Ronildo Macedo e Carlos Suchi / Foto: Extra de Rondônia

Na sessão realizada na noite desta terça-feira, 1, da Câmara de Vereadores de Vilhena, foi aprovada matéria pertinente a cobrança do IPTU do próximo ano, assunto que gerou polêmica meses atrás em virtude do realinhamento de valores elaborado pela administração, causando inclusive intervenção do Ministério Público na questão.

Na iniciativa apresentada agora houve redução das alíquotas em determinados casos, o que na avaliação da prefeitura favorece as camadas menos facorecidas da população, com redução de 45% nos valores que seriam cobrados pelo tributo no próximo ano.

Nesta quarta-feira, 2, dois vereadores, o presidente da Casa, Ronildo Macedo (PV) e o oposicionista Carlos Suchi (PODE), que têm pontos de vista diferenciados sobre o tema, falaram a respeito do assunto com o Extra de Rondônia.

Ronildo defendeu o realinhamento proposto pelo prefeito, uma vez que acredita haver uma série de disparates na tributação dos imóveis na cidade. Ele acha que a forma como a matéria tem sido tratada não é a mais acertada, no entanto é preciso que se faça a adequação. “Tem inúmeras situações em que o imposto de um imóvel equivale a uma pequena fração do valor que a mesma pessoa para de IPVA de uma motoneta Biz, o que é errado”, argumenta.

Ronildo avalia que é preciso se adequar e colocar valores justos de avaliação das propriedades, até mesmo para que o Município possa ter arrecadação adequada para fazer frente às despesas. “Não há mais aquela grande disponibilidade de verbas federais do passado, e os Municípios que não encontrarem formas de elevar suas arrecadações vão quebrar”, argumenta.

Em seu ponto de vista, o prefeito atual agiu com coragem em começar um trabalho que deveria ter sido feito há muito tempo. “É uma medida extremamente impopular, porém necessária e que vai ser melhorada com a adoção de critérios e avaliação minuciosa das situações. O que não dá é pra continuar como está, o futuro de Vilhena depende destas correções”, observa.

Já para o vereador Carlos Suchi, único que se absteve de votar a matéria na sessão ordinária, a questão é mais complexa. “Estão fazendo tudo a toque de caixa, sem critérios e penalizando a população como um todo. Vivemos numa época de crise, de desemprego, e mesmo agora com a redução oferecida a cobrança vai provocar impacto negativo na vida de inúmeras famílias”, disse o oposicionista.

Em seu ponto de vista, trata-se de uma matéria que deveria ser melhor debatida com a sociedade, visando encontrar formas de se corrigir distorções sem afetar a todos. Ele também contesta o fato da prefeitura aumentar o tributo e ainda assim enviar para a Câmara mais um projeto que vai aumentar a despesa de muitas famílias, caso da propositura de cobrança de contribuição de melhorias em pontos que estão sendo pavimentados pela atual gestão. “É muita conta de uma vez só e uma parcela considerável de nossa população vai sofrer com isso”, destacou.

sicoob

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