As eleições que aconteceram em 2.018 estabelecem uma nova diretriz no modo de se fazer marketing político.

Tal afirmação foi feita pelo publicitário vilhenense Carlos Costa, da Agência Alpha Films, que nos recebeu, responsável pelo comando do setor na campanha ao Senado do empresário Jaime Bagattoli; e no segundo turno fez parte do grupo de comunicação que trabalhou para o governador eleito Coronel Marcos Rocha, em parceria com a Agência Melhor Safra, de Brasília, sob a direção do publicitário Augusto Leonel. Focado na importância do uso correto da internet na disputa eleitoral, Carlos argumenta que aqueles que conseguiram entender a linguagem das mídias sociais para este processo eletivo acabaram sendo bem-sucedidos.

Carlos destacou que havia vários desafios a serem superados nesta campanha, independente do sucesso e da popularidade do candidato a presidência Jair Bolsonaro, que serviu como uma espécie de “abre alas” para os demais candidatos. “Mesmo com este fato positivo, no caso específico de Rondônia, tínhamos em primeiro lugar a barreira do desconhecimento acerca de nossos candidatos por parte da maioria do eleitorado. No primeiro turno foi ainda mais difícil com relação ao Jaime, posto que a população em geral não queria nem saber de políticos que não estivessem concorrendo a cargos do Legislativo”, detalhou.

Partindo de uma diretriz de comunicação nacional, estabelecida em Brasília logo no início da campanha, Carlos Costa buscou aperfeiçoar no modelo e limar o excesso de espontaneidade do sistema, imprimindo mais profissionalismo. Desde o início o publicitário apostava que a interação com o eleitorado através das mídias sociais seria primordial para o bom desempenho de seus clientes nas urnas, fato que acabou sendo comprovado nas apurações dos resultados do pleito.

As barreiras, no entanto, tiveram que ser superadas. Entre os desafios Costa destacou a resistência dos próprios clientes com relação a importância da web no processo; a dificuldade dos profissionais de rádio e televisão em compreender que neste momento são as mídias sociais que pautam a cobertura das campanhas, e não o contrário; e finalizando as deficiências de logísticas causadas pelo fato de se estar lidando com um partido novo, candidatos sem nomes tradicionais na política e sem coligações com outras legendas. “Tudo isso ajudou, pois o povo queria mudança, mas em termos de logística foi um problemão”, assegurou Costa.

Mas o fato é que agências como a Alpha e a Melhor Safra, conseguiram acertar o tom e entenderam a linguagem compatível com o processo eleitoral deste ano, muito específica para o momento, e surfaram na onda. No primeiro turno, por exemplo, de ilustre desconhecido o empresário Jaime Bagattoli ressurgiu das urnas com mais de 212 mil votos, faltando muito pouco para conseguir a vaga ao Senado, porem superando vários políticos de renome em Rondônia, incluindo ex-senadores e ex-deputados.

Somado a isso, a campanha do Coronel Marcos Rocha, sem imagem política e com recursos minúsculos para uma campanha de governador utilizou-se ao máximo das mídias sociais e conseguiu algo totalmente impressionante: sair de 4% nas primeiras pesquisas (IBOBE 17/10) para entrar no segundo turno como favorito. Nesse segundo momento a campanha ao governo foi histórica pelo fato de, pela primeira vez na história do Estado, acontecer uma “virada” com relação ao primeiro turno.

Encerrando, Carlos Costa destaca que a chamada “onda Bolsonaro” pesou a favor de seus candidatos, porém apenas com esse fator não seria possível obter bons resultados. “É só verificar o balanço geral das eleições para constatar que, além da boa receptividade dos apoiadores do presidente eleito foi preciso muito trabalho e dedicação para conseguir o mesmo sucesso dele”, concluiu o publicitário.

Governador eleito Marcos Rocha (PSL)

 

Autor e foto: Assessoria

sicoob

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