Capa-MateriaO deputado federal Marcos Rogério, do DEM, é talvez hoje o nome mais expressivo da bancada federal do Estado de Rondônia. Relator do processo da Comissão de ética da Câmara dos Deputados que pede a cassação do ex-presidente da Casa, Eduardo Cunha, o rondoniense falou sobre o trabalho que desenvolveu neste que é um dos mais rumorosos escândalos da política nacional, comentando as dificuldades e pressões que recebeu, até o reconhecimento final de sua ação.

O desafio encarado por Marcos Rogério foi enorme. Enfrentando um dos maiores líderes da história recente da Câmara Federal, ele também teve que lidar com o ceticismo da imprensa nacional quanto ao seu desempenho como relator do processo contra Eduardo Cunha. “Fui muito discriminado ao longo do processo pela mídia, pelo fato de ser de Rondônia. Infelizmente o histórico das bancadas anteriores do nosso Estado pesou contra mim. Mas não me curvei às dificuldades, e encarei a missão de forma totalmente técnica, chegando ao resultado final. Após a apresentação do relatório as opiniões mudaram, e creio que isso foi importante para a política rondoniense”.

Marcos Rogério disse que sofreu pressão de todos os tipos, mas não confirmou rumores de que teria sido ameaçado. “´Vocês acompanharam tudo pelos jornais nacionais e podem ter ideia do quanto fui pressionado, mas o importante é que a missão foi cumprida de forma imparcial e técnica”. O deputado acredita que o destino de Eduardo Cunha está traçado. “A renúncia a presidência da Câmara nesta semana é mais uma tentativa dele em encontrar espaço para um acordo que salve o seu mandato, mas creio que o desfecho será a cassação”, declarou.

Sobre a atual fase do processo, que agora está tramitando na Comissão de Constituição e Justiça, o deputado declarou que no último recurso apresentado por Eduardo Cunha foram elencadas 16 nulidades, mas o relator da CCJ não fez nenhuma impugnação ao seu trabalho. “Isso mostra que cumpri minha tarefa dentro do que era correto e legítimo”. Ele acredita que o recurso será rejeitado, e que Cunha vai perder o mandato na votação em plenário. “A manutenção dele na Casa, diante de tudo o que aconteceu, denigre a imagem do Congresso Nacional. Essa questão tem que ser decidida de uma vez, pois o Parlamento está ‘travado’, sem discutir e votar matérias importantes para o país”, argumentou.

Aproveitando a ocasião, ele comentou acerca do destino de Dilma Rousseff, afastada temporariamente e prestes a ter seu processo de impeachment votado no Senado Federal. “A cassação do mandato dela é um caminho sem volta”, previu.

Fonte: Extra de Rondônia

Foto: Extra de Rondônia

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