posto fiscal 140 servidores divididos em equipes para cobrir o perímetro 24 horas por dia, durante todos os dias da semana. Construção nova (ainda não inaugurada oficialmente), tecnologia de última geração para controlar as entradas dos mais variados produtos que atravessam a fronteira de Rondônia dentro dos cerca de 1200 mil caminhões que chegam ao estado diariamente. É claro que as afirmativas acima não condizem com as imagens que ilustram essa matéria. O problema no Cetremi é justamente esse: incoerência.

Toda a “parafernalha” tecnológica presente no local torna-se obsoleta por uma única (e simples) razão, que é a falta de auxiliar de pátio, conhecido também como “chapa”, para conferir se os produtos que estão nas carrocerias dos caminhões que tentam atravessar a fronteira são condizentes com a descrição feita em nota.

Os servidores da Secretaria de Finanças do Estado de Rondônia (Sefin) contaram à equipe de reportagem do Extra de Rondônia que não há auxiliar de pátio no Cetremi há pelo menos dois anos, fato que “estraçalha” qualquer tipo de fiscalização de qualidade, uma vez que os fiscais são obrigados a acreditar no que está relacionado em nota, e as cargas seguem caminho normalmente.

De acordo com um dos fiscais que conversaram com os repórteres deste site, e que pediu para não ser identificado, quando haviam auxiliares de pátio no local, estavam sem receber há meses e obviamente não executavam o serviço como deveriam. “Nós conseguimos fiscalizar, pois temos métodos que auxiliam no trabalho. Porém não é exatamente como deveria ser. A falta de servidores de pátio torna o serviço lento”, explicou o servidor.

Os investimentos feitos no local são da ordem de R$ 8 milhões, e o trabalho ainda não foi concluído. Um serviço de calçamento que está sendo feito no local, cuja conclusão era prevista pra 60 dias (e já comemora aniversário) ainda atrapalha o fluxo de veículos. A placa indicativa do serviço não mostra a data de início da obra, muito menos seu término e quanto está sendo gasto no serviço.

LEI DO SILÊNCIO

No momento em que a equipe de reportagem estava no Cetremi não teve dificuldade alguma para obter informações acerca dos fatos relatados nesta matéria. Entretanto o grande problema é encontrar servidores dispostos a ceder suas identidades como referências para as informações citadas. O fato de servidores relatar problemas em órgãos públicos pode trazer consequências constrangedoras para ele e a própria equipe. Para não sofrerem represálias por parte do governo, optam pelo anonimato.

CETREMI

Fonte: Extra de Rondônia

Texto: Da Redação

Fotos: Extra de Rondônia

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