fachada-aciv-300x22311O pagamento de dívidas dos consumidores em todo o país – obtido a partir da quantidade de exclusões dos registros de inadimplência – apontou queda de 3,1% no acumulado do ano (jan/14 a nov/14), em comparação ao mesmo período de 2013, de acordo com dados da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito).

No acumulado dos últimos 12 meses (dez/13 a nov/14 contra dez/12 a nov/13), a recuperação de crédito recuou 2,7%, e na comparação interanual (nov/14 contra nov/13) a queda foi de 4,5%.

A expectativa de queda no pagamento de dívidas, anunciada desde o fim do ano de 2013, vem se consolidando nas últimas aferições. Alguns fatores têm sido preponderantes para este desempenho do indicador, tais como o desaquecimento no mercado de trabalho, o aperto no ritmo de crescimento da concessão de crédito, entre outros. Sendo assim, a “Boa Vista SCPC” espera que o Indicador de Recuperação de Crédito encerre o ano com queda em trono de 3,3%.

Na comparação mensal (nov/14 contra out/14), a recuperação de crédito do consumidor cresceu 10,7% no Sul, 10% no Nordeste, 9,2% no Centro-Oeste, 4,5% no Sudeste e 5,0% na região Norte. Analisando o varejo isoladamente, houve queda de 2,3% na comparação mensal (nov/14 contra out/14). Com exceção da região Centro-Oeste, que obteve alta de 1,5%, todas as regiões apresentaram retração: -5,7% no Nordeste; -4,3% no Norte; -3,6% no Sul e -1,2% no Sudeste.

Para o presidente da ACIV (Associação Comercial e Empresarial de Vilhena), advogado Josemário Secco, apesar das estatísticas desfavoráveis, o período é propício para receber dívidas antigas. “Historicamente, dezembro é o mês com o maior número de baixas no banco de dados de inadimplentes do SCPC. Isso ocorre porque muitas pessoas aproveitam o recebimento do 13º para quitar dívidas e limpar seus nomes no SCPC, a fim de se habilitarem para novas compras à prazo”, explica.

Mas, segundo Seco, sobretudo, deve ser um momento de cautela, pois o crédito concedido sem os cuidados necessários podem se converter em problemas no futuro. “O final do ano é a época de compras, muitas feitas sem planejamento e por impulso, e geralmente a prazo. Quando chega a hora de pagar a fatura e o consumidor não consegue, seu nome é incluído nos cadastros de inadimplentes”, conta.

Para o presidente da ACIV é hora do comerciante aproveitar o período para receber as dívidas e se precaver de outras. “Ao utilizar o SCPC o empresário tem essas duas possibilidades. Ao incluir o nome do cliente no cadastro de inadimplente, você estimula o devedor a tentar quitar a dívida, pois ninguém gosta de ter o nome sujo no comércio. Já quando você consulta o cliente no SCPC e ele aparece como inadimplente e o crédito não lhe é concedido, você além de forçá-lo a pagar a divida anterior, também se livra de um problema futuro. Pois se o cliente já está devendo na praça como irá pagar novas dividas?”, argumenta.

O presidente da ACIV explica que a intensão da associação não é estimular uma inclusão em massa de clientes no SCPC, mas utilizar, dentro das possibilidades legais, a ferramenta como aliada no combate a inadimplência, que se configura num dos maiores problemas enfrentados pelos comerciantes.

Texto: Assessoria

Foto: Extra de Rondônia

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