Ao usar a tribuna da Assembleia Legislativa, na sessão ordinária de terça-feira (21), o presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho (PMDB), manifestou a sua preocupação com os efeitos nocivos da recente operação que colocou em suspeição a qualidade da carne exportada pelo Brasil, levando países exportadores a suspenderem a compra do produto.

“Isso nos preocupa muito. A carne representa mais da metade do volume das exportações de Rondônia. A perda de mercados traria prejuízos para toda a cadeia produtiva, desde o vaqueiro ao dono de frigorífico. Os municípios e o Estado perderiam receita e toda a população seria afetada. É preciso que haja uma medida séria, responsável, para pôr fim a esta especulação”, declarou.

O deputado disse que foi informado pelo presidente da Associação dos Pecuaristas de Rondônia (Apro), Adélio Barofaldi, de que muitas plantas frigoríficas de Rondônia, mesmo não estando entre as denunciadas pela suposta manipulação indevida do produto, já estariam suspendendo o abate.

“Os números são preocupantes. Já estariam deixando de abater o equivalente a R$ 20 milhões por dia. Isso representa R$ 600 milhões ao final do mês. Rondônia não suporta um baque desses em sua economia, quando o Estado tem se destacado em crescimento – graças à agropecuária -, enquanto o país todo atravessa uma crise”, relatou.

Segundo o parlamentar, a apuração para verificar as denúncias deve continuar, para que tudo seja esclarecido. “Mas, não se pode negar que da forma que as informações preliminares foram divulgadas, afetou o negócio, que gera emprego e renda a milhões de brasileiros. São quase 5 mil frigoríficos no país e apenas três apresentaram problemas, mas está expondo negativamente a carne brasileira e afetando diretamente a nossa economia”, completou.

Ele apontou que, somente neste começo de ano, Rondônia já abateu cerca de 2,8 milhões de bovinos, sendo o quarto Estado brasileiro que mais exporta carne.

“As suspeitas; mesmo sem envolver nenhum frigorífico de Rondônia, levaram alguns países a anunciar a suspensão da compra da carne, afetando a cadeia pecuária do Estado. Lamento que isso tenha criado um cenário negativo para um setor tão importante para a nossa economia. É preciso ter cuidado ao divulgar uma informação desse porte”, pontuou.

Em aparte, o deputado Adelino Follador (DEM) observou que “se havia irregularidades, esperaram dois anos para poder prender as pessoas? Envolve alimentos, saúde pública. O abate de animais passa por um rigoroso sistema de controle. Quantos anos vão demorar a retirar essa imagem negativa? Levamos anos para construir uma imagem positiva, uma notícia dessas pode estragar tudo”.

Também em aparte, o deputado Lazinho da Fetagro (PT), mostrou-se preocupado com os rumos do caso. “É muita mídia em cima desse assunto. Perde toda a Nação. Os produtores, os trabalhadores, todos nós”.

Alex Redano (PRB) reclamou da forma como o caso foi tratado pela mídia e ressaltou que as redes sociais tomaram conta do fato. “Temos que defender o nosso país, a nossa economia, nossos empregos. Isso se espalhou nas mídias e somente agora estão dando conta do enorme prejuízo”, lamentou.

Ezequiel Junior (PSDC) afirmou que, mesmo sem ter nenhuma unidade frigorífica sequer citada ou investigada, Rondônia vai pagar o preço por essa notícia negativa. “Vamos ser afetados duramente, num setor tão importante para a nossa economia, somente como efeito dessa notícia negativa. Uma desgraça inaceitável”.

Ao finalizar, Maurão disse que “essa notícia desagradável veio para retirar o emprego, a receita e abalar o bom momento da nossa economia. Temos que superar essa crise e mostrar que nossa carne tem qualidade e procedência, tanto a que é exportada, quanto a consumida no mercado interno”.

Autor e foto: Assessoria

sicoob

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