Major Amarante, uma das Avenidas mais tradicionais da cidade
Major Amarante, uma das Avenidas mais tradicionais da cidade

A ex-vereadora Odete Sartori entrou em contato com o Extra de Rondônia nesta quinta-feira, 16, para apresentar opiniões acerca da decisão tomada pelo prefeito de Vilhena, Zé Rover (PP) em acabar com parque do gramado da Avenida Major Amarante para criar estacionamentos de motocicletas a fim de reduzir o engessamento do tráfego na avenida mais tradicional da cidade. Veja na íntegra seu comentário.

 

Em 2005, a frota vilhenense de automóveis era de cerca de 5.600 automóveis e 5.700 motocicletas, totalizando 17 mil veículos na cidade, de acordo com dados do IBGE. Em 2013, apenas 8 anos depois, esta frota ficou 166% maior, saltando para 45 mil veículos. O número de automóveis quase triplicou neste período, passando para 14.700 veículos, e o número de motocicletas seguiu o mesmo crescimento, passando para 13.100 unidades em circulação. Dados mais atualizados apontam que, em 2014, a frota fechou com um total de 49 mil veículos, 8% a mais de veículos em apenas um ano.

Ao longo desse período, quem sentiu este aumento expressivo no número de veículos nas ruas foram os próprios condutores, principalmente na hora de procurar uma vaga para estacionar ao longo da Avenida Major Amarante, onde está localizada a maioria das agências bancárias da cidade e conta com um forte comércio. A avenida é a única do lado sul da BR-364 que conta com um canteiro central arborizado, que a torna um lugar agradável e atraente para um passeio de fim de tarde aos domingos e certamente é um dos motivos pelo qual seu comércio foi tão estimulado desde o nascimento da cidade. Suas avenidas vizinhas – a Capitão Castro e a Marechal Rondon gozaram de algum desenvolvimento, mas não da forma que ocorreu na Major.

E no momento que a Major Amarante atinge sua capacidade máxima para estacionamentos, ao invés de incentivar as avenidas vizinhas, regularizando e beneficiando moradores que disponibilizam pontos de estacionamento (uma sugestão seria uma parcela de redução no IPTU para os lotes que recuarem a calçada para disponibilizar vagas, incentivar quem trabalha na avenida a parar os carros nas ruas laterais, deixando espaço para quem utiliza a Major por pouco tempo, o que aumentaria o dinamismo financeiro e abrangência comercial da avenida central, ou até mesmo contatar o DNIT para se apresentar um projeto de utilização da faixa de domínio da Rodovia 364 para a implantação de estacionamento, a Prefeitura da cidade toma uma decisão preguiçosa – cimentar e criar estacionamentos na própria Major Amarante, saturando ainda mais o trânsito da avenida.

Incentivar o desenvolvimento das Avenidas Capitão Castro e Marechal Rondon, de quebra, incentiva também o desenvolvimento das 25 ruas que cruzam as três avenidas, o que totalizaria 15 km de vias com um comércio forte, e muito espaço para atrair ainda mais a população para a região. Na visão da Prefeitura, colocar os estacionamentos na própria Major Amarante, limitando esse desenvolvimento para os três quilômetros da Major Amarantes já é suficiente, mesmo que para isso ela se torne um corredor de asfalto entupido de veículos e motos.

 

 

Texto: Odete Sartori

Foto: Divulgação

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