A casa de Rondon representa para o município de Vilhena um grande símbolo histórico, além de ser o marco zero da cidade.  Devido a complicações jurídicas o museu encontra-se fechado há exatos 16 anos. Isto porque a casa está localizada em uma área que pertence à aeronáutica e os tramites para revitalização e reforma foram embargados pelo Ministério da Defesa.

De acordo com o superintendente de turismo, Júlio Olivar, todo o dinheiro necessário para realização das obras já está empenhado, o recurso é de R$ 540 mil garantidos através de convênio do governo federal, e parte é advindo do Ministério de Turismo em contrapartida com a Superintendência Estadual de Turismo (Setur) com cerca de R$ 60 mil já assegurados. Inclusive o contrato já foi até lavrado na Caixa Econômica Federal, mas as obras encontram-se paradas a espera da liberação por parte do Ministério da Defesa.

“Estivemos em Brasília por diversas vezes. Na semana passada fomos acompanhados da deputada Marinha Raupp. Falamos com o general Marco Aurélio Flores que é o chefe de gabinete do Ministro da Defesa, e eles terminantemente não querem que façamos a reforma, afirmando que iremos invadir uma área militar. Essa enrolação esta acontecendo há vários anos, detalhe, eles tem mandado diversas exigências. A principio foi pedido que a casa fosse tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), e nós acatamos. Pediram um projeto básico, foi apresentado, um licenciamento ambiental, já foram feitos, requereram que garantíssemos nossa capacidade financeira, o dinheiro já esta empenhado e aparentemente não falta mais nada, eles estão nos enrolando para que não façamos esta obra, até porque não tem importância nenhuma pra eles” explicou Júlio.

Olivar destacou que para a liberação da obra propôs cercar toda a área do imóvel, executar toda a reforma e realizar a revitalização da casa museu, mas ainda não obteve uma resposta favorável.

Júlio encerra afirmando que agora a única alternativa que possuem é a abertura de um processo na justiça para recorrer e garantir a reforma, um tipo de ajuizamento, dando entrada junto ao Ministério Público Federal para interpor o Ministério da Defesa, e assim garantir o direito de Salva guarda da memória vilhenense.

O representante esclarece que caso não consigam organizar e concluir até 2020 todo o dinheiro irá retornar para o órgão.

Júlio Olivar, superintendente de turismo

Texto: Extra de Rondônia

Fotos: Extra de Rondônia

 

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