Josemário Secco, presidente da ACIV
Josemário Secco, presidente da ACIV

Virou refrega. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Vilhena (ACIV), advogado Josemário Secco, desencadeou publicamente um embate existente entre a entidade que dirige com a Câmara dos Dirigentes Lojistas, capitaneada pelo contabilista Darci Cerutti.

O pivô da contenda é a injeção de recursos públicos na Expovil, evento tradicional realizado pela Associação Vilhenense dos Agropecuaristas, também sob a batuta do comandante em chefe Darci.

Sua manifestação produziu resposta do oponente, a qual Secco rebateu, e com força. Por trás da pancadaria a antiga rivalidade entre ACIV e CDL fica escancarada.

Resumindo a polêmica até aqui: no início da semana o presidente da ACIV uso perfil em rede social para manifestar-se contrário ao repasse de verbas da prefeitura para aplicar na feira.

Na crítica, feita de forma irônica e contundente, o advogado usa termos como “cara de pau” e adjetivos mais leves, e fez questionamentos acerca de prestação de contas e a relação custo/benefício em favor da sociedade com a área do parque de exposições que foi entregue a Aviagro pelo Município há muitos anos.

Outra consideração forte no manifesto de Secco foi o termo “Padrão FIFA” estabelecido pela organização dos produtores, comparando a conduta da entidade rural com a dos futebolistas, que na época da Copa do Mundo fizeram imposições e cobranças ao governo federal que atentaram a soberania nacional: “A verdade é que a AVIAGRO impõe à sociedade vilhenense e ao empresariado LOCAL forma tal qual o PADRÃO FIFA, ou seja, a FIFA e a AVIAGRO (sem jamais ter ouvido a sociedade ou o empresariado), impõe o que decidiram em quatro paredes e ‘metem de guela a baixo’ para os empresários, os quais se SENTEM REFÉNS da Aviagro/da Expovil, pois são obrigados a participar porque não há outra forma, pagando altos aluguéis e amargando prejuízos”, discorreu.

Ontem, 30, Cerutti comentou as declarações do dirigente adversário contestando as afirmações e entre os argumentos apresentados declarou que sua primeira ação como presidente da Aviagro foi procurar Josemário, com quem garantiu ter “relação cordial”. Ele disse que ofereceu parceria entre as três entidades para participação na Expovil do ano passado. “Mas não houve interesse, pois não teve retorno”.

Nesta quinta-feira, 31, o advogado voltou à carga. Em manifestação através de comentários nas reportagens sobre a briga publicadas na imprensa local, Secco negou categoricamente a proposta de parceria. “Ao contrário, desde que Darci assumiu a posição na direção da Aviagro, a associação comercial perdeu espaço na exposição. Logo no primeiro ano que ele era vice-presidente ‘expeliu’ a ACIV da Expovil, apesar da feira realizada pela associação ter sido um sucesso por quatro anos seguidos”, disse.

Mais ainda: Josemário garante que enquanto participou a ACIV não recebia nada da prefeitura, “mas a CDL obteve convênio de R$ 20 mil, para investir em evento da Aviagro, que recebeu R$ 80 mil, ambas presididas por Cerutti”, alfinetou.

A contenda é potencializada pela participação de torcida para os dois lados, além de expoentes da política e imprensa local. Também há intervenções de familiares e “compadres” em geral de ambos presidentes.

E de postagem em postagem cada lado vai cavando mais fundo as raízes da relação entre ACIV e CDL: “Uma é água, a outra é óleo. Não tem jeito de misturas”, definiu Secco em entrevista ao Extra de Rondônia.

 

Texto: Extra de Rondônia

Foto: Extra de Rondônia

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