65830b2e-2d5e-46c4-b193-4d1bbd70bc06Investigações da Polícia Civil de Vilhena apontaram um suposto esquema de corrupção no Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). A polícia descobriu que a empresa fantasma “MWX” era a peça chave no sistema de corrupção que envolvia o “proprietário da empresa”, um servidor público e o ex-diretor da autarquia José Lopes Bezerra.

A empresa existia apenas no papel, mas não tinha funcionários e muito menos estrutura física (sede), o que não a impediu de receber mais de R$ 250 mil desde 2011 da instituição investigada.

Em reflexo ao desfecho das apurações, o delegado regional Fábio Campos confirmou a reportagem do Extra de Rondônia o indiciamento do proprietário da empresa MWX, Marcelo Novaes e também do servidor público Whashigton Sarat, além do ex-diretor Josafá Bezerra. Todos deverão responder por falsidade ideológica, peculato, associação criminosa e fraudes em licitações, e suas penas, caso sejam condenados pelo judiciário, poderão chegar a 24 anos de prisão.

Foram apurados fortes indícios de combinação de preços durante as cotações realizadas pelo SAAE, e a empresa investigada foi a ganhadora da licitação mesmo não existindo fisicamente. De acordo com Campos, os donos das outras empresas cotadas também foram ouvidos e podem ser indiciados por fraudes em licitações.

Durante o inquérito, os investigadores comprovaram que o dinheiro pago pelo SAAE a empresa MWX, cerca de R$ 5 mil por mês, não tinha como destino o suposto proprietário da empresa Marcelo Novaes, e sim, era entregue integralmente a Washington Sarat, que há alguns anos é funcionário contratado pelo gabinete do prefeito José Luiz Rover, recebendo como servidor da prefeitura.

Até os primeiros meses deste ano, Sarat recebia um alto salário (R$ 4 mil) para chefiar o gabinete do prefeito e, mesmo assim, integrava o sistema corrupto no SAAE onde recebia integralmente os valores pagos pela autarquia a empresa MWX. A esposa do servidor, que também é sócia da MWX, confirmou em interrogatório que a empresa nunca existiu de fato.

Para tentar driblar uma possível prisão preventiva, o ex-diretor do SAAE, Josafá Bezerra, e seu adjunto Guilherme Naré solicitaram desligamentos da instituição dias antes de estourar o escândalo de corrupção, e alegaram ter outros objetivos pessoais.

Josafá continua impedido de frequentar qualquer órgão público municipal e a empresa teve as atividades suspensas em relação a prefeitura e o SAAE.

Sobre possíveis prisões, Fábio Campos afirmou que as apurações seguem em andamento e somente o poder judiciário poderá decidir com relação a uma ordem de prisão preventiva contra os acusados, caso venham a ameaçar o bom andamento das investigações.

Uma cópia do processo será remetida ao Ministério Público para que sejam avaliadas as denúncias de improbidades administrativas. A Polícia Civil solicitará uma auditoria por parte do Tribunal de Contas (TCE) para analisar todos os processos licitatórios, já que houve outras licitações feitas pelas secretarias da prefeitura com a empresa investigada.

O site disponibiliza o espaço para eventuais esclarecimentos dos envolvidos.

SAAE

 

Texto: Extra de Rondônia

Fotos: Extra de Rondônia

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