Convencionou-se chamar Baixo Clero aqueles parlamentares federais com pouca ou nenhuma expressão cujo único valor que tem ao executivo é o voto mantido sob cabresto em troca de migalhas de recursos que os deputados levam para seus estados para manter a base. Sem poder de aglutinação e liderança, sem conhecimento das questões pertinentes a um projeto de país sério, desprovidos de argumentação para defender a sociedade, estão sempre a reboque dos acontecimentos no parlamento e votam em bloco para defender interesses do governo, mesmo que o projeto seja para espetar impostos nas costas do contribuinte. Não têm nenhuma preocupação com a melhoria das estradas, com o aumento do combustível, com os baixos índices de educação, com o crescimento da criminalidade e do desemprego. Nada disso para eles importam, apenas as migalhas de emendas em troca do seu voto, em qualquer projeto do Executivo, pois é exatamente isso que eles valem.
CPI
Por isso não me admira a resposta do deputado federal Nilton Capixaba ao dizer que não via motivos para votar favorável a CPI da Petrobrás uma vez que o juiz estava fazendo o seu trabalho. Não me admira ele abrir mão de exercer seu mandato de forma plena para o qual foi eleito que é antes de tudo fiscalizar o executivo e preservar o patrimônio público. Não me admira que sequer faça um pronunciamento (ele e toda a bancada federal de Rondônia no Congresso) em favor dos transportadores de soja massacrados pelo miserável preço do frete e o criminoso preço dos combustíveis, que, aliás, nem se posicionaram contra o aumento. Quem sabe agora, com a aprovação do orçamento impositivo que em parte retira a camisa de força do governo sobre os deputados, já que as emendas dos parlamentares terão que ser pagas, eles passem a exercer o mandato com alguma independência pelos interesses de quem os elegeu. Alguma independência já é alguma coisa. É justamente por essa falta de independência que temos que ouvir discursos como o do senador Valdir Raupp defendendo o governo Dilma ressaltando que o governo do PT foi bom para o país. Deve ter sido bom para quem se locupletou com o partido para assaltar o país.
CHUELO
É o nome do novo terminal portuário que será inaugurado em maio na capital, às margens do Madeira. De propriedade do Grupo Amaggi, o porto com terminal graneleiro, o maior da região norte, terá capacidade de descarga de até quatro carretas em um minuto, ganhando o Pacífico com uma economia considerável de distância de outros portos brasileiros. O agronegócio do Mato Grosso e Rondônia passarão por aqui provocando grande desenvolvimento para Rondônia. É de fato uma notícia alvissareira.
PORTOS
Outros portos estão em projeto para serem construídos no Madeira. Um deles é da Equador, transportadora de petróleo. Outro é do próprio governo do Estado e será público, para incentivar a Zona de Processamento de Exportação (ZPE). Razões para se investir em Rondônia, apesar das roubalheiras no governo federal.
ECONOMIA
Alvissareira foi também a notícia sobre a economia do Estado. Rondônia é um dos oito estados brasileiros que apresentou superávit no balanço de 2014. os outros foram São Paulo, Minas, Rio Grande do Norte, Bahia, Sergipe, Pará e Roraima.
JÁ NO VIZINHO…
O Acre apresentou o pior superávit entre os estados brasileiros. Coincidência ou não, é o quinto mandato consecutivo do PT no comando do governo e da economia. Coincidência ou não, o governo federal comandado pelo PT sofre do mesmo problema na economia.
NÚMEROS
Li dias desses uma nota que dizia ter sido Vilhena um dos municípios de Rondônia com menor indicies de assaltos. E nem chegamos no dia 01 de abril.
ARREMATE
O prefeito Rover e o deputado Luizinho foram os únicos políticos de Rondônia que tiveram a iniciativa de discutir com os caminhoneiros e as tradings o aumento no preço do frete. As negociações não avançaram, mas pelo menos eles saíram em defesa dos transportadores contra a política absurda do governo federal que penaliza o agronegócio. Cadê os demais que foram eleitos para nos representar?
Texto: Vitor Paniágua
Foto: Extra de Rondônia
