Coluna escrita por Humberto Lago/Foto: Extra de Rondônia

Às vezes me pergunto se nossos administradores já compreenderam as profundas transformações experimentadas pelo mercado nos últimos anos? Será que já foi entendido que as barreiras de proteção empresarial estão sendo destroçadas, de forma irreversível e rápida, pelas novas e revolucionárias empresas tecnológicas?

Refrescando nossa memória, startups são negócios, decorrentes de empresas jovens e inovadoras, escaláveis e repetíveis, trabalhando em condições de extrema incerteza.

Gosto de refletir sobre a expressão acima: condições de extrema incerteza. Com a chegada do coronavirus, fica evidenciado que estamos numa guerra. Precisamos abrir os olhos para o novo cenário e implicações da falta de previsibilidade. A seguir, transportar esse quadro externo para o interior de nossas empresas, se quisermos continuar vivos.

Quantas de nossas empresas, na atualidade, ao contratar um novo gerente ou supervisor, tem previamente listado entre os pré-requisitos, a habilidade de atuar regularmente em ‘condições de extrema incerteza’? Se não estamos atentando para isso é porque ainda não assimilamos a gravidade do momento.

Escaláveis significa ser capaz de crescer rápido, gerando mais emprego, renda e impacto. Repetíveis significa ser capaz de reproduzir produtos e serviços de forma simples, gerando produtividade e quantidades, repetidamente, sem gerar demanda de recursos e mão de obra na mesma proporção. Como as startups costumam ter reduzidos custos de manutenção, evidencia-se um diferencial econômico para impulsionar seu crescimento.

Exemplificando: a maioria das empresas utilizava o índice de inadimplência para restringir a concessão de crédito e cobrar clientes em atraso. Em certo momento surge uma firma que resolveu inovar, oferecendo novos créditos para quem estava com débito vencido (novos critérios de concessão de crédito, em novos formatos jurídicos). Fazendo isso, identificou-se um enorme mercado, até então desconhecido. Milhares de pessoas passaram a ser atendidas apenas porque alguém resolveu ser criativo.

Empresas digitais são interessantes, oportunas e bem vindas, porque servem para questionar nossa capacidade profissional, educar-nos, impactar-nos, desafiar-nos a ter uma nova visão e postura.

Na atual conjuntura não há lugar para os negligentes, nem desatualizados, nem comodistas, nem medrosos. Em vez de temer a chegada delas, talvez deveríamos ter a humildade de aprender e crescer, com coragem e inovação, fé e trabalho. Eu creio nisso!

sicoob

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