Unisp Vilhena/Foto: Extra de Rondônia

O feminicídio só não se concretizou porque a vítima se pôs de joelhos e pediu para que o ex-companheiro a deixasse tomar água. Nesse momento, ela conseguiu pegar o celular e enviar uma mensagem para o WhatsApp da Polícia Militar pedindo socorro. Porém, ao perceber que a polícia havia chegado, o homem pulou o muro da casa e conseguiu fugir.

De acordo com informações apuradas pela reportagem do Extra de Rondônia, o fato aconteceu na noite de quinta-feira, 14, em uma casa localizada no residencial Maria Moura, em Vilhena. Assim que a polícia chegou ao local, a vítima de 40 anos saiu correndo em direção à viatura dizendo: “ele está lá atrás, ele está lá atrás, pelo amor de Deus, eu não aguento mais”. Rapidamente, os militares entraram na residência em busca do suspeito. Contudo, ao perceber que a polícia havia chegado, o suspeito, identificado pela inicial R., de 32 anos, correu e pulou o muro, fugindo por terrenos baldios que existem nos fundos da casa.

A vítima relatou aos PMs que seu ex-companheiro, que possui mandado de prisão em aberto, todas as vezes que é preso, retorna para sua casa e, usando de violência física e psicológica, a obriga a ficar com ele.

Ela ressalta que já foi agredida inúmeras vezes e que teme pela vida de sua filha de dez anos, a quem o agressor também já ameaçou, dizendo que se ela o largar ou o mandar para a cadeia, possui amigos que farão o “trabalho”.

A vítima disse que R. chegou no início da madrugada, e em posse de uma cópia da chave que ele se recusa a devolver, entrou no imóvel sem sua permissão e ameaçou matá-la caso trocasse a fechadura. Ela pediu para que ele fosse embora, pois não desejava mais manter a relação com ele. Furioso com o pedido para ir embora e a rejeição, R. passou a agredi-la fisicamente e psicologicamente, ameaçando matá-la, arrastando-a pelos cabelos pela casa e apoderando-se de uma faca.

No entanto, nesse momento, a vítima se pôs de joelhos e começou a implorar pela vida dela e da filha. O ex-companheiro começou a gritar que não se importava nem com a vida dela, nem com a da filha. A vítima, de joelhos, pediu por um copo de água antes de morrer, momento em que o agressor se levantou e foi até a cozinha para atender ao pedido, permitindo que ela pedisse socorro via WhatsApp à Polícia Militar.

A vítima relatou que não se sente segura em sua própria casa e que precisa de ajuda do poder público, desejando uma medida protetiva em caráter de urgência contra seu ex-companheiro.

Todavia, antes de ser levada para a delegacia para o registro da ocorrência, a vítima foi encaminhada para o Hospital Regional, onde passou por procedimentos médicos.

sicoob

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