Familiares de Cleoni Alves Pereira, de 36 anos, encontrado morto na tarde desta segunda-feira, 06, numa casa na Avenida Dedimes Cechinel (Perimetral), no bairro Cristo Rei, em Vilhena, acreditam que ele suicidou-se em virtude de estar entrando em estado de depressão devido a vários problemas de saúde.
Segundo Maria das Dores Pereira, tia do homem, desde sexta-feira passada ele apresentava sinais de desequilíbrio emocional, chegando a descrever que estava tendo alucinações. No dia seguinte desapareceu, e seu cadáver foi encontrado há poucas horas pela própria tia.
De acordo com a parente, “Nego”, como era conhecido na família, sofria com problemas de colesterol, diabetes e reumatismo. Os problemas de saúde chegaram a provocar sequelas físicas causando problemas em sua mão direita que o impediam de trabalhar. “Ele era inclusive aposentado por invalidez”, explicou Maria das Dores.
Há pouco tempo Cleoni casou-se em Colorado do Oeste, onde foi residir, mas abandonou a esposa logo depois, alegando que ela era uma mulher boa e ele não tinha condições de manter o casamento por não conseguir trabalhar. Desde então retornou para Vilhena e demonstrava muita tristeza e frustração com seu estado.
No sábado passado ele esteve na casa da tia para o almoço, e combinou com a família para na noite seguinte ser levado pelos parentes até um ponto de saída de vans que levam doentes para a capital, onde tinha compromisso neste início de semana. Desde então não deu mais notícias. “Fiquei preocupada, pois no dia anterior ele me falou que estava vendo coisas, e achava que havia alguém lhe perseguindo”, contou a familiar. Segundo ela, Cleoni era evangélico devoto, não tinha problemas de relacionamento com ninguém e não fazia uso de substâncias entorpecentes.
Nesta segunda-feira Maria esteve na residência de Nego para confirmar se ele tinha mesmo viajado e estranhou ter encontrado a porta fechada por dentro sem que o rapaz atendesse aos seus chamados. Por uma fresta numa das paredes avistou o corpo em pé dentro da sala, apoiado apenas num dos pés. Ela chamou uma vizinha que acabou confirmando que Cleoni estava morto por enforcamento.
Segundo policiais que atenderam a ocorrência, pela aparência do corpo a morte aconteceu há pelo menos dois dias.
Texto: Extra de Rondônia
Fotos: Extra de Rondônia
