O segundo pré-candidato entrevistado pelo Extra de Rondônia é o empresário Eduardo Toshiya Tsuru, conhecido como Japonês da Granja.
Paulista, mas filhos de japoneses, o possível candidato a prefeito de Vilhena escolheu o PV como partido.
Segundo ele, a intenção de participar de um processo eleitoral sob uma nova vertente sempre esteve dentro de seus planos de vida, entretanto, nunca o colocou em prática por uma questão de prioridades.
Eduardo faz um balanço político-administrativo do município e dentro de seu entendimento, a principal crítica que tem está relacionada à gestão adotada.
Para ele, gasta-se muito de forma infrutífera, e se investe pouco nos segmentos de maior importância como, por exemplo, saúde e educação. “Os governantes de um modo geral gastam muito dinheiro sem necessidade. Isso acaba prejudicando investimentos importantes e gerando prejuízos à população”, comenta.
O empresário defende a corrente de pensamento de que uma prefeitura deve ser administrada tal qual uma empresa. “A gestão precisa ser muito bem planejada, haver controle de gastos e os ocupantes de cargos devem ser escolhidos por meritocracia”, acredita. No último item, Japonês se referia aquelas pessoas têm mais méritos, são mais trabalhadores, mais dedicados e dotados intelectualmente.
Tsuru relata sua indignação com a quantidade de secretarias municipais que a prefeitura de Vilhena tem, bem como acerca do número de servidores comissionados à disposição do poder executivo. “Não tem como falar em desenvolvimento, economia, e principalmente planos sem antes fazer um corte de pessoal. A prefeitura deve utilizar a mão de obra que possui, ou seja, os concursados. A folha de pagamento é muito grande, e isso inviabiliza qualquer projeto”, comenta.
ENXUGAR
Para que esse objetivo seja alcançado, o pré-candidato acredita que o trabalho deve ser iniciado já no período de campanha. “Se o candidato faz uma série de alianças e aglomera muitos partidos, com certeza estará engessado pra administrar quando tomar posse. Por isso acredito que uma boa gestão começa com alianças enxutas”, opina.
Sobre as deficiências da saúde pública, Eduardo Tsuru acredita que o ideal é adotar o estudo de caso para encontrar uma saída eficiente. “É necessário o apoio de todos os profissionais envolvidos no setor, trabalhar com consultoria em gestão hospitalar, pois quem entende de fato deve opinar também”, diz.
CRISE ECONÔMICA
Pela experiência que tem enquanto empresário, o pré-candidato diz que a crise econômica virá com força para o Brasil, porém a Região Norte a sentirá com menor intensidade. “O novo prefeito de Vilhena deverá correr contra o tempo para gerar ajudar na geração de postos de emprego, entretanto é necessário fugir das soluções mirabolantes”, alerta.
Eduardo conta que uma boa alternativa para reduzir o desemprego é trabalhar com a vocação natural do município. De acordo com sua linha de pensamento, a saída para crise em Vilhena está nos investimentos relacionados ao hortifrutigranjeiro. “O município tem diversas chácaras que podem produzir o suficiente para atender a demanda local”, defende.
Ele acredita que o fortalecimento da agricultura familiar resultará em um crescimento econômico de Vilhena.
“Se o município gerar condições para essas pessoas produzirem, teremos uma boa forma de ultrapassara crise”, pensa. Questionado acerca da viabilidade da ideia, o pré-candidato faz uma ponderação. “logicamente há uma dificuldade. E ela está na comercialização. É necessário desenvolver um elo seguro entre o produtor e o revendedor. Assim, Vilhena poderia se transformar na capital do Hortifrutigranjeiro”, opina.
ARTICULAÇÃO POLÍTICA
Sobre a viabilidade política de sua possível candidatura, Eduardo relata que seus interesses não estão acima de qualquer coisa. “Não tenho vaidade, e decidi colocar meu nome à disposição com o intuito de colaborar com o município”, explica.
Eduardo conta que o PV ainda não tem um possível vice dentro do projeto que vem sendo estudado, porém, o granjeiro defende a ideia de uma composição com um nome que esteja ideologicamente alinhado com o grupo do qual faz parte.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia
