com o objetivo de dar mais conforto e segurança ao enfermo, por evitar esperas prolongadas, quando possível.

No processo de compra citado acima foram destinados R$ 120 mil para a compra de perfuradores ósseos. Foram feitas também adaptações em registros, válvulas e disponibilizado novo cilindro de gás nitrogênio para o centro cirúrgico, classificados como equipamentos hospitalares de uso permanente. Os novos itens permitirão que as cirurgias continuem atendendo aos mais altos padrões de higiene e esterilização, além de garantir que, com o nitrogênio, as furadeiras funcionem por pressão hidráulica, em vez de energia, evitando que eventuais futuras quedas na rede elétrica e concomitante falha no gerador interrompam procedimentos cirúrgicos de emergência.

A secretária municipal de Saúde, Weslaine Amorim, explica que a secretaria está atuando em diversas frentes na busca de melhorar o atendimento aos pacientes e ambiente de trabalho dos profissionais nas unidades de saúde. “Estamos com um extenso rol de ações em andamento e por acontecer. Recentemente já conseguimos fazer a reforma da cozinha em tempo recorde, cirurgias em vídeo com aparelho próprio, pagamentos de rescisões de 2017 até agora, diálogo para aumento do salário dos médicos, oferecimento de gratificação e insalubridade com valores retroativos, além da reforma do Hospital Regional que está quase concluída, entre outras ações”, explica a secretária.

sicoob

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